Rui Gomes espera um jogo de “muitas dificuldades” contra o Desportivo das Aves (domingo, às 18h00), mas acredita que a primeira vitória do FC Porto B não tardará. Depois de três empates nas rondas iniciais da Segunda Liga, toda a equipa está focada na conquista da totalidade dos pontos em disputa neste regresso ao Estádio de Pedroso.
Adversário impõe respeito, mas não assusta
“É assumido pelo Desportivo das Aves que são dos principais candidatos à subida e, por isso, as dificuldades são as expectáveis para um jogo contra uma das equipas mais fortes, mais maduras e experientes da competição. O Desportivo das Aves tem bons jogadores, uma equipa de qualidade e com muita experiência. Já no ano passado andou sempre nos lugares cimeiros e esteve até ao fim a lutar pela subida, que não conseguiu. Este ano mantém os objectivos e quer subir de divisão, portanto espero um jogo difícil, como têm sido todos os jogos deste campeonato.”
Cansaço é superado pela motivação
“Pode acontecer [os adversários] estarem mais frescos, porque tiveram a possibilidade de alterar o jogo de quarta-feira passada, coisa que nós não pudemos fazer, e isso pode ser uma vantagem. Mas estou convencido de que, atendendo aos cuidados que estamos a ter na recuperação e na preparação, a condição física não será um factor decisivo no jogo. Poderá ser, mas nós esperamos que, com o trabalho que temos feito, essa diferença seja esbatida e que possamos, por outro lado, rentabilizar o ritmo competitivo que temos vindo a ganhar com esta densidade competitiva e que isso se traduza numa maior intensidade e maior qualidade no nosso jogo.”
Foco total nos três pontos
“Sinto mais frustração do que ansiedade [por ainda não ter ganho]. Fiquei com a sensação, em cada um dos três jogos, que o resultado podia ter sido diferente a nosso favor. O jogo de quarta-feira voltou a confirmar essa ideia. Quando uma equipa quer muito ganhar e, por motivos diversos, fica com a sensação de que as coisas poderiam ter corrido melhor, tem de lidar com a frustração de não ganhar uma, duas e três vezes. Não digo que isso retire confiança, mas cria alguma impaciência e, seguramente, alguma frustração, que todos temos pelo facto de os resultados não estarem a corresponder ao que queríamos. Espero é que em termos de vontade, intensidade, entrega e comprometimento com o jogo isso não tenha qualquer tipo de influência e possamos entrar em campo da forma que temos feito, com uma enorme vontade de vencer.”
Ninguém pensa em baixar as expectativas
“Penso que haveria um risco grande de isso acontecer, se os jogadores não sentissem que de facto têm estado ao nível do que o jogo tem pedido. Se as nossas expectativas fossem muito elevadas e depois aquilo que nós estivéssemos a confirmar na disputa de todos os jogos fosse inferior, por não estarmos a conseguir acompanhar esse ritmo e essa complexidade, aí admito que teríamos de reformular e reequacionar os nossos objectivos. Não é isso que tem acontecido e, pelo contrário, sentimos que estamos muito próximos de ganhar, mas, simplesmente, não estamos a conseguir. Temos de procurar a vitória ainda com mais vontade, porque não estamos assim tão longe quanto isso.”
Anderson Silva, para crescer e ajudar
“Para já, o Anderson traz-nos mais uma opção para a posição de defesa-central, porque só tínhamos duas. É um jogador que ainda vem “em bruto”. É um jogador muito jovem, com hábitos de jogo muito diferentes dos nossos, porque no Brasil o que se pede a um central é algo muito diferente do que se pede aqui, mas vemos nele potencial e margem de progressão e esperamos que ele se consiga adaptar a nós, à nossa forma de jogar e ao futebol europeu. Espero que ele possa, se não a curto prazo, a médio prazo, acrescentar algo a esta equipa e, um dia, quem sabe, à equipa principal do FC Porto.”
Futuro será risonho para todos
“Todos os jogadores desta equipa poderão chegar ao plantel principal. Há que notar é que se trata de jogadores muito jovens, com pouca experiência e ainda a atravessar um processo de crescimento, que passa precisamente por mostrar competências para poder chegar à equipa A. Estou convencido de que daqui a algum tempo estaremos a falar de um patamar de rendimento muito diferente, ainda mais elevado, com jogadores ainda mais confiantes e mais próximos daquilo que realmente valem. Esta não é a melhor altura para fazer essa avaliação [de quem poderá atingir, ou não, o plantel sénior], mas a vontade de todos eles é mostrar muito e é natural que isso até lhes possa tirar algum discernimento, mas todos estes jogadores têm grande ambição e, quando tudo isto estabilizar, já teremos uma ideia muito mais próxima daquilo que eles poderão realmente render no futuro.”
in "fcp.pt"
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