Supertaça: F.C. Porto-Académica, 1-0 (crónica)
Jackson Martinez marca no último minuto do jogo e os dragões somam a quarta Supertaça seguida.
O F.C. Porto teve de esperar até ao último minuto de jogo para conseguir
agarrar com as duas mãos o primeiro troféu da
época. Quando tudo se encaminhava para o
prolongamento, Jackon Martínez fez jus ao hábito de vários goleadores
portistas de
marcar logo na estreia.
Até então, os
campeões nacionais haviam sido, naturalmente, superiores, ainda que
pouco expeditos
a desmontar a estratégia defensiva de um
adversário que, apenas a espaços, logrou discutir o resultado. Fica
também mais um
feito: quarta Supertaça seguida dos azuis e
brancos, segunda consecutiva para Vítor Pereira... 19 no total.
O técnico
portista manteve a estrutura trabalhada na pré-época e apostou nos
substitutos
lógicos para os grandes ausentes da noite, Alex
Sandro, Danilo e Hulk, além, claro, de João Moutinho, que ficou no
banco.
Assim, foi com naturalidade que Miguel Lopes,
Mangala, Defour e Jakson Martínez surgiram no onze.
No papel
parecia
tudo bem, mas lá dentro a equipa surgiu lenta
nos processos, incapaz de lidar com o colete-de-forças imposto pela
Académica,
que, como seria de esperar, procurou preencher
bem os espaços e espreitar o conta-ataque.
Com tantas
dificuldades
no jogo corrido, não surpreendeu que fosse
apenas de bola parada que os portistas conseguissem criar perigo. Em
livres e cantos,
os dragões estiveram perto de marcar, mas faltou
sempre qualquer coisa para encontrar o caminho das redes.
Coincidência
ou não, também a Académica, praticamente
inexistente até ao último quarto-de-hora da primeira parte, escolheu os
lances de
bola parada para chegar até à baliza de Helton.
Hélder Cabral arrepiou a espinha do dragão, mas não conseguiu mais do
que
isso.
Com Moutinho, a música é outra
O
jogo não poderia continuar nesta toada estival eternamente
e foi o estreante Jackson Martínez a dar o mote
com um remate em boa posição que saiu, contudo, por cima. O F.C. Porto
acelerava
e passou a fazê-lo ainda mais com Moutinho e
Djalma em campo.
Os estudantes estavam encostados às cordas, mas
não
se rendiam. Era preciso apelar à paciência e foi
isso que os comandados de Vítor Pereira fizeram. Instalados no
meio-campo
adversário, foram rodando a bola à procura de
uma brecha.
Otamendi tentou de bicicleta, Ricardo negou o golo
num
grande voo. Logo a seguir, os campeões nacionais
voltaram a ameaçar perante uma Académica que já nem era capaz de tirar a
cabeça de fora da água. Mas como o F.C. Porto
não lograva «matar» o jogo, a contenda continuava entretida.
Só
os
assobios estridentes dos adeptos azuis e brancos
para a troca de Lucho por Varela quebraram a monotonia, numa altura em
que,
tal como terminara a primeira parte, a Briosa
voltava a mostrar maior atrevimento. O melhor estava guardado mesmo para
o fim.
Nuno
Lopes tirou de primeira as medidas a Jackson
Martinez e este, de cabeça, colocou justiça no marcador. Mesmo ao soar
do gongo.
Mas também conta, ou não?
in "maisfutebol.iol.pt"
1 comentário:
Sem brilho, mas com justiça, conquistamos a 19ª Supertaça, 4ª consecutiva, um feito inédito. Nesta altura, sem alguns jogadores e com o mercado aberto, com tudo o que isso significa, o mais importante é ir ganhando. As próximas semanas dirão muito do que será o Porto em 2012/2013...
Abraço
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