Treinador do F.C. Porto diz que se sentiu «frustado» e quis «defender» a equipa. Mantém tudo o que disse, mas «o tom não seria o mesmo»
No passado domingo, foi um Vítor Pereira visivelmente transtornado que apareceu na sala de imprensa do estádio da Luz após o Clássico com o Benfica. Agora, quatro dias depois, o técnico portista volta a falar do jogo e, embora garanta que hoje não empregaria o tom utilizado, assegura que mantém tudo o que disse.
«Nós trabalhamos a semana toda para preparar o jogo, por isso, é natural que eu e a equipa nos sintamos frustrados por erros que condicionam o nosso trabalho e todo o esforço de uma semana. Disse o que me ia na alma para defender o grupo de trabalho», afirmou Vítor Pereira esta quinta-feira em conferência de imprensa, referindo-se às críticas que fez ao trabalho do árbitro João Ferreira.
«Não tenho nada contra o senhor João Ferreira. Disse o que disse reportando-me a factos. Disse-o de forma exaltada porque era o final do jogo, de um jogo de tensão. O tom, se fosse hoje não seria o mesmo, mas mantenho o que disse e vou manifestar-me sempre que achar que o trabalho do meu grupo é condicionado», garantiu.
O técnico rejeita que o seu objetivo seja colocar pressão sobre os árbitros para jogos futuros. «Não quero condicionar próximas arbitragens, não quero condicionar ninguém, mas, quem não se sente não é filho de boa gente».
Ainda assim, Vítor Pereira garante: «Hoje, para mim, o que é importante é ter em conta a qualidade da exibição da minha equipa. Saio da Luz com a satisfação de ver a minha equipa igual a si própria, crescer em termos coletivos e jogar com qualidade. O resto é passado».
O treinador dos dragões falou ainda sobre a apreciação que fez sobre o jogo dos encarnados e assegura que o objetivo nunca foi ofender o clube adversário. «Eu tenho respeito pelo trabalho do Jorge Jesus, pelo trabalho que se faz no Benfica. Num tom exaltado, a quente, provavelmente aquilo que disse sobre o jogo do Benfica... o Benfica jogou o que o F.C. Porto permitiu. Nós é que não permitimos que o Benfica fosse igual a si próprio».
«Não quis faltar ao respeito a ninguém. A quem se sentiu ofendido, tenho a dizer que não tive nunca intenção de ofender ninguém», assegurou.
V. Pereira: «Se Liedson vier a ser meu jogador, falarei sobre ele»
Treinador evita comentar ou confirmar avançado no Dragão
Vítor Pereira repete o discurso de que só fala dos jogadores que estão no Dragão, para não comentar a eventual ida de Liedson para o FC Porto.
«Posso falar do Izmailov, porque é meu jogador, não posso falar do Liedson, porque não é meu jogador. Quando ele for, se vier a ser, falarei sobre ele», disse o treinador portista em conferência de imprensa, recordado pelos jornalistas que também recentemente se recusava a falar do russo. «O Liedson não é meu jogador», frisou.
«Agora fala-se do Liedson, falou-se do Meyong também. Eu nao posso estar a comentar cada jogador de que se fala, até porque é uma falta de respeito estar a fazer apreciações de jogadores de outros clubes. Por acaso estes dois eu até conheço, mas às vezes fala-se de jogadores de quem eu nunca ouvi falar», adiantou.
«Nós estamos a trabalhar com profissionalismo também nesse aspecto. As coisas são a ser feitas cá dentro e, se se concretizarem, eu estarei aqui para as comentar».
in "maisfutebol.iol.pt"
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