domingo, 21 de dezembro de 2014

FRIEZA DE QUINTANA DEU SEXTA SUPERTAÇA AOS HEXACAMPEÕES


Graças a uma defesa quase invisível de Alfredo Quintana a um livre de sete metros, no último suspiro do jogo, o FC Porto conquistou a sexta Supertaça da sua história, passando agora a ser o clube mais vitorioso na competição. Os hexacampeões bateram o Sporting, vencedor da Taça de Portugal, por 29-28, no Pavilhão de Águas Santas, num encontro de grande equilíbrio e emoção.

Na primeira parte, o máximo que ambas as equipas conseguiram foi uma vantagem de dois golos: primeiro o FC Porto, ao sétimo e oitavo minuto (4-2 e 5-3), e depois o Sporting, ao 25.º e 28.º (11-9 e 12-10). Com um forte contributo do jovem Miguel Martins, autor de dois golos nos últimos três minutos, os Dragões ainda empataram o encontro ao intervalo (13-13), por Mick Schubert, a cinco segundos do recolher aos balneários.

Os portistas tinham estado melhor no ataque do que na defesa na primeira parte e, por isso, defender melhor era o desafio principal para o segundo tempo. Num contra-ataque finalizado por Ricardo Moreira, aos 34 minutos, os Dragões colocaram-se pela primeira vez ao comando do marcador desde os 13 minutos (15-14), mas o Sporting reagiu e conquistou por duas vezes uma almofada de três golos (20-17, aos 41, e 23-20, aos 47). E por duas vezes, com uma grande alma, o FC Porto recuperou.

Após uma espectacular defesa de Alfredo Quintana a remate de Frankis Carol, aos 53 minutos, o FC Porto passou para a frente graças a um golo de Gilberto Duarte (25-24). Os últimos seis minutos foram de grande emoção, com um constante ping-pong no marcador: os azuis e brancos conseguiam vantagem e os lisboetas respondiam sempre. Até que se chegou ao último minuto e Ricardo Moreira, na conversão de um livre de sete metros, pôs de novo os Dragões na frente (29-28), com apenas 12 segundos por jogar.

Depois de uma verdadeira rábula protagonizada pela equipa de arbitragem, o FC Porto ficou reduzido a apenas cinco jogadores para os últimos oito segundos, com Obradovic a ser sancionado e, aparentemente, também Edgar Landim, apesar do tempo estar parado. No último lance de ataque do Sporting, Alexis Hernandez originou um livre de sete metros e foi expulso, deixando nas mãos de Rui Silva e de Alfredo Quintana a decisão: ou se ia para prolongamento (e o FC Porto apenas poderia apresentar três jogadores de campo nos primeiros dois minutos) ou a Supertaça ia para o Dragão. Para alegria de todos os portistas e, em particular, do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, que estava na bancada, foi a segunda hipótese a prevalecer.

O capitão Ricardo Moreira, autor de oito golos e 100 por cento eficaz na conversão dos livres de sete metros, merece destaque, assim como, inevitavelmente, Alfredo Quintana. Os três livres de sete metros que defendeu revelaram-se mais do que decisivos.

FICHA DE JOGO


FC PORTO- SPORTING, 29-28
Supertaça 2013/14
20 de Dezembro de 2014
Pavilhão de Águas Santas, na Maia

Árbitros: Daniel Freitas e César Carvalho

FC PORTO: Alfredo Quintana (g.r.); Gilberto Duarte (5), João Ferraz (3), Daymaro Salina (2), Alexis Hernandez (3), Ricardo Moreira (8) e Mick Schubert (2)
Jogaram ainda: Nuno Roque (1), Yoel Cuni Morales (1), Hugo Santos (2), Miguel Martins (2) e Edgar Landim
Treinador: Ljubomir Obradovic

SPORTING: Ricardo Correia (g.r.), Pedro Portela (5), Bruno Moreira (2), Rui Silva (4), Pedro Solha (5), Pedro Spínola (5) e Fábio Magalhães (4)
Jogaram ainda: Ricardo Candeias (g.r.), Frankis Carol (3) e Bosko Bjelanovic
Treinador: Frederico Santos

Ao intervalo: 13-13

QUINTANA: “CONSEGUI TOCAR NA BOLA NO ÚLTIMO INSTANTE”

​Guarda-redes descreveu o momento decisivo da Supertaça e Rui Silva frisou que a equipa vai passar um Natal feliz

Alfredo Quintana foi o “último herói”, como definiu o treinador-adjunto Rui Silva, da emocionante conquista da Supertaça 2013/14 pelo FC Porto. O guarda-redes garantiu o triunfo (29-28) com uma defesa a um livre de sete metros de Rui Silva, no último instante do encontro, e descreveu o momento ao Porto Canal.

“Foi a defesa mais difícil, ainda bem que correu bem e consegui tocar na bola no último instante. Toquei a bola e ganhámos o jogo. Falei com o Obradovic e o Laurentino e apostámos num sítio para o qual o Rui Silva costuma rematar. Sabíamos que nesta altura ele não ia mudar, ia fazer o remate mais certo”, explicou. Foi a primeira Supertaça conquistada pelo guarda-redes luso-cubano, que, em Portugal, “apenas” tinha no currículo quatro Campeonatos nacionais.

O treinador-adjunto Rui Silva também recordou o lance: “Foram segundos extremamente emocionantes e sabíamos que tudo poderia ficar resolvido no livre de sete metros. Aproveitámos para motivar o Quintana, sabíamos da sua competência e que ele tinha o jogo na mão. Conseguiu tapar a baliza e ser enorme e permitiu-nos ganhar a Supertaça, que é muito importante para nós”. O técnico descreveu Quintana como o “último herói”, e frisou que ele não o teria sido sem o “esforço de todos”. “Estamos todos de parabéns e vamos festejar o Natal com um sorriso na cara”, concluiu.

O capitão Ricardo Moreira, autor de oito golos, confessou que “não foi fácil superar os momentos de maior pressão” e reconheceu o “momento de sorte” da defesa de Quintana. “Tivemos muito mérito pela equipa ter mantido a tranquilidade até ao final. Estivemos muito tempo atrás no marcador mas mantivemos a tranquilidade. Nos momentos mais difíceis reduzimos a desvantagem e depois conseguimos passar para a frente e não deixar mais o Sporting apanhar-nos”.


in "fcp.pt"

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