Final era só para o Benfica. Para os Dragões, líderes destacados da Liga, o encontro decisivo jogara-se uma semana antes, em Fafe, a meio de um percurso que resultou na conquista da Taça de Portugal. No regresso à Liga e a casa, o FC Porto saiu derrotado (67-76) de onde já não perdia há mais de dois anos, permitindo que o adversário adiasse a definição do vencedor da fase regular.
Há números que, de tão óbvios, são incapazes de enganar. E o parcial de 9-7 gerado pelos primeiros 10 minutos é um casogritante de transparência, certificando a interpretação óbvia sobre um período especialmente marcado pelo rigor defensivo e por uma quantidade exagerada de lançamentos falhados.
Os quartos restantes destoaram do inicial pelo volume de pontos somados, mas não desfizeram o equilíbrio, mantendo a dúvida sobre a identidade do vencedor para lá do último minuto, com Ted Scott a emergir como o elemento decisor, ao converter 5 dos 6 triplos tentados, em profundo contraste com os dados globais conseguidos por toda a equipa portista no lançamento exterior: 6 em 28.
Carlos Andrade e Greg Stempim, ambos com 16 pontos, foram os melhores dos Dragões, que mantêm, apesar da derrota, a primeira posição da época regular, a confirmar nas duas últimas jornadas, ambas a disputar no Dragão Caixa, frente ao CAB Madeira e ao Barreirense.
FICHA DE JOGO
Liga, 20.ª jornada
24 de Março de 2012
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 1.917 espectadores
Árbitro principal: Luís Lopes
Árbitros auxiliares: Nuno Monteiro e Fernando Rezende
FC PORTO FERPINTA (67): Reggie Jackson (9), Carlos Andrade (16), João Santos (5), Greg Stempin (16) e Rob Johnson (8); José Costa (9), Diogo Correia (2), Miguel Miranda (2), David Gomes (0)
Treinador: Moncho López
BENFICA (76): Marcus Norris (3), Ted Scott (20), João Gomes (11), Seth Doliboa (13) e Elvis Évora (16); Heshimu Evans (10), Diogo Carreira (3), Miguel Minhava (0), António Monteiro (0)
Treinador: Carlos Lisboa
Ao intervalo: 29-26
Por períodos: 9-7, 20-19, 14-20 e 24-30
MONCHO : “QUEREMOS ASSEGURAR O PRIMEIRO LUGAR”
A partida foi discutida até ao apito final, mas o FC Porto Ferpinta não conseguiu vencer o Benfica. Os actuais detentores da Taça de Portugal perderam (67-76) este sábado em encontro da 20.ª jornada da Liga, mas mantêm-se no topo da liderança. Em conferência de imprensa, Moncho López admite que a equipa precisa de um “jogo de reacção mental” para vencer os próximos encontros.
Em que é que o Benfica esteve melhor que o FC Porto neste jogo?
Foi um jogo de muita dificuldade para as duas equipas. Houve um grande trabalho ofensivo na primeira parte e o Benfica decidiu o jogo no último quarto. Conseguiu 30 pontos em dez minutos e não é fácil conquistar essa pontuação ao FC Porto. Não conseguimos segurar o jogo e a equipa acabou por apostar no trabalho defensivo. Há que reconhecer a qualidade do ataque adversário.
Como fica a discussão do primeiro lugar?
Queremos assegurar o primeiro lugar. Esta situação obriga-nos a reagir. Vamos ter um trabalho mais complicado em termos emocionais e sabemos que vamos ter dificuldades nos jogos com os próximos adversários. São duas equipas [n.d.r.: CAB Madeira e Barreirense] com muitas potencialidades que estão à procura de um bom posicionamento nos playoffs. Mas antes disso, temos que jogar contra nós mesmos. Temos que fazer um jogo de reacção mental. Assumir que perdemos em casa é sempre duro. Agora o importante é reactivarmo-nos e pensarmos em ganhar os próximos jogos.
in "f cp.pt"
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