Acontecia ainda há uma mão-cheia de anos. Os clássicos costumavam ser jogos tão importantes que os treinadores preferiam não os jogar. Eram armistícios de hora e meia. Nem os adeptos levavam a mal aquelas estratégias paranoicas, desconfiadas, de risco mínimo, com frequência acabadas em nulos. Jorge Jesus é desse tempo e chegou a jogar um Benfica-FC Porto assim, contra Jesualdo Ferreira. Em 2009, o Benfica dele, de olho na equipa tetracampeã de Jesualdo, era como este FC Porto de Lopetegui, e aquela vitória, mesmo assustadiça, significou o render da guarda. É indiscutível que, hoje, uma derrota castigará mais o espanhol, mas o Benfica também vai a exame. Tem muito mais rodagem (da melhor que há, porque treinador e equipa fizeram-na juntos) e vários jogadores estão no auge das carreiras. Se, nestas condições, não conseguir vergar um concorrente que está só no começo, haverá ilações a tirar. Talvez as mesmas de 2009.
José Manuel Ribeiro in "ojogo.pt"
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