O FC Porto B desloca-se este domingo a Freamunde, em jogo antecipado da 15.ª jornada da Segunda Liga, e vai procurar vincar o bom momento que atravessa, mesmo que a tarefa não se afigure fácil. Rui Gomes é o primeiro a alertar para a posição do adversário na tabela, que considera enganadora, mas prevê uma boa capacidade dos Dragões “para ganhar um jogo extremamente difícil”.Pode dizer-se que o FC Porto B está a atravessar o melhor momento da época?
Depois de uma vitória em casa com o Marítimo B e um empate com o Arouca, que foi um bom resultado - apesar de termos ido com o objectivo de ganhar o jogo -, uma vitória agora poderia fazer-nos considerar realmente que estamos no melhor momento da época. A acontecer assim, conquistaremos sete pontos em nove possíveis e, seguramente, para além de isso se consubstanciar no melhor momento da época, no fundo comprovaria uma sensação que temos tido: a sensação de que temos vindo a crescer gradualmente.
Abdoulaye tem-se distinguido na primeira equipa. Como vê a ascensão do defesa e as mais recentes convocatórias de Kelvin, Quiño, Iturbe…?
Naturalmente que vejo com satisfação, porque este projecto também tinha esse propósito. A ideia era criar um patamar competitivo intermédio, que pudesse também servir de palco para os jogadores menos utilizados da equipa A e que lhes permitisse estar mais preparados para o momento de serem chamados à formação principal. O facto de o Abdoulaye ter sido chamado nesta altura da época em jogos de grande responsabilidade, depois de ter cumprido cinco ou seis jogos na equipa B e ter cumprido ao nível que cumpriu, para nós, FC Porto, é um motivo de satisfação. Até porque também valida a pertinência do projecto.
O Freamunde está em último e, por isso, precisa urgentemente de pontos. Esse aspecto pode beneficiar o FC Porto B?
Sim, sempre que nós jogamos contra equipas que não se limitam apenas a defender - que é o que tem acontecido com todas as equipas que têm vindo a nossa casa -, quando jogamos com equipas que dividem o jogo, é vantajoso para nós. Temos mais espaço para jogar e para atacar, o jogo fica mais fluído e vai de encontro àquilo que são as nossas características enquanto equipa. Temos mais dificuldades quando encontramos equipas muito fechadas e única e simplesmente a pensar em defender e contra-atacar. O facto de ser o Freamunde é que já não nos garante tranquilidade absolutamente nenhuma, porque é uma equipa que tem mais qualidade do que aquilo que a classificação sugere.
O que conhece do adversário?
Este ano já vi vários jogos deles e em todos fiquei com a sensação de que mereciam ter ganho; criam muitas oportunidades de golo e têm processos de qualidade, mas não têm sido felizes. O facto de estarem na situação em que estão torna-os ainda mais perigosos. Não têm nada a perder, vão jogar no risco, vão querer ganhar e vão investir bastante nesse processo ofensivo, com muita gente na frente. Provavelmente vai ser um jogo ainda mais difícil do que o último, apesar da mais-valia do Arouca. O Freamunde precisa de ganhar e por isso espero um jogo extremamente difícil, mas também espero que tenhamos a capacidade de nunca deixar de ir à baliza adversária e de procurar vencer. É esse o nosso propósito.
in "fcp.pt"
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