Lucho González regressou de França, qual emigrante com saudades de casa, para apresentar uma nova onda no F.C. Porto
Nouvelle vague no Estádio do Dragão. Lucho González regressou de França, qual emigrante com saudades de casa, para apresentar uma nova onda no F.C. Porto, uma onda de confiança renovada e esperança para o futuro. O argentino pegou em régua e esquadro para desenhar o primeiro golo e confirmar as presenças na próxima fase da Taça da Liga (2-0).
Em dia de reforços, Marc Janko saiu da sombra para encerrar a festa portista, o longo fim-de-semana com triunfos em todas as frentes. Passou meia época, os danos podem ser irrecuperáveis mas os adeptos olham para 2012 como ano de reencontro com a felicidade.
A derrota em Barcelos desapareceu no horizonte. Por ora, há alegria no F.C. Porto. O fim-de-semana começou com um triunfo Vintage, as saudades de Vítor Baía ou Rui Barros. Depois o andebol, a vitória frente ao Sporting. Mais o hóquei, Benfica por terra no Dragão Caixa. O futebol profissional fechou o cortejo, antevendo duelo com os encarnados na meia-final da Taça da Liga.
Momentos de Lucho no Dragão
Momentos de Lucho no reduto portista. Tudo girou em torno do comandante, o saudado regresso a um navio em maré alta, nem sempre formoso, nem sempre seguro. A jogada de marketing desportivo funcionou.
Ao 24º minuto da recepção ao V. Setúbal, o público matou saudades da geometria argentina. Lucho González desenhou um golo de antologia, a classe espalhada por todos os poros, chegando ao pé esquerdo. Bola em arco, na trave e depois na rede. Momento forte no Dragão.
O sentimento de perfeição não perdura e diluiu-se rapidamente. Os adeptos do F.C. Porto passaram meia-hora a aplaudir um triângulo de sonho a meio-campo, com Fernando nas costas de João Moutinho e Lucho González. O coração do jogo portista batia com outro ritmo, a esperança renovava-se e crescia. Durou pouco.
A perfeição que pouco dura
Num lance aparentemente inofensivo, Fernando incorporou-se no ataque e ficou queixoso. Sentiu algo e foi directamente para o banco. Desconhecendo-se a gravidade da mazela, resta a preocupação para Vítor Pereira. Sem o pêndulo defensivo, o sector intermediário é qualquer coisa de diferente, para pior. Entrou Defour, baixou Moutinho, há também Souza mas nenhum como o Polvo.
Os adeptos relativizaram a questão mas, coincidência ou não, o Vitória começou a crescer desde esse momento. Aliás, mal Fernando saiu, Ney Santos apareceu na área para cabecear à trave. Foi o único lance de verdadeiro perigo para a baliza de Bracali, na primeira parte.
Janko à terceira
Fast forward para o minuto 63. Dupla substituição de Vítor Pereira. O F.C. Porto passa a jogar com Danilo, Maicon, Mangala, Alvaro Pereira, Defour, Moutinho, Lucho, Varela, Janko e James. Junta-se Helton, questiona-se a recuperação de Fernando e Hulk e está desenhado o onze para a recepção à U. Leiria.
Foi com esse formato, com o esboço de um dragão renovado, que o Vitória tombou de vez. Marc Janko viu Matos negar-lhe um golo, perdeu a segunda oportunidade de forma infantil mas cumpriu a missão pouco depois, na sequência de belo movimento ofensivo.
Bola em Moutinho. Dali para Lucho, de novo para o português. Abertura para a esquerda, cruzamento rápido de James e finalização de Janko, na pequena área. Beleza colectiva após o lance de inspiração de Lucho González, na etapa inicial. Reforços validados com o triunfo, soluções alargadas para a equipa portista.
Capítulo final para o V. Setúbal. Jogo sério e esforçado no Estádio do Dragão. Sucumbiu ao desaire com naturalidade. Meyong e Tiago Targino podem dar nova alma na luta pela continuidade na Liga.
Em dia de reforços, Marc Janko saiu da sombra para encerrar a festa portista, o longo fim-de-semana com triunfos em todas as frentes. Passou meia época, os danos podem ser irrecuperáveis mas os adeptos olham para 2012 como ano de reencontro com a felicidade.
A derrota em Barcelos desapareceu no horizonte. Por ora, há alegria no F.C. Porto. O fim-de-semana começou com um triunfo Vintage, as saudades de Vítor Baía ou Rui Barros. Depois o andebol, a vitória frente ao Sporting. Mais o hóquei, Benfica por terra no Dragão Caixa. O futebol profissional fechou o cortejo, antevendo duelo com os encarnados na meia-final da Taça da Liga.
Momentos de Lucho no Dragão
Momentos de Lucho no reduto portista. Tudo girou em torno do comandante, o saudado regresso a um navio em maré alta, nem sempre formoso, nem sempre seguro. A jogada de marketing desportivo funcionou.
Ao 24º minuto da recepção ao V. Setúbal, o público matou saudades da geometria argentina. Lucho González desenhou um golo de antologia, a classe espalhada por todos os poros, chegando ao pé esquerdo. Bola em arco, na trave e depois na rede. Momento forte no Dragão.
O sentimento de perfeição não perdura e diluiu-se rapidamente. Os adeptos do F.C. Porto passaram meia-hora a aplaudir um triângulo de sonho a meio-campo, com Fernando nas costas de João Moutinho e Lucho González. O coração do jogo portista batia com outro ritmo, a esperança renovava-se e crescia. Durou pouco.
A perfeição que pouco dura
Num lance aparentemente inofensivo, Fernando incorporou-se no ataque e ficou queixoso. Sentiu algo e foi directamente para o banco. Desconhecendo-se a gravidade da mazela, resta a preocupação para Vítor Pereira. Sem o pêndulo defensivo, o sector intermediário é qualquer coisa de diferente, para pior. Entrou Defour, baixou Moutinho, há também Souza mas nenhum como o Polvo.
Os adeptos relativizaram a questão mas, coincidência ou não, o Vitória começou a crescer desde esse momento. Aliás, mal Fernando saiu, Ney Santos apareceu na área para cabecear à trave. Foi o único lance de verdadeiro perigo para a baliza de Bracali, na primeira parte.
Janko à terceira
Fast forward para o minuto 63. Dupla substituição de Vítor Pereira. O F.C. Porto passa a jogar com Danilo, Maicon, Mangala, Alvaro Pereira, Defour, Moutinho, Lucho, Varela, Janko e James. Junta-se Helton, questiona-se a recuperação de Fernando e Hulk e está desenhado o onze para a recepção à U. Leiria.
Foi com esse formato, com o esboço de um dragão renovado, que o Vitória tombou de vez. Marc Janko viu Matos negar-lhe um golo, perdeu a segunda oportunidade de forma infantil mas cumpriu a missão pouco depois, na sequência de belo movimento ofensivo.
Bola em Moutinho. Dali para Lucho, de novo para o português. Abertura para a esquerda, cruzamento rápido de James e finalização de Janko, na pequena área. Beleza colectiva após o lance de inspiração de Lucho González, na etapa inicial. Reforços validados com o triunfo, soluções alargadas para a equipa portista.
Capítulo final para o V. Setúbal. Jogo sério e esforçado no Estádio do Dragão. Sucumbiu ao desaire com naturalidade. Meyong e Tiago Targino podem dar nova alma na luta pela continuidade na Liga.
in "maisfutebol.iol.pt"
1 comentário:
Preços reduzidos e factor Lucho, principalmente, levaram a que o Dragão tivesse uma boa moldura humana, 27.303 espectadores, apesar da noite fria e a ameaçar chuva. Muita gente nova - à minha volta era um mar de ilustres desconhecidos ...-, que aproveitou a oportunidade de ver o F.C.Porto ao vivo, gente que não deve ter dado por mal empregue o tempo perdido. Com oito novos jogadores em relação ao jogo de Barcelos, só mantiveram a titularidade, Maicon, Moutinho e Varela, o F.C.Porto apresentou-se em 4x2x1x3, com os reforços de Inverno, Danilo que já tinha jogado, mais Lucho e Janko, a que se juntaram os menos utilizados, Bracali, Alex Sandro, Mangala e para completar o onze, o regressado Fernando e o inconstante C.Rodríguez. Entrando a jogar muito bem e assentando o seu futebol num meio-campo em triângulo, com Fernando e Moutinho na base e Lucho no vértice mais adiantado, mas percorrendo toda a largura do campo, equipa portista teve momentos, em particular na primeira meia-hora, de muito boa qualidade.
Com um futebol tricotado, de pé para pé - Lucho e Moutinho parece que sempre jogaram juntos... -, o conjunto de Vítor Pereira, dominou, teve algumas bonitas jogadas e como corolário desse futebol que estava a agradar à plateia, chegou à justa vantagem num belo golo de El Comandante. Durante esse período, apesar de Varela e Rodríguez raramente conseguirem chegar à linha de fundo para cruzar, Janko, sempre que foi servido em condições razoáveis, mostrou serviço e só não marcou porque a bola, por duas vezes, caprichosamente, encontrou um corpo de um defesa setubalense quando ia para golo. Se a primeira meia-hora foi, repito, de boa qualidade, os últimos 15 minutos, nem tanto assim. Sem perder o controlo e sem nunca estar em perigo, salvo num lance de bola parada que Ney levou a bola a bater na parte superior da barra - mais um vez a defesa portista fica à espera, não ataca a bola e foi surpreendida. Vá lá, ao contrário de Barcelos, não deu golo -, a qualidade baixou, a equipa não foi tão consistente, desorganizou-se um bocado, também porque saiu Fernando e Defour que entrou, andou algum tempo a apalpar terreno.
A segunda-parte e os primeiros 15 minutos, foram muito semelhantes aos últimos 15 da primeira e portanto, nada a acrescentar. Mas com a entrada em simultâneo de Alvaro Pereira e James, para os lugares de Alex Sandro e Cebola, o F.C.Porto voltou a acelerar, a tomar conta do jogo, voltou o futebol bonito, belas jogadas, vistosas triangulações, marcamos um golo, por Janko - à ponta-de-lança - e merecíamos, pela qualidade, domínio e oportunidades, ter marcado mais um ou dois.
Resumindo, foi um belo Porto e embora o grau de dificuldade não tenha sido muito elevado, deu para ver que com Lucho a equipa cresce. Não perde tantas bolas, tem mais posse, ganha alguém que sabe aparecer para finalizar, maturidade, um líder dentro do campo. Esperemos que, definitivamente, o mau tempo não volte. Há muita qualidade neste plantel do F.C.Porto. Ainda iremos a tempo? Não sei, mas uma coisa é certa, temos de fazer a nossa obrigação, ganhar os jogos e no fim fazem-se as contas.
Abraço
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