quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Vítor Pereira avisa: «Resultado na Taça não tem retrocesso»


O FC Porto começou o percurso na Taça de Portugal esta época com um jogo frente ao Santa Eulália que não convenceu. O técnico dos Dragões frisa que a competição é um dos objetivos do clube e que para vencer o Nacional no sábado os azuis e brancos têm de estar ao seu melhor nível, até porque não há forma de dar a volta a uma derrota.

«Na altura atribui mérito à equipa do Santa Eulália, mas também admiti que a gestão que fiz foi com demasiadas mexidas e descaracterizaram o nosso jogo», recordou Vítor Pereira na conferência de imprensa de antevisão do jogo.

«Não vejo nenhuma comparação competitiva desse jogo para este. O Nacional é uma equipa da I Liga e a qualificação no campeonato não reflete a qualidade individual e coletiva da equipa. Tive oportunidade de os ver no último jogo em Guimarães. É uma equipa muito perigosa a sair em transições, com jogadores muito rápidos na frente e a Choupana é um ambiente e um contexto sempre complicado para qualquer equipa», avisou. 

«Sabemos o que queremos, Para ganhar na Choupana temos que ser competitivos, que estar ao nosso melhor nível porque este é um resultado que não tem retrocesso. É preciso ganhar para seguir em frente e a Taça de Portugal é claramente um objetivo para nós».

Vítor Pereira não esquece a derrota com a Académica na época passada, que eliminou o FC Porto da Taça de Portugal e avisa que os erros não são para repetir. «Todos admitimos na altura que não estivemos ao nosso nível, a abordagem mental a esse jogo não foi a que se exigia, e pagámos muito cara a fatura e saltámos fora da taça. Normalmente refletimos nos erros para não os voltar a repetir. Com o Nacional, uma abordagem mental a esse nível, seria o descalabro e as consequências seriam exatamente as mesmas».

«Não nos podemos, nem de longe, nem de perto, dar ao luxo de não termos uma abordagem competitiva, muito séria, de sacrifício, união e espírito de equipa», afirmou, mas frisa que «a equipa tem apresentado todos esses predicados este ano».

Este clube é ganhador por natureza, nem os empates nos satisfazem, mesmo quando nos permitem a passagem, como na Liga dos Campeões, quanto mais uma eliminação como na taça de Portugal. Não partimos para o jogo a pensar nisso. As condições não foram as ideais para preparar o jogo e as dificuldades aumentam, mas também é nas dificuldades que se veem as grandes equipas e nós já provámos isso este ano».



Vítor Pereira: «Não foi a semana ideal de trabalho»

Treinador não comenta críticas de Pinto da Costa ao jogo da seleção no Gabão... mas corrobora-as


Vítor Pereira corroborou as palavras de Pinto da Costa, nas críticas à Federação, depois do jogo no Gabão. Sem querer comentar o discurso do dirigente, o treinador admitiu que foi uma semana difícil, com sete jogadores ao serviço das seleções nacionais. «A minha opinião pessoal não interessa para nada», começou por dizer Vítor Pereira. 

«A posição do clube é a opinião do presidente. Não admito que se metam no meu trabalho, por isso não digo se prepararia a semana de forma diferente. Mas não foi a semana ideal de preparação para o jogo. Os jogadores chegam amanhã, não sei em que condições, e depois vão jogar.» 

Tudo isto sem poder arranjar desculpas. «Para seguirmos em frente temos que vencer na Madeira, independentemente dos jogadores que tiver e das condições em que vierem. Às vezes recebemos os jogadores com dois ou três dias de antecedência, o que nos permite ainda trabalhar», adiantou.

Vítor Pereira não contou durante a semana com sete jogadores ao serviço das seleções. João Moutinho e Varela representaram Portugal, Jackson e James a Colômbia, Defour a Bélgica, Atsu o Gana e Abdoulaye o Senegal. 

«Neste caso concreto, com tantas viagens e tantos minutos nas pernas, não poderemos trabalhar em cima do jogo, a não ser do ponto de vista teórico, que é o que vamos fazer. Vou ter de ver as condições em que chegam e optar pela equipa que nos oferecer melhores condições. Quanto mais jogadores tivermos fora, pior. Temos muitos internacionais, o que mostra a nossa qualidade, mas também prejudica a equipa».

Sobre o facto de João Moutinho ter jogador 73 minutos e Varela 67, Vítor Pereira respondeu que «estavam ao serviço da Seleção» e que foi feita «a gestão que entendiam ser necessária».

Além deste conjunto de jogadores que esteve ausente ao serviço das seleções, e que regressará ao Porto ao longo do dia, Maicon, Alex Sandro, Fernando, Kleber e Emídio Rafael estão lesionados.

Vítor Pereira ainda não sabe se será possível recuperar Kleber a tempo do jogo da Madeira. «Temos mais um dia para ver se recupera, gostaria de ter a resposta já, mas vamos ter de esperar», revelou.


in "maisgutebol.iol.pt"

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