Wetl mostra-se entusiasmado por ver um compatriota seguir os passos dele no F.C. Porto e garante que é um avançado que rende mais golos do que Cardozo.
Falar de austríacos no F.C. Porto é falar de Arnold Wetl: o esquerdino passou pelo antigo Estádio das Antas apenas uma época, mas apesar disso avisa que ainda fala «um pouco» de português. Atende o telefonema do Maisfutebol e atira rápido: «É por causa do Janko? Pode escrever que é um Jardel», diz.
A afirmação levanta interrogações do outro lado da linha, mas Wetl insiste na certeza. «É como Jardel», reitera. «Está sempre na área e é muito forte no jogo aéreo. Acho que pode marcar tantos golos como Jardel. Vai estar numa equipa forte e que joga muito pelas alas. Ele está sempre na área para marcar.»
Wetl só levanta uma dúvida: as lesões que mais do que uma vez na carreira o obrigaram a parar. «Quando o corpo dele está bem, ele é uma força da natureza. Precisa de continuidade. Quantos mais jogos fizer, mais golos vai marcar. Pelo que nos tem chegado, ele agora está sem problemas físicos.»
Sobram de resto elogios para o avançado. «Fico feliz quando um austríaco vai para o estrangeiro. Um compatriota ir para o F.C. Porto tantos anos depois, deixa-me ainda mais feliz. Ele é o grande fenómeno do futebol austríaco, é a principal figura da selecção e espero que seja tão feliz quanto eu.»
Ora Wetl esteve só um ano por Portugal, jogou apenas onze encontros e fez um golo: mas um golo especial. O austríaco marcou no Estádio da Luz, na goleada por 5-0 sobre o Benfica que valeu uma Supertaça. «Espero que o Janko faça um golo também ao Benfica», atirou Wetl, sem evitar a gargalhada.
«Espero que ele seja tão feliz quanto eu fui no F.C. Porto e isso passa por ser campeão e marcar um golo ao Benfica. Sei que este ano as coisas não estão a correr bem, não é normal o F.C. Porto não estar no primeiro lugar. Mas cinco pontos são recuperáveis e acredito que o F.C. Porto ainda seja campeão.»
Ora a conversa era sobre o F.C. Porto, mas é impossível não incluir o Benfica. Wetl voltou a fazê-lo quando se falava de golos. «Quantos golos é tem o Cardozo?». Respondeu-se que tinha treze. «O Janko pode fazer mais do que isso. Pode marcar quinze golos até ao final da época.»
«Os pontos fortes dele são o jogo de cabeça e o pé esquerdo, sem esquecer o facto de ser fisicamente muito poderoso. O ponto fraco é o pé direito. Não é tão perigoso quando a bola lhe cai no pé direito. Mas isso não será problema em Portugal. A jogar no F.C. Porto pode marcar a todas as equipas.»
Wetl lembra de resto que se está a falar de um avançado que já foi Bota de Ouro. «Na primeira época no Twente também fez muitos golos», atirou. «Agora tem tudo para voltar a ser poderoso. É uma transferência boa para o Porto, que resolve o problema do ponta-de-lança, e para próprio o Janko.»
A afirmação levanta interrogações do outro lado da linha, mas Wetl insiste na certeza. «É como Jardel», reitera. «Está sempre na área e é muito forte no jogo aéreo. Acho que pode marcar tantos golos como Jardel. Vai estar numa equipa forte e que joga muito pelas alas. Ele está sempre na área para marcar.»
Wetl só levanta uma dúvida: as lesões que mais do que uma vez na carreira o obrigaram a parar. «Quando o corpo dele está bem, ele é uma força da natureza. Precisa de continuidade. Quantos mais jogos fizer, mais golos vai marcar. Pelo que nos tem chegado, ele agora está sem problemas físicos.»
Sobram de resto elogios para o avançado. «Fico feliz quando um austríaco vai para o estrangeiro. Um compatriota ir para o F.C. Porto tantos anos depois, deixa-me ainda mais feliz. Ele é o grande fenómeno do futebol austríaco, é a principal figura da selecção e espero que seja tão feliz quanto eu.»
Ora Wetl esteve só um ano por Portugal, jogou apenas onze encontros e fez um golo: mas um golo especial. O austríaco marcou no Estádio da Luz, na goleada por 5-0 sobre o Benfica que valeu uma Supertaça. «Espero que o Janko faça um golo também ao Benfica», atirou Wetl, sem evitar a gargalhada.
«Espero que ele seja tão feliz quanto eu fui no F.C. Porto e isso passa por ser campeão e marcar um golo ao Benfica. Sei que este ano as coisas não estão a correr bem, não é normal o F.C. Porto não estar no primeiro lugar. Mas cinco pontos são recuperáveis e acredito que o F.C. Porto ainda seja campeão.»
Ora a conversa era sobre o F.C. Porto, mas é impossível não incluir o Benfica. Wetl voltou a fazê-lo quando se falava de golos. «Quantos golos é tem o Cardozo?». Respondeu-se que tinha treze. «O Janko pode fazer mais do que isso. Pode marcar quinze golos até ao final da época.»
«Os pontos fortes dele são o jogo de cabeça e o pé esquerdo, sem esquecer o facto de ser fisicamente muito poderoso. O ponto fraco é o pé direito. Não é tão perigoso quando a bola lhe cai no pé direito. Mas isso não será problema em Portugal. A jogar no F.C. Porto pode marcar a todas as equipas.»
Wetl lembra de resto que se está a falar de um avançado que já foi Bota de Ouro. «Na primeira época no Twente também fez muitos golos», atirou. «Agora tem tudo para voltar a ser poderoso. É uma transferência boa para o Porto, que resolve o problema do ponta-de-lança, e para próprio o Janko.»
F.C. Porto: Janko «entusiasmado» com a mudança
Mãe do avançado diz que mudança é «um grande passo».
Marc Janko está prestes a ser confirmado como reforço do F.C. Porto. O internacional austríaco é a escolha dos «dragões» para a frente de ataque, carenciada desde a saída de Radamel Falcao para o At. Madrid. A mudança para Portugal, que deve ser finalizada nesta segunda-feira, gera entusiasmo não só no jogador de 28 anos, que estava ao serviço do Twente, como também na família.
«Estou muito contente por ver o meu filho no Porto. É um clube grande e muito famoso na Europa. É um passo muito grande para ele», começou por a mãe do avançado, contactado peloMaisfutebol. «A última vez que falei com ele foi no sábado, e estava entusiasmado. Tinha uma oferta de um clube de Londres e outro da Alemanha, mas preferia Portugal», acrescentou Eva Janko.
Antiga campeã de lançamento do dardo (medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1968 e ainda detentora do recorde austríaco), Eva segue com atenção a carreira do filho, e por isso está a acompanhar o processo negocial. «Estou à espera que me ligue hoje à noite, para confirmar a transferência», revela. «Toda a família está contente, pois o Porto é um clube muito grande e Portugal é um país muito agradável para viver, está sempre sol», acrescentou.
Um «pinheiro» para Vítor Pereira
Nascido em Viena, Marc Janko foi formado no Admira Wacker, equipa dos arredores da capital austríaca. Aos 22 anos mudou-se para o Red Bull Salzburgo, equipa com a qual conquistou três títulos nacionais.
No Verão de 2010 foi contratado pelo Twente, rubricando um contrato válido por quatro anos. Já esta época voltou a trabalhar com Co Adriaanse, que o tinha orientado na Áustria. O antigo treinador do F.C. Porto é um admirador do avançado, mas no início do mês foi afastado do comando técnico do Twente. O substituto Steve McLaren (de regresso ao clube) parece preferir Luuk de Jong, jogador que já conhecia da anterior passagem pelo clube, e que no passado fim-de-semana apontou um «hat trick» (Janko ficou no banco).
Ainda assim, em ano e meio na Holanda, Janko disputou 65 jogos e marcou 36 golos. É um jogador que se destaca sobretudo pela sua imponente presença na área (1,96 metros de altura). Um «pinheiro», como diria Paulo Sérgio, antigo treinador do Sporting, actualmente no Hearts. A área é, de facto, o seu «habitat natural».
Marc Janko é também o capitão da selecção austríaca, que representa desde 2006. Em 24 jogos pelo seu país marcou nove golos.
A confirmar-se a mudança para o F.C. Porto, Janko não vai estar à disposição de Vítor Pereira na Liga Europa. A imprensa holandesa avança que o emblema português paga cerca de 5,5 milhões de euros pela contratação.
«Estou muito contente por ver o meu filho no Porto. É um clube grande e muito famoso na Europa. É um passo muito grande para ele», começou por a mãe do avançado, contactado peloMaisfutebol. «A última vez que falei com ele foi no sábado, e estava entusiasmado. Tinha uma oferta de um clube de Londres e outro da Alemanha, mas preferia Portugal», acrescentou Eva Janko.
Antiga campeã de lançamento do dardo (medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1968 e ainda detentora do recorde austríaco), Eva segue com atenção a carreira do filho, e por isso está a acompanhar o processo negocial. «Estou à espera que me ligue hoje à noite, para confirmar a transferência», revela. «Toda a família está contente, pois o Porto é um clube muito grande e Portugal é um país muito agradável para viver, está sempre sol», acrescentou.
Um «pinheiro» para Vítor Pereira
Nascido em Viena, Marc Janko foi formado no Admira Wacker, equipa dos arredores da capital austríaca. Aos 22 anos mudou-se para o Red Bull Salzburgo, equipa com a qual conquistou três títulos nacionais.
No Verão de 2010 foi contratado pelo Twente, rubricando um contrato válido por quatro anos. Já esta época voltou a trabalhar com Co Adriaanse, que o tinha orientado na Áustria. O antigo treinador do F.C. Porto é um admirador do avançado, mas no início do mês foi afastado do comando técnico do Twente. O substituto Steve McLaren (de regresso ao clube) parece preferir Luuk de Jong, jogador que já conhecia da anterior passagem pelo clube, e que no passado fim-de-semana apontou um «hat trick» (Janko ficou no banco).
Ainda assim, em ano e meio na Holanda, Janko disputou 65 jogos e marcou 36 golos. É um jogador que se destaca sobretudo pela sua imponente presença na área (1,96 metros de altura). Um «pinheiro», como diria Paulo Sérgio, antigo treinador do Sporting, actualmente no Hearts. A área é, de facto, o seu «habitat natural».
Marc Janko é também o capitão da selecção austríaca, que representa desde 2006. Em 24 jogos pelo seu país marcou nove golos.
A confirmar-se a mudança para o F.C. Porto, Janko não vai estar à disposição de Vítor Pereira na Liga Europa. A imprensa holandesa avança que o emblema português paga cerca de 5,5 milhões de euros pela contratação.
Marc Janko, um gigante que nasceu em berço desportivo
Filho de pais atletas, teve de enfrentar um problema de crescimento muito rápido: hoje mede 1m96 e já marcou 39 golos num só campeonato
Marc Janko não teve um início de carreira fácil: filho de dois atletas, o jovem enfrentou uma juventude complicada. O problema acabaria por se tornar uma solução. Janko tinha um problema de crescimento, por excesso: somava centímetros num desenvolvimento acima do normal que lhe provocava lesões.
Muito jovem acabaria por chegar aos 196 centímetros que agora o tornam um jogador temível: muito forte e com um excelente jogo de cabeça. Janko, de resto, não esconde em entrevistas o problema que teve com lesões, mas realça sempre que valeu a pena: considera-se um privilegiado por ser jogador.
«Janko pode marcar tantos golos quanto Jardel»
Dificilmente podia ser de outra forma, aliás. O desporto está-lhe no sangue. A mãe foi campeã de lançamento do dardo (medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1968 e ainda detentora do recorde austríaco da modalidade), o pai foi campeão austríaco de salto em altura entre 1966 e 1968.
Apesar das ligações sentimentais ao atletismo, o jovem Janko sempre mostrou preferir o futebol. Com apenas oito anos começou a jogar no modesto VfB Admira Wacker Mödling, o clube dos arredores de Viena. Foi lá que cumpriu toda a formação, durante catorze anos, até se estrear como profissional.
Presença esporádica nas selecções jovens, desde os sub-18, Janko já era seguido pelos grandes austríacos. Por isso bastaram treze jogos e dois golos nos seniores para convencer o Red Bull a contratá-lo. No clube de Salzburgo, cidade que aprendeu a gostar, Janko viveu os melhores momentos.
Com Co Adriaanse nos melhores momentos
Durante cinco épocas fez 108 jogos e marcou 75 golos. A melhor foi em 2008/09, com Co Adriaanse como técnico: uma temporada de sonho, que lhe valeu 41 golos em jogos oficiais, 39 dos quais na liga austríaca. A IFFHS considerou-o o melhor marcador do ano e mas Forlan ganhou a Bota de Ouro.
O treinador acabaria por o reencontrar dois anos depois, no Twente, onde já estava o avançado. Curiosamente Janko não voltou a ter uma época como aquela. Afectado por lesões, fez apenas 18 jogos e nove golos na liga austríaca, melhorando ligeiramente na estreia na Holanda: 29 golos, 14 jogos.
Esta temporada, no reencontro com Co Adriaanse, Janko voltou a reencontrar também a capacidade de fazer golos: em 25 jogos, marcou por 16 vezes, dez vezes das quais na liga holandesa. O avançado, que se considera um homem descontraído e brincalhão, voltava assim a ganhar a capacidade de sorrir.
A saída de Adriaanse, em Janeiro, abriu caminho também à saída de Janko: Steve McLaren, o novo treinador do Twente, não sente que Janko é imprescindível para a frente de ataque, até porque para essa posição conta com Luuk de Jong, o melhor marcador da liga holandesa com 16 golos.
Uma desilusão difícil de ultrapassar
Para além de um gigante, o F.C. Porto garante também um jogador experiente, que aos 28 anos é o capitão da selecção austríaca. Fez a estreia a 23 de Março de 2006 e desde então realizou 24 jogos pela equipa nacional, tendo marcado dez golos: Roland Linz, por exemplo, apontou oito golos em 38 jogos.
Curiosamente, foi pela selecção que Janko viveu uma das maiores frustrações: inicialmente chamado numa lista alargada, foi um dos jogadores cortados em 2008 pelo seleccionador Hickersberger e por isso falhou o Europeu 2008 que a Áustria jogou em casa. O seleccionador preferiu... Linz.
Muito jovem acabaria por chegar aos 196 centímetros que agora o tornam um jogador temível: muito forte e com um excelente jogo de cabeça. Janko, de resto, não esconde em entrevistas o problema que teve com lesões, mas realça sempre que valeu a pena: considera-se um privilegiado por ser jogador.
«Janko pode marcar tantos golos quanto Jardel»
Dificilmente podia ser de outra forma, aliás. O desporto está-lhe no sangue. A mãe foi campeã de lançamento do dardo (medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1968 e ainda detentora do recorde austríaco da modalidade), o pai foi campeão austríaco de salto em altura entre 1966 e 1968.
Apesar das ligações sentimentais ao atletismo, o jovem Janko sempre mostrou preferir o futebol. Com apenas oito anos começou a jogar no modesto VfB Admira Wacker Mödling, o clube dos arredores de Viena. Foi lá que cumpriu toda a formação, durante catorze anos, até se estrear como profissional.
Presença esporádica nas selecções jovens, desde os sub-18, Janko já era seguido pelos grandes austríacos. Por isso bastaram treze jogos e dois golos nos seniores para convencer o Red Bull a contratá-lo. No clube de Salzburgo, cidade que aprendeu a gostar, Janko viveu os melhores momentos.
Com Co Adriaanse nos melhores momentos
Durante cinco épocas fez 108 jogos e marcou 75 golos. A melhor foi em 2008/09, com Co Adriaanse como técnico: uma temporada de sonho, que lhe valeu 41 golos em jogos oficiais, 39 dos quais na liga austríaca. A IFFHS considerou-o o melhor marcador do ano e mas Forlan ganhou a Bota de Ouro.
O treinador acabaria por o reencontrar dois anos depois, no Twente, onde já estava o avançado. Curiosamente Janko não voltou a ter uma época como aquela. Afectado por lesões, fez apenas 18 jogos e nove golos na liga austríaca, melhorando ligeiramente na estreia na Holanda: 29 golos, 14 jogos.
Esta temporada, no reencontro com Co Adriaanse, Janko voltou a reencontrar também a capacidade de fazer golos: em 25 jogos, marcou por 16 vezes, dez vezes das quais na liga holandesa. O avançado, que se considera um homem descontraído e brincalhão, voltava assim a ganhar a capacidade de sorrir.
A saída de Adriaanse, em Janeiro, abriu caminho também à saída de Janko: Steve McLaren, o novo treinador do Twente, não sente que Janko é imprescindível para a frente de ataque, até porque para essa posição conta com Luuk de Jong, o melhor marcador da liga holandesa com 16 golos.
Uma desilusão difícil de ultrapassar
Para além de um gigante, o F.C. Porto garante também um jogador experiente, que aos 28 anos é o capitão da selecção austríaca. Fez a estreia a 23 de Março de 2006 e desde então realizou 24 jogos pela equipa nacional, tendo marcado dez golos: Roland Linz, por exemplo, apontou oito golos em 38 jogos.
Curiosamente, foi pela selecção que Janko viveu uma das maiores frustrações: inicialmente chamado numa lista alargada, foi um dos jogadores cortados em 2008 pelo seleccionador Hickersberger e por isso falhou o Europeu 2008 que a Áustria jogou em casa. O seleccionador preferiu... Linz.
in "maisfutebol.iol.pt"
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