A ESTRELA
Kléber 7
Uma promessa adiada até ao fim
A promessa de goleador deixada durante a pré-época teve em Vila do Conde um dos pontos altos, quando Kléber apontou dois golos no primeiro jogo de preparação que os portistas realizaram em Portugal. Falcao parecia ter um substituto, mas a certeza rapidamente se transformou em dúvida, antes de se transformar novamente em certeza - desta vez que Kléber não era mesmo um novo Falcao. Agora, voltam as dúvidas, já sem o colombiano na história: será que Kléber era assim tão mau? E será tão bom como foi ontem? A verdade é que depois de quatro oportunidades desperdiçadas no jogo de ontem, o brasileiro conseguiu fazer três golos, quase seis meses depois de ter marcado pela última vez. Seis meses... Outra coisa parece certa: a confiança que lhe faltou na maior parte dos 15 jogos (!) em que esteve sem marcar regressou logo após o primeiro golo apontado em Vila do Conde. No final, sobra a pergunta: e agora, Kléber?
Bracali 5
Somou os primeiros minutos no campeonato para se sagrar campeão nacional, embora tenha sofrido dois golos - sem que lhe possa ser atribuída culpa - nos únicos lances de verdadeiro perigo que o Rio Ave dispôs enquanto esteve em campo.
Danilo 5
No regresso à titularidade, depois da lesão sofrida frente ao Manchester City, realizou uma exibição segura. É verdade que não esteve exuberante, sobretudo nas subidas pelo corredor direito, mas cumpriu o papel que lhe estava
destinado sem grandes problemas.
Rolando 6
Voltou ao onze inicial com a braçadeira de capitão, num sinal de que o problema disciplinar está completamente ultrapassado. Para além de ter apresentado a habitual eficácia no setor mais recuado, ainda teve participação direta no quarto golo, ao colocar a bola em Kléber com um pontapé acrobático na área do Rio Ave.
Mangala 6
Teve mais uma oportunidade para demonstrar uma qualidade imensa, que, bem trabalhada, poderá transformá-lo num central de topo. Rápido, forte, bom no jogo aéreo, pareceu dominar todos os aspetos do jogo, embora, por vezes, ainda tenha demonstrado ingenuidade na forma como abordou alguns lances. Um pormenor.
Álvaro Pereira 5
Na provável despedida do FC Porto - será? - abusou da dureza para travar o atrevimento de Atsu. Subiu muito pelo corredor esquerdo, como é seu apanágio, embora raramente tenha dado uma sequência lógica aos lances.
Defour 6
Ocupou a posição de Fernando e, tal como o brasileiro, trabalhou muito para a equipa. As características da partida também lhe permitiram ter um papel igualmente importante na fase de construção do jogo. Acabou a época em grande e a prometer mais e melhor para a próxima.
João Moutinho 7
Começou por falhar dois passes fáceis logo no arranque do jogo, mas foram apenas a exceção numa exibição sempre em crescendo. Na segunda parte, e perante a ausência de James, assumiu em definitivo as rédeas da equipa, transformando-se numa das figuras do último jogo da época.
James 7
Foi um dos poucos titulares que sobreviveram à revolução operada por Vítor Pereira, mas para ocupar uma posição diferente da habitual, a de Lucho. Aproveitou os 45 minutos que esteve em campo para demonstrar, uma vez mais, todos os seus tributos técnicos, mas também que pode desempenhar aquelas funções com grande eficácia. Descobriu Djalma no primeiro golo (13') e, pouco depois, apareceu bem no centro da área para finalizar o segundo (17'). Melhor era difícil.
Djalma 7
Foi dos que melhor aproveitaram a oportunidade oferecida por Vítor Pereira. Estreou-se a marcar no campeonato, no golo que abriu o marcador (13'), mas a sua exibição foi muito mais do que isso. Durante boa parte do jogo, foi também um dos principais desbloqueadores da maior parte dos lances ofensivos do FC Porto, sobretudo através da sua velocidade. A forma abnegada como se entregou ao jogo teve o maior exemplo no penálti cometido sobre João Tomás.
Varela 6
Fez o primeiro remate da partida, poucos segundos depois do apito inicial do árbitro, num sinal de que estava em Vila do Conde para somar pontos na luta por um lugar no Europeu. Apesar disso, teve várias oscilações de rendimento ao longo do jogo, embora tenha ficado diretamente ligado a dois dos momentos da partida, com as assistências para os golos de James (17') e Kléber (50').
Iturbe 5
Demorou a entrar no jogo, mas quando pegou na bola passou-a por baixo das pernas de Kelvin (58'), para delírio dos muitos adeptos portistas que estavam nas bancadas. O quarto golo também nasceu de uma insistência sua sobre Jean Sony.
Hulk 5
Na impossibilidade de poder lutar pela liderança na lista dos melhores marcadores, fez a assistência para um dos golos de Kléber (65').
Kadú 5
Jogou os últimos minutos para se sagrar campeão nacional, mas ainda a tempo de fazer uma boa defesa a remate de Atsu (85').
in "ojogo.pt"
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