sábado, 24 de março de 2012

Miguel Miranda: "Clássico é sempre uma guerra"

O FC Porto recebe hoje o Benfica, pelas 15h00, e Miguel Miranda defende que "nunca se pode encarar um clássico como sendo mais um jogo". O extremo-poste, de 33 anos, natural do Porto e que terminou a sua formação vestido de azul e branco, fala como um homem da casa e recorda logo que a sua equipa não perde no Dragão desde de Junho de 2010. Ou seja, como estava na Ovarense nesse dia em que o Benfica venceu um jogo do play-off do título, nunca perdeu no Dragão! "Queremos continuar invictos na nossa casa. Aliás, se nunca perdermos em casa seremos campeões", fez notar.
O clássico de hoje, além das habituais motivações, acarreta mais algumas: "É importante ganhar ao Benfica, porque se isso acontecer, garantimos o primeiro lugar da fase regular, que é um dos principais objetivos do clube", explicou Miguel Miranda, sabendo que o vencedor da fase regular da Liga tem sido sempre campeão.
Para o extremo-poste, "um clássico é sempre uma guerra, mesmo se o FC Porto fosse primeiro e o Benfica último". "É a mentalidade das pessoas. Quando começa o jogo, ninguém pensa em que lugar estamos. Em campo, é a rivalidade dos dois clubes, é a rivalidade das cidades [Porto e Lisboa] e é a rivalidade que o povo do Norte tem por se sentir diminuído em relação a quem está na capital", considera.
Depois do jogo das meias-finais da Taça de Portugal, que o FC Porto venceu, o basquetebolista espera um "jogo diferente" e explica: "Nós ganhámos, mas já estivemos a ver aquilo que fizemos mal para tentar corrigir, e eles de certeza que também fizeram o mesmo."
A chave da vitória de hoje passa pela concentração: "O Moncho deu-nos tudo aquilo que é preciso para ganhar; agora temos que pôr em prática o que ele nos ensinou. Se estivermos concentrados 40 minutos, vamos vencer", garante. "Vai depender da mentalidade com que as equipas entrarem em campo. Tivemos tempo para afinar mais algumas coisas e vamos estar bem e fortes para vencer", diz ainda o extremo-poste.
Já a pensar num futuro próximo, Miguel Miranda acredita que até à revalidação do título falta "um passo pequenininho". Justificando: "Por tudo aquilo que já passámos, acredito que agora falta a melhor parte. A parte em que se pensa menos e se faz mais."

"Saí do FC Porto, mas sempre fui adepto do clube"


A cumprir a segunda época no FC Porto depois do seu regresso a casa no ano passado, Miguel Miranda tem a curiosidade de ter sido campeão por Queluz e Ovarense, os outros dois clubes por onde passou. Desvalorizando o caso, diz que "se calhar foi uma questão de sorte". "Mas também quero pensar que contribuí com um bocadinho da minha experiência para que isso acontecesse", acrescenta. Apesar de dez anos longe dos azuis e brancos, faz uma confissão: "Saí do FC Porto, mas sempre fui adepto deste clube. Aliás, tenho lugar anual no estádio e no pavilhão e ainda considero que faço parte do seu historial pelos títulos que conquistei na formação e na equipa sénior." Para Miguel Miranda, a atual equipa do FC Porto é "constante e está bem física e psicologicamente". "Temos um sistema de jogo básico que nos dá escapatórias para as dificuldades que o adversário nos causa. Além disso, primeiro respeitamo-nos a nós e depois aos adversários", completa. Não esquecendo os adeptos, termina: "São aqueles que te apoiam a cem por cento, independentemente de estarmos a jogar bem ou estarmos a jogar mal - e são uma das razões por que nunca perdemos em casa."

in"ojogo.pt"


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