Vitória sofrida nos Barreiros, no jogo 3000 da história do clube e bicampeonato à vista. Jorge Jesus acreditava que o FC Porto deixaria pontos na visita à Madeira, mas os portistas deixaram o treinador do Benfica agarrado à calculadora para evitar uma festa antecipada. É com a pressão de não poderem perder qualquer ponto que os encarnados entrarão em campo esta noite, em Vila do Conde, sob o risco de entregarem de mão beijada o campeonato. Mesmo que Vítor Pereira e Pinto da Costa prefiram fazer a festa no clássico contra o Sporting. O triunfo de ontem foi tão difícil como saboroso. O FC Porto começou como poucas vezes esta época: com atitude e qualidade na circulação de bola; o Marítimo respondeu na segunda parte com muita alma.
Vítor Pereira decidiu voltar a experimentar a fórmula que resultou em Braga, mas agora de início. Apostou em Hulk para o centro do ataque - Janko ficou no banco, ao lado de Kléber - promovendo, dois meses depois, Varela à titularidade. A equipa entrou autoritária e encostou o Marítimo à área. Hulk deu alguns avisos que os insulares não levaram a sério. Salin foi adiando o golo inevitável, que surgiu de penálti.
Pedro Martins tinha trocado de guarda-redes porque Peçanha sofrera oito golos nos últimos dois jogos e ainda colocou Olberdam a vigiar Lucho. Mas, o problema estava na atitude e no lado direito, corredor bem explorado por Alex Sandro, Varela e companhia. Com as linhas muito recuadas, o Marítimo apostou claramente no contra-ataque, esquecendo-se de pressionar para forçar o erro e, assim, não conseguiu criar qualquer ocasião de golo na primeira parte. Equilibrou um pouco mais o jogo, que perdeu qualidade, quando Pedro Martins adiantou Olberdam e deu ordens a Rafael Miranda para recuar e fechar à direita.
Nessa altura, o FC Porto também tinha desacelerado por conveniência, mas só não fez o segundo golo porque Salin desviou com o pé esquerdo um remate de James.
Os dragões regressaram dos balneários convencidos de que a segunda parte seria mais do mesmo, mas erraram os cálculos porque o Marítimo arregaçou as mangas e foi à procura do empate. Heldon foi a primeira aposta e o cabo-verdiano acrescentou velocidade e aproveitou a reentrada desastrada de Alex Sandro. Helton foi obrigado a sujar as luvas, mas a vantagem ainda não estava verdadeiramente ameaçada. Isso só aconteceu a partir da entrada de Benachour (62'). Aí sim, o Marítimo ganhou o meio-campo e quase todas as segundas bolas, perdendo o respeito ao campeão nacional. Helton salvou o empate um minuto depois de Hulk falhar, por pouco, o segundo golo.
O sufoco continuou com remates de Fidélis e Benachour e o sentimento geral era de que o empate poderia chegar a qualquer momento. Mas, quem tem Hulk arrisca-se a ganhar os jogos… Vítor Pereira tentou reequilibrar as contas no setor intermediário, recorrendo a Defour. Tirou James e deixou Hulk, sobretudo este, e Djalma na frente, dando ordens a Lucho para os apoiar. O Incrível saiu do meio dos centrais e ganhou espaço para as suas arrancadas, fabricando de seguida dois lances de golo. No primeiro, Lucho falhou inacreditavelmente e no segundo entregou a bola a Djalma, que caiu na área. Penálti, outra vez, disse o árbitro. Hulk, não falhou e encerrou o assunto. O champanhe pode ir para o congelador porque só uma hecatombe afastará o FC Porto do 26º título da sua história.
in "ojogo.pt"
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1 comentário:
Num dia de paradoxos para para a família portista - morte de Francisco Nóbrega, antigo internacional do futebol azul e branco e a conquista do titulo em Andebol, o Tetracampeonato -, o Campeão tinha na Madeira e frente ao Marítimo, um difícil obstáculo que ultrapassado lhe abriria as portas do Bicampeonato. Ganhou justamente e deu um passo de gigante rumo ao título. Falta menos que um bocadinhos assim...
Mantendo de início a equipa que tinha derrotado o Beira-Mar, apenas com duas excepções, Varela no lugar de Janko e a passagem de Hulk para o meio e Fernando no lugar de Defour, o conjunto de Vítor Pereira entrou forte, dominador, a jogar bem, rápido a atacar, mais pela esquerda e começou cedo a criar perigo e a querer resolver. Hulk, sempre ele, por três vezes esteve perto do golo - numa delas a bola só não entrou por milagre... encontrou um pé salvador... -, golo que surgiria aos 16 minutos, pelo Incrível, na transformação de um penalty claro, por mão de Fidelis. Era uma vantagem justa, o corolário da boa exibição portista. A ganhar a equipa azul e branca manteve o domínio, continuou a controlar, não foi tão perigosa como tinha sido até ao golo, mas nunca correu grandes riscos e se o resultado de um a zero se ajusta, se a vantagem fosse de dois golos, não escandalizaria.
Na etapa complementar já não foi tanto assim. O F.C.Porto jogou pior, não dominou, não controlou, não foi tão pressionante, houve equilíbrio, o Marítimo foi mais perigoso, criou problemas e com a vantagem mínima a persistir, o Campeão correu riscos de sofrer o golo do empate. Felizmente não aconteceu e já a acabar, novamente de penalty, sobre Djalma, também bem assinalado, Hulk fechou a contagem e garantiu a vitória.
Resumindo:
Boa primeira-parte do F.C.Porto, pior a segunda, mas nesta altura, mais que jogar bem, era fundamental ganhar, conquistar os três pontos que nos colocam a uma vitória - pode nem ser preciso... - do Bi.
Melhor Hulk que tem sido decisivo. Já James, tão idolatrado por alguns e que serviu muitas vezes como arma de arremesso contra Vítor Pereira, tem sido titular, mas como titular nunca conseguiu um jogo com a qualidade que evidenciou quando entrava a substituir alguém.
Notas finais:
Patéticas, vergonhosas e injustas as declarações de treinador e jogadores do Marítimo, parecia uma cassete. Pedro Martins, por exemplo, disse que nunca falou de arbitragens... pois, falou hoje. Porque será?
Olhem, limpem a azia ao guardanapo, juntem-se aos aziados vermelhos e vão-se queixar ao Platini.
Fantoches, marionetes, palhaços!
Quanto mais longe o clube do regime fica do título, mais os freteiros, recadeiros e lambe traseiros agitam os costumados papões. Já os conhecemos, estamos habituados, não nos aquece nem arrefece.
Neste momento somos campeões, virtuais, é certo, mas colocamos toda a pressão no clube do regime que sabe, se não ganhar amanhã, o Dragão é Campeão no sofá.
Parabéns aos adeptos que estiveram nos Barreiros pelo apoio que nunca faltou à equipa.
Abraço
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