Hulk: a animar o Dragão desde 2008. Depois de dar o título, tornou a festa mais azul.
Hulk. A diferença no campeonato pode muito bem estar neste brasileiro com nome de super-herói. Golos, assistências, títulos. Já deu tudo ao F.C. Porto. O Dragão desta noite agradece-lhe uma festa mais feliz, com dois golos na reta final que acabaram com as aspirações do Sporting, que ainda sonhava com a Liga dos Campeões.
A primeira conclusão do Clássico é óbvia: foi a sério. O clima de festa no Dragão não passou pelos 90 minutos de jogo. O F.C. Porto, como lhe competia, encarou o rival com toda a seriedade e teve a resposta devida. Sporting alheio à euforia contrária, ciente das próprias contas e disposto a arriscar. Só caiu por falta de homens.
O jogo arrastou-se dividido até dez minutos do fim, altura em que Hulk decidiu e acabou com as aspirações leoninas à Liga dos Campeões. Antes, a festa. Depois, a festa. Título entregue, Dragão engalanado a dar um brilho extra ao histórico duelo do calendário nacional. Cabelos pintados, para o azul ser ainda mais forte na noite da Invicta.
Se o F.C. Porto festejava, para o Sporting, o início não foi tranquilo, com duas alterações de última hora. Carrilo e Pereirinha avançaram para o onze, formando uma ala direita remodelada. A somar a isso, o ambiente até poderia intimidar um leão mais envergonhado, mas há muito que a equipa de Sá Pinto ganhou confiança para rugir a qualquer rival. E por isso entrou decidido.
Foi tão direto ao assunto, que aos vinte segundos já Maicon estava a tirar o golo a Wolfswinkel. Com Carrillo como animador de serviço- até se evaporar -o convidado mostrou intenção de estragar a festa. Como se esperava.
O F.C. Porto estranhou e só reagiu num remate de ressaca de Lucho após canto. Demorou a perceber a atitude do rival, mas acabou por controlar. Traje de gala guardado, que a festa era só no final.
Polga quis ser Incrível, mas a alcunha tem dono
A primeira parte não foi brilhante, mas foi agradável de seguir. O F.C. Porto demorou, mas acabou por ditar as leis do jogo, perante o tal leão atrevido que se falava. Embalados por mais de 50 mil nas bancadas, os portistas assumiram as despesas, mostraram boas combinações, com James em destaque, mas falharam na hora de acercar a baliza.
Hulk voltou a surgir como ponta de lança e demorou a entrar no jogo. Guardou o melhor para o fim, por assim dizer.
No início do segundo tempo, o Sporting ficou pertinho de se colocar na frente de uma forma tão bela quanto improvável. Espetacular o remate de Polga que bateu no poste. Ainda não foi desta que marcou no campeonato.
Adeus de Hulk? O Dragão vai ter saudades
Depois, foi Hulk. A figura da Liga, a figura do jogo. Arrancou o segundo amarelo a Onyewu, inventou o lance da grande penalidade, deixando dúvidas sobre a carga em Pereirinha, na génese. E marcou-a, alertando o universo azul e branco: chegara a altura de abrir o champanhe.
Incrível. Incrível Hulk, no dia em que o original, o boneco, completa 50 anos de existência. Incrível como carregou a equipa; incrível como até foi assobiado quando somou algumas más decisões; incrível porque teve a humildade de pedir desculpa aos adeptos. E incrível...porque o foi, naquele segundo golo.
Pereirinha para trás, Elias para trás, Patrício para trás. Sporting para trás. Golo do F.C. Porto. Ponto final no jogo e nas aspirações leoninas. Pedro Proença ainda expulsou, também Fernando, que dançou para a decisão. Afinal era dia era de festa. Graças a Hulk. Chegou a hora do adeus? Resposta para outras marés. Mas o Dragão vai ter saudades.
in "maisfutebol.iol.pt"
1 comentário:
Gostei da atitude da equipa neste jogo, que era de festa e caía mal acabar com uma derrota. Pelo público, pelos efeitos condicionados no apuramento de terceiros para a Liga Europa, porque era o sporting, porque ao FC Porto vencer é obrigação. Pareceu-me que os jogadores interiorizaram isso, pela forma assumida na execução das jogadas.
Para mim a primeira parte foi melhor do que a segunda, apesar de Hulk ficar àquem do brilhantismo que alcançou no segundo tempo.
Maicon, termina sem dúvida em grande forma, a central. Fernando e Moutinho, também em alta. Lucho é o catalisador do movimento da equipa. Não acredito que o responsável pela contratação do Yanko tivesse decidido contratá-lo se a observação incidisse em actuações iguais às que produziu até agora de dragão ao peito.
Vítor Pereira, superou tudo: erros próprios, herança pesada, jogadores insatisfeitos, turbulência na equipa, lesões, desconfiança de parte dos associados e tudo o mais que é comum a qualquer treinador do FC Porto fomentado de fora.
Venceu. Justifica-se o seu orgulho e alegria.
Fez pela (sua)vida e aliviou a do PRESIDENTE…
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