A cumprir a terceira época no FC Porto, Moncho López nunca escondeu gostar da cidade e dos portuenses que, diz, tanto o cativaram. Mas ontem foi mais longe e, sem problemas, assumiu: "Sou portista e vou ser sempre. Neste país aprendi que os profissionais do desporto podem reconhecer publicamente a sua preferência clubística e depois desempenhar funções noutros clubes sem qualquer problema". De resto, o técnico espanhol revelou mesmo que gostaria de continuar por mais alguns anos a comandar os dragões: "O FC Porto é o clube mais importante da minha carreira. No mínimo, vou chegar às quatro épocas, mas gostava de continuar aqui até porque queria ultrapassar o meu recorde de cinco temporadas num clube", referindo-se ao Gijón.
Depois desta declaração de portismo, Moncho continuou a deixar elogios à Invicta. "Ficaria a viver para sempre no Porto, é uma cidade onde facilmente nos sentimos bem e as pessoas sabem-nos cativar. Geograficamente está bem localizada, não me sinto longe da família e até gosto do clima".
A conversa com o técnico justificava-se por mais uma conquista e, então sim, falou-se da Taça de Portugal. O terceiro troféu da época, o sétimo desde que chegou ao FC Porto. "Os títulos não são só do Moncho López, são dos meus atletas, do clube e dos adeptos, que tal como já referi, e volto a referi-lo, friamente, são o grande orçamento deste clube. Não digo que temos os melhores adeptos por estar cá, nem para lhes dar graxa, digo porque é a realidade. São muito importantes para nós, somos profissionais do desporto, por isso não fazia sentido para um clube não trabalhar para os seus adeptos", justifica.
Sendo esta a melhor fase do basquetebol portista, o treinador, de 42 anos, lembrou que "estes sete títulos só se conseguem com o esforço de muitas pessoas", frisando: "A minha chegada ao clube coincidiu com uma aposta da direção em construir uma equipa forte e apoiaram-me muito".
Arrumada a questão da Taça,o objetivo dos campeões nacionais passa agora pela revalidação do título. "Está a ser uma época fantástica, estivemos presentes em todas as finais e estamos a trabalhar para estar também na final do play-off", garantiu Moncho, que, com apenas três jornadas para disputar na fase regular, acredita que terá "jogos complicados", justificando a opinião com "a qualidade dos adversários" e porque estes "ainda não têm definidas as suas posições".
"Quando os jogadores não querem ter folga é espetacular"
Moncho López já voltou a sentir-se orgulhoso dos seus jogadores. A explicação é simples. "Quis premiar os atletas e disse-lhes que tinham dois dias de folga. Mas hoje (ontem) soube que quase todos pediram ao meu adjunto para amanhã (hoje) virem treinar, não sei se virão três, quatro, cinco... mas quando dou folga a uma equipa e esta não quer, é espetacular", contou com um indisfarçável sorriso.
"Nós trabalhamos muito e muito bem. Este período positivo não é só mérito meu, não se treina assim só porque o Moncho López quer, é porque esta equipa gosta muito de trabalhar", afirmou o técnico azul e branco, acrescentando: "Somos um grupo que gosta de melhorar e que assume o que não faz bem, para corrigir os erros".
in "ojogo.pt"
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