sábado, 20 de abril de 2013

Moreirense-F.C. Porto, 0-3 (destaques)


A FIGURA: Fernando
Moreirense vs FC Porto (HUGO DELGADO / LUSA)Monstruoso! Implacável no combate do meio-campo, a limpar e a organizar a casa azul e branca. A este trabalho de operário adicionou um golo pleno de oportunidade e um remate extraordinário, à entrada da área, parado somente por uma estirada fenomenal de Ricardo Ribeiro. Contas feitas, a conclusão natural: melhor em campo, pois. 

O MOMENTO: reentrada forte e golo, minuto 52
A primeira parte tinha sido equilibrada e o 0-1 nada garantia ao Porto. O golo de Fernando veio acalmar o jogo e dar-lhe um sentido lógico e obrigatório. Tudo ficou decidido nesse instante. 

NEGATIVO: lapsos de Mangala
A época fantástica do francês não é condizente com as hesitações e os equívocos da primeira parte. Acabou por melhorar ao longo do jogo e leva nota positiva, mas o início foi deprimente. 

Jackson
Seis jogos sem golos sugeriam uma crise preocupante. O colombiano, descoberto nas Chiapas, achou por bem acabar com o rumor e voltou a ser o que é: um goleador do mais fino quilate. No primeiro golo o passe de Danilo é ótimo, mas a movimentação e o remate de Jackson não ficam atrás; no segundo, o chapéu a Ricardo Ribeiro merece uma vénia. Mas o que mais surpreende nele não é a atração pelo golo. É, isso sim, a forma como participa em quase todas as fases de jogo da equipa. Recebem, toca, pressiona, persegue adversários. Um jogador completo, reconciliado com o que mais gosta de fazer. 

Otamendi
Em contraponto com o desorientado Mangala, Nico Otamendi arrancou em Moreira de Cónegos uma atuação brilhante. Chegou a fazer dois cortes na mesma jogada, imperial e concentrado. Não fosse um ligeiro equívoco numa disputa de bola com Pintassilgo e a sua exibição teria sido perfeita. Fisicamente muito disponível, acompanhou algumas transições ofensivas, criando desequilíbrios em terrenos avançados. Grande noite de Nico! 

Fábio Espinho
Até aos 20/25 minutos foi o melhor em campo. Irrequieto, tecnicamente perfeito, sempre incómodo, obrigou Helton a fazer uma grande defesa aos sete minutos. O F.C. Porto conseguiu contê-lo durante um período razoável, mas Fábio reapareceu em cima do intervalo a rematar para outra boa defesa do guarda-redes portista. Talento para jogar noutro patamar não lhe falta. 

Ghilas
As virtudes do francês são por reconhecidas por todos. No corpo a corpo não perde um lance e foi assim que se isolou aos 23 minutos, obrigando Helton a sair da baliza e a evitar um golo certo. Intenso, robusto, foi a todas e chegou a deixar Mangala desesperado. É um ponta-de-lança capaz de jogar numa equipa com aspirações ambiciosas no nosso campeonato. 

Helton e Ricardo Ribeiro
Uma mão cheia de grandes defesas para os dois guarda-redes. Verdadeiro espetáculo de bem defender, em cada uma das defesas. Helton teve de sair aos pés de Ghilas e de parar dois grandes pontapés de Fábio Espinho; Ricardo Ribeiro, regressado à titularidade, voou para parar remates de Fernando, Moutinho e Atsu. Nos golos pouco podia ter feito. 


in "maisfutebol.iol.pt"

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