Rui Gomes espera que o União de Madeira seja, em sua casa, um adversário diferente daquele que visitou Pedroso, em Agosto (0-0). Esta quinta-feira, em superflash, o treinador salientou que o FC Porto B vai encontrar um rival experiente, mas mais ofensivo do que na primeira volta. O jogo na Madeira disputa-se no sábado, às 11h15, no Estádio Municipal de Machico.
Que tipo de dificuldades pode causar o União da Madeira?
Creio que não perde há 12 jogos, desde que foi eliminado da Taça de Portugal pelo Pedras Rubras, há uns meses largos. Está claramente em crescendo e, não sendo muito exuberante na sua forma de jogar, é uma equipa extremamente sólida e típica da Segunda Liga. As dificuldades serão aquelas que temos na maior parte das partidas: defrontamos equipas muito organizadas e experientes, que aproveitam determinados momentos dos jogos, como as bolas paradas e situações de transição, para fazer a diferença. Espero um adversário tranquilo e confiante, porque vem de uma sucessão de bons resultados, mas também muito baseado nestes momentos do jogo, em que geralmente consegue fazer a diferença.
É também uma das equipas mais experientes da Segunda Liga...
Sim, e isso não os prejudica na questão física, porque os jogadores que chegam a esta idade cuidam bastante bem do factor físico e o desgaste não se nota. As mais-valias são típicas da sua experiência: sabem aproveitar aqueles momentos que referi para fazer a diferença a seu favor. Lidam bem com jogos equilibrados, como têm sido quase todos os que temos feito. Neste tipo de jogos, o factor maturidade é muito importante.
Na primeira volta, o União foi um adversário "aborrecido". Espera uma abordagem diferente desta vez?
Admito que sim, porque vão jogar em casa, numa situação mais confortável e com alguns jogadores diferentes, enquanto cá foram uma equipa de muita tracção atrás. Agora têm processos mais ofensivos e fluídos e espero uma equipa mais ousada.
Em que é que isso pode beneficiar o FC Porto B?
Poderemos tirar vantagem desde que nunca nos deslumbremos com as diferentes nuances do jogo. Em determinados momentos, a nossa equipa sente que está por cima, entusiasma-se porque quer ganhar e em determinados momentos esquecemos que um jogo é um processo de dois sentidos. Fomos penalizados, sobretudo em momentos de transição. Agora resolvemos esses problemas e isso acontece menos do que no início do campeonato, mas por vezes ainda “desligamos” momentaneamente, a pensar na forma como vamos conseguir chegar ao golo, e não conseguimos chegar a tempo de impedir que o adversário faça o mesmo. É vantajoso defrontar equipas que jogam o jogo pelo jogo, desde que sejamos muito fortes nos momentos em que ele se desequilibra.
Uma semana de treinos depois, que análise faz ao reforço Caballero?
Na semana passada ele tinha acabado de chegar e, por ser tão jovem e vir de uma realidade distinta, teríamos de dar-lhe tempo para se adaptar. Esta semana, as indicações que ele deu foram ainda melhores, está mais adaptado e conhece melhor os nossos processos e os colegas. Portanto, as indicações são boas, mas, tal como disse na semana passada, é um jogador de 18 anos e tem muito para aprender. Porém, estou satisfeito pelo que tem feito nesta semana de treinos connosco.
in "fcp.pt"
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