quinta-feira, 30 de maio de 2013

CAIO: "O PÚBLICO SERÁ O NOSSO 11.º JOGADOR"


Caio não se recorda dos dois títulos europeus do FC Porto, o que é natural porque tinha apenas oito anos aquando da última conquista (1990). No entanto, o avançado lembra-se das presenças portistas nas últimas fases finais da Liga Europeia, em que o máximo troféu continental de equipas escapou várias vezes por detalhes. Em superflash, reconheceu a vantagem do factor casa para a "final four".

O FC Porto Império Bonança defronta este sábado o Valdagno (18h) e, em caso de vitória, apura-se para a final da prova (domingo, 17h), em que poderá encontrar Barcelona ou Benfica. 

Lembras-te dos últimos títulos europeus do FC Porto?
Sinceramente, não.

E isso pode ajudar a preparar uma "final four"?
Nunca ganhámos uma “final four”, mas estivemos lá perto várias vezes, pelo que sabemos o que vamos encontrar e qual a pressão que irá incidir sobre nós. Felizmente, e porque já tivemos momentos de grandes decisões – embora nunca a jogar em casa –, estamos preparados a todos os níveis para fazer uma boa "final four".

Preferiam que a "final four" fosse noutro sítio?
Claro que preferimos jogar em casa. Arrisco-me a dizer que os adversários gostariam de estar na nossa posição, a jogar perante os seus adeptos. Felizmente temos essa sorte e esse será um factor que nos irá motivar: se, por algum motivo, nos encontrarmos em desvantagem, isso vai galvanizar-nos e com toda a certeza que o público será o nosso 11.º jogador. Estamos muito contentes por jogar em casa.

Estão a jogar o melhor hóquei da época? E acha que, a partir do momento em que ficou disponível, após ter terminado a suspensão, foi mais um elemento que ajudou a subir o nível da equipa?
Tenho consciência de que o meu regresso acabou por completar um puzzle de jogadores que estava incompleto. Sou mais uma opção e mais um a ajudar, o que permitiu dar descanso a alguns colegas que estavam habituados a jogar mais tempo para compensar a minha falta. Agora estamos numa fase boa, quer em termos tácticos e mentais, já que a pressão do campeonato acabou. Estamos única e simplesmente focados na "final four". Tenho a certeza de que estamos no melhor nível para o jogo de sábado, contra o Valdagno.

A equipa está mais forte, quando comparada com a do ano passado?
Acho que são equipas diferentes: no FC Porto, saíram quatro jogadores e entraram outros quatro. Temos várias soluções, para qualquer momento do jogo, quer estejamos a perder ou a ganhar. O treinador pode fazer uma gestão mais tranquila, sem obrigar ninguém a chegar à exaustão. O Valdagno também tem uma equipa diferente da do ano passado, com reforços que conhecemos bem, o Pedro Gil e o Sérgio Silva. Baseiam-se muito na experiência dos jogadores, que têm maioritariamente uma idade avançada. O ano passado achávamos que seria um adversário acessível e conseguiram-nos causar dois dissabores. Este ano isso pode jogar a nosso favor, porque sabemos o real valor deles, conhecemos bem as peças que entraram e estamos precavidos. Não nos sentimos à vontade com o estilo de jogo deles, por isso vamos tentar fazer o nosso jogo e eles é que terão de se adaptar.



JORGE SILVA: "VAMOS LIDAR NATURALMENTE COM A PRESSÃO"

Em superflash, Jorge Silva admitiu que há uma "responsabilidade acrescida" para o FC Porto Império Bonança, por disputar em sua casa a “final four” da Liga Europeia. No entanto, a semana de preparação foi tranquila e “igual às outras”. Por outro lado, o avançado não destacou o nome de Pedro Gil nos italianos do Valdagno, preferindo falar de um colectivo de "topo mundial".

O FC Porto Império Bonança defronta este sábado o Valdagno (18h) e, em caso de vitória, apura-se para a final da prova (domingo, 17h), em que poderá encontrar Barcelona ou Benfica. 

Qual é a responsabilidade do jogo com o Valdagno?
Sabemos que temos uma responsabilidade acrescida, porque a "final four" da Liga Europeia é em nossa casa, mas vamos encarar o jogo de uma forma natural, com responsabilidade e muito respeito pelo adversário. Temos tido uma semana igual às outras. Conhecemos as dificuldades, sabemos que o adversário é muito complicado, experiente e tem jogadores que podem fazer a diferença, mas vamos focar-nos em nós e esperar que tudo corra bem.

Pesa, de alguma forma, o facto de nunca terem ganho ao Valdagno no Dragão Caixa?
Cada jogo tem a sua história e já vencemos o Valdagno numa "final six" da Liga Europeia. Devemos aprender um pouquinho com esses jogos que correram menos bem e usar outras armas para os levar de vencida, tendo sempre em mente que devemos estar mais focados em nós do que no adversário. Se a nossa equipa estiver ao nível a que tem estado nos últimos tempos, ou melhor ainda, podemos levar de vencida o Valdagno.

Por Itália, diz-se que o Valdagno é o “outsider” desta final four…
É fácil tentar tirar um pouco da pressão das equipas, nós também podemos dizer que somos os “outsiders” porque não estivemos presentes o ano passado. Porém, as pessoas vão dizer que estamos no nosso pavilhão e que somos candidatos, e não temos problemas em afirmar que estamos aqui para tentar vencer a prova. Sábado é o primeiro jogo e queremos estar na final. Esta equipa está habituada à pressão e vamos lidar com isso naturalmente.

Estão a jogar o melhor hóquei da temporada?
Vamos acreditar que sim, mas esperando conseguir ainda melhor. Sabemos que estamos numa boa fase, tivemos dois jogos seguidos no Dragão Caixa que nos correram muito bem e acreditamos que no sábado vamos estar a um nível muito elevado.

Esperam um pavilhão cheio, com um ambiente semelhante ao do jogo com o Benfica?
Temos a certeza de que o pavilhão vai estar cheio e ficámos satisfeitos por saber que os bilhetes esgotaram em poucas horas. Esperamos que o ambiente seja ainda um pouco mais forte e sabemos que isso é difícil, mas queremos recordar o público que do outro lado vai estar uma equipa extremamente forte a nível europeu, que não tem uma rivalidade com o FC Porto mas que em termos de hóquei se vai bater muito bem. Vamos precisar desse apoio

Pedro Gil é o homem mais forte do Valdagno?
O Valdagno vale pelo todo e não podemos falar de individualidades, porque nesse caso teremos de ir buscar quatro ou cinco jogadores de topo mundial. Todos sabem que o Pedro é um fora de série e que entra facilmente nas listas de melhores do mundo, mas vamos ter tanto respeito por ele como ele por nós. E estaremos sempre atentos a outras peças fundamentais do Valdagno, desde o Sérgio Silva ao Nicolia, bem como o guarda-redes, que é muito forte.


in "fcp.pt"

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