quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sapunaru: «Chamaram-me vagabundo e bêbado»

O CASO NA SELEÇÃO ROMENA



Sapunaru abordou, em entrevista ao jornal romeno “Prosport”, o caso que viveu na sua seleção, tendo sido acusado de simular uma lesão para não defrontar a França.
"Fizeram passar a imagem de que eu era um problema para a seleção, chamaram-me vagabundo e bêbado, mas é tudo falso. Até se esquecem que uso a bandeira do meu país sempre que festejo um título no FC Porto", frisou.
Sapunaru quebrou o longo silêncio ao qual se submeteu nos últimos tempos e, em entrevista ao jornal romeno “Prosport”, falou do FC Porto, dos problemas que teve na seleção do seu país e de outros assuntos que o envolvem. O romeno só não abordou a possibilidade de deixar o Dragão neste mês de janeiro...
“Podia dizer que o ano de 2011 foi ótimo, mas isso seria pouco. Na verdade, foi um sonho. A equipa jogou sempre muito bem, estivemos verdadeiramente unidos. Sempre que entrava em campo, fazia-o com confiança, sabia que iamos ganhar, estava ciente do nosso valor”, afirmou o romeno, de 27 anos, em jeito de balanço do ano que terminou, concluindo depois: “Outro momento único de 2011 foi a conquista da Liga Europa, esse foi de facto o troféu mais importante. Nessa ou noutra prova, cada jogo era uma final e, também por isso, conseguimos terminar a última época sem derrotas no campeonato. Negativo só mesmo o facto de não nos termos conseguido apurar para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O problema esteve nos jogos em nossa casa, devíamos ter ganho todas essas partidas e não conseguimos.”
Ainda no que diz respeito ao FC Porto, Sapunaru diz que o guarda-redes Beto, que agora está no Cluj, foi o melhor amigo que conheceu na Invicta, destacando igualmente o papel que André Villas-Boas teve a conduzir a equipa ao sucesso. Referindo-se à generalidade do balneário portista, o lateral-direito acrescentou: “Aquilo que mais sinto falta da Roménia é dos meus amigos. O Porto é uma cidade bonita, mas para quem vem para cá jogar é mais difícil. O plantel do FC Porto, por exemplo, é composto na sua maioria por jogadores sul-americanos e, normalmente, eles preferem sair com um colega que fale a mesma língua do que com um romeno.”
Na longa entrevista ao jornal romeno “Prosport", Sapunaru abordou o caso do túnel, lembrando que o seu gesto caiu bem junto dos adeptos portistas, embora se mostre arrependido pelo que fez.
"É certo que os adeptos apreciaram, visto que ninguém me acusou de nada, mas eu sei que não devia ter reagido daquela forma. É um gesto que fica mal a qualquer atleta", refere.
in "record.pt"

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