Fantástico e improvável. Foi sob a buzina do final do primeiro período e quase desde a tabela defensiva que Diogo Correia converteu o cesto da noite, no terceiro jogo dos quartos-de-final dos playoffs, em que o FC Porto venceu em Guimarães (65-69). O base admite que só teve motivos para festejar (com 16 pontos, foi ainda o melhor marcador portista) e antevê agora as meias-finais.
Um cesto destes raramente é visto num pavilhão nacional, mas Diogo Correia até já tinha ficado perto de concretizar uma proeza semelhante, no escalão Sub20. A bola entrou no cesto, mas o lançamento foi efectuado depois do tempo, pelo que não foi validado. Na sexta-feira a pontaria foi certeira: "Sabia que o período estava quase a acabar, tentei agarrar a bola e lançar o mais rápido possível. Fiquei contente por marcar, mas como estávamos a perder [16-14], queria começar rapidamente o segundo período para recuperarmos", revelou ao www.fcporto.pt.
Recuperar no marcador era imperativo para o base, daí não ter festejado de forma exuberante o incrível triplo. "Acabou por ter um duplo gosto. Fiquei contente porque um cesto destes não se vê todos os dias, mas estávamos a perder e acho que não fazia muito sentido festejar. Penso, acima de tudo, no resultado e na equipa", explica o jogador.
Despois de um jogo disputado, os Dragões acabaram por vencer e garantir a passagem às meias-finais. "Já reflectimos sobre os erros em Guimarães, até no decorrer da partida os fomos identificando. Alguns já sabíamos que poderiam acontecer, outros não. Mas já está ultrapassado, agora só pensamos no próximo jogo", afirmou.
Nas meias-finais, de novo disputadas à melhor de cinco, o adversário é o CAB Madeira (o primeiro encontro é na sexta-feira, às 21h00). "Vai ser um jogo complicado, à semelhança dos que disputamos esta época, em que nos têm criado muitas dificuldades. É uma equipa com mérito, mas penso que se estivermos ao nosso melhor nível podemos vencer", antevê Diogo Correia.
De novo, os azuis e brancos partem com a vantagem de jogar as primeiras duas partidas em casa. "Para nós, o público é uma força extra. No momento em que estamos mais cansados, são eles que nos ajudam a ir buscar forças onde pensamos não haver", admite.
O camisola quatro do FC Porto não está obcecado com a possibilidade de garantir a passagem à final nos primeiros três jogos. "Trabalhamos para resolver a eliminatória o mais rapidamente possível, mas temos sempre em mente que o importante é chegar à final. Se for só em três jogos ficamos contentes, até porque teríamos mais tempo para preparar a final, mas se tiver de ser em quatro ou cinco não importa", conclui.
IN "FCP.PT"
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