quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ligados à Taça por Hulk

Vítor Pereira disse que a Taça da Liga não é prioritária e garantiu ainda que a prova não ganhou importância após a eliminação na Taça de Portugal, mas os sinais que deu ontem, ao longo do jogo, apontam noutro sentido. Afinal, não hesitou em chamar João Moutinho ao intervalo e, pouco depois, Hulk para desbloquear a partida. O FC Porto venceu em Paços de Ferreira e está bem posicionado para seguir em frente na prova, concluindo o ano com mais um triunfo, somando o sexto jogo seguido sem perder, um recorde com este treinador.
Aproveitando o embalo do golo ao Marítimo, Rodríguez foi aposta inicial e voltou a demonstrar enorme profissionalismo, mesmo estando a poucos dias de poder comprometer-se legalmente com outro clube. O uruguaio fez ouvidos de mercador à ideia de que a Taça da Liga contava pouco e disputou cada lance no limite, abrindo o marcador com um grande golo, logo aos 2'. O Paços abalou, mas, curiosamente, não precisou de muito tempo para reagir porque tem Manuel José, um jogador com um pé direito bem calibrado. E foi num livre apontado por ele, em que Cohene ganhou de cabeça e William confirmou na linha, que o equilíbrio voltou ao marcador.
Dois golos em 16' entusiasmavam os espectadores, mas foi sol de pouca dura porque, a partir daí, a qualidade do jogo acompanhou a temperatura, arrefecendo. E porquê? Sobretudo porque Vítor Pereira apresentou um desenho táctico inédito, com Souza e Belluschi no meio-campo e quatro homens mais à frente: Djalma, Kléber, Varela e Rodríguez. Destes, só o angolano nunca deixou a sua posição: o lado direito (na segunda parte, porém, desceu para lateral). Os outros andaram soltos, anárquicos, e a verdade é que não havia quem assentasse as ideias. Os lances acabavam invariavelmente sem perigo para o Paços. Só a espaços, Cebola e Alex Sandro iam dando algum trabalho a Cássio.
Por isso, ao intervalo, Vítor Pereira rectificou e devolveu o esquema habitual à equipa, enquanto Henrique Calisto mantinha os dois trincos: Filipe Anunciação e André Leão. O FC Porto dava sinais de retoma, mas o jogo emperrava porque o lado direito continuava coxo. Varela não foi capaz de criar um lance de perigo, obrigando Hulk a horas extras. O Incrível entrou, colocou o Paços em sentido, e fez o golo da vitória de penálti, a castigar uma falta cometida por Fábio Faria. Hulk termina 2011 da mesma forma como começou: a marcar de grande penalidade e na Taça da Liga.
Antes do golo portista, porém, é justo dizer que Melgarejo podia ter marcado duas vezes ao sugir nas costas de Djalma e na cara de Bracali. Henrique Calisto, mexeu, finalmente, na equipa, mas Backar, Lugo e Caetano nada acrescentaram. Aliás, foi o FC Porto a estar mais perto do terceiro do que o Paços do empate. E por quem haveria de ser? Hulk, pois claro.

Arbitragem

Grande penalidade bem assinalada

Rui Costa ajuizou bem o lance mais complicado da partida, ao apontar para a marca de grande penalidade quando Fábio Faria albarroou Hulk, apesar dos protestos dos pacenses. No capítulo disciplinar também esteve bem, indo ao bolso apenas nos lances mais duros.

in "ojogo.pt"

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