O FC Porto esteve a perder mas conseguiu dar a volta ao marcador e
derrotar o vice-campeão italiano (1x3), este domingo, em jogo da
Emirates Cup. Daqui a uma semana já é a doer, em Aveiro, para a
Supertaça.
Organização defensiva napolita e um penálti a abrir o marcador
No derradeiro teste antes da entrada oficial na época, em Aveiro, na
próxima semana com o Vitória de Guimarães, o FC Porto entrou em campo
com muitas novidades, isto tendo por comparação o duelo de véspera com
os turcos do Galatasaray. Desta vez, Paulo Fonseca apenas deixou em
campo Alex Sandro e Varela.
Josué alinhou com Herrera e Fernando no miolo |
A
entrada dos portistas foi, como quase sempre, forte e pressionante. Os
tricampeões nacionais instalaram-se no meio-campo do adversário mas
viram, não raras vezes, o Napoli sair em contra-ataque. As transições
foram, de resto, uma arma explorada pelos comandados de Rafael Benítez.
Os primeiros minutos decorreram, no entanto, a um ritmo pouco elevado, não sendo alheio o facto das equipas terem jogado ontem.
Com um Napoli bem organizado na defesa, não foram muitas as ocasiões
de golo para os azuis e brancos. Pelos italianos, Goran Pandev foi
sempre um dos mais irrequietos e ameaçadores da baliza portista. O
macedónio foi colecionando jogadas de perigo e seria dele o golo
inaugural, aos 43 minutos, na transformação de uma grande penalidade,
que foi assinada sobre o próprio Pandev; o árbitro da partida castigou
os portistas depois de Fernando ter dado um encosto nas costas de Goran
Pandev.
Ao intervalo, as equipas baixavam aos balneários para ouvir as
indicações dos técnicos, depois de uma primeira parte jogada a um ritmo
pausado. Sorte para os napolitanos que aproveitaram um lance de grande
penalidade para abrir o ativo.
Ghilas mostra serviço
Para
o segundo tempo, o técnico do Napoli retirou Calaió e Radosevic e
colocou em campo Hamsik e Higuaín. Mas a primeira ocasião de golo
pertenceu a Nabil Ghilas. O ex-Moreirense desmarcou-se bem e quase
empatava a partida, aos 48 minutos.
Não fez aí o empate, fez logo de seguida. Aos 50 minutos, o FC Porto
chegou à igualdade numa jogada toda ela construída por reforços. Herrera
e Quintero entenderam-se na direita e o colombiano, vendo a desmarcação
de Ghilas, meteu a bola em profundidade nas costas da defesa
napolitana. Ghilas recebeu e fez um ligeiro remate... suficiente para
empatar.
O Napoli sentiu o golo sofrido e o FC Porto aproveitou. Com uma
segunda parte bem positiva, os tricampeões nacionais viram-se na frente,
aos 68 minutos, depois de um auto-golo de Fede Fernández; Varela cruzou
a bola, Ghilas atrapalhou a defensiva napolitana e o jogador dos
italianos acabou por marcar na própria baliza.
O terceiro golo dos dragões aconteceu numa altura em que Iturbe já
havia rendido Quintero no onze de Paulo Fonseca e Varela tinha cedido o
seu lugar a Licá. Aos 78 minutos, o ex-Estoril aproveitou um corte
infantil na defesa napolitana e atirou para o 1x3.
Os italianos quebraram na segunda parte e o FC Porto, por seu lado,
mostrou qualidade no derradeiro embate e justificou a vitória, a sétima
em oito jogos de pré-época.
Depois de uma entrada a perder neste torneio, os portistas voltam a deixar a mensagem: «Não é como começa, é como acaba».
Para a semana, em Aveiro, já é a valer diante do Vitória de Guimarães.
Paulo Fonseca: «Há muita coisa para evoluir»
O FC Porto encerra a pré-temporada com um saldo de sete vitórias em
oito jogos. Paulo Fonseca mostra-se confiante para o arranque oficial da
temporada.
«Há muita coisa para evoluir. Não estou a dizer que no passado não
estava bem. Mas nas minhas ideias, parece-me que esta equipa vai-se
apresentar forte. Mas creio que ainda há um caminho para percorrer»,
afirmou Paulo Fonseca, em declarações em conferência de imprensa.
O técnico reiterou ainda que o plantel vai perder alguns jogadores.
«No devido tempo vamos tratar de algumas saídas. Não se trata de
dispensar. Nesta casa colocamos os jogadores para render e evoluir, mas
isso falaremos na devida altura», explicou o treinador do FC Porto, em
Londres, depois da vitória sobre o Napoli (1x3).
«Fazendo um balanço
deste torneio, apenas sofremos dois golos de grande penalidade e
dominámos 90 por cento do tempo dos dois jogos, diante de duas grandes
equipas. Não tenho dúvidas que tanto o Galatasaray como o Nápoles vão
lutar pelo título nos seus países», destacou.
Sobre a possível saída de Jackson, Paulo Fonseca remata: «Para mim esse é um assunto que está fechado.»
in "zerozero.pt"
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