quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

EMPATE PROMETEDOR NO REGRESSO A BASILEIA



O resultado foi positivo, mas os Dragões mereciam mais do que o 1-1, num encontro que dominaram por completo

Um penálti de Danilo, a 11 minutos do fim, permitiu ao FC Porto arrancar um empate em Basileia (1-1) que lhe dá boas perspectivas de avançar, seis anos depois, para os quartos-de-final da Champions League. ​No local onde nasceu o FC Porto europeu, na final da Taça das Taças de 1984 perdida cruelmente frente à Juventus, os Dragões dominaram por completo (o Basileia marcou no único remate!) e só com bastante infelicidade não saíram do gelado St. Jakob-Park (em que a temperatura rondou sempre os 0 graus) com o triunfo. Porém, diga-se que um empate fora nas últimas sete presenças dos portistas nesta fase da competição valeu sempre o apuramento. 

Em relação ao onze apresentado no jogo anterior (1-0 ao Vitória de Guimarães), Lopetegui optou por uma única alteração, com a saída de Quaresma e a entrada de Tello, que foi nos primeiros minutos o melhor intérprete da pressão alta que os Dragões aplicaram sobre a saída de bola do Basileia. No entanto, na primeira ocasião em que os suíços se aproximaram da área portista, Derlis González fez o 1-0, numa diagonal após um passe longo de Frei. Apesar do domínio territorial, só aos 20 minutos Danilo criou o primeiro lance de perigo portista, com um remate de fora da área que obrigou Vaclík a aplicar-se.

Nesta primeira parte, nada se viu do anunciado rasgo que Paulo Sousa prometeu que a sua equipa iria apresentar. Bem fechadinhos cá atrás, os suíços assistiram a quinze minutos de intensa pressão dos Dragões, a partir dos 30 minutos, momento em que o árbitro Clattenburg ignorou um penálti do tamanho da Torre dos Clérigos, cometido por Walter Samuel sobre Jackson. Aliás, o argentino parecia ter carta branca para travar o colombiano de qualquer maneira. É verdade que o FC Porto não foi exuberante no ataque, mas a equipa da casa fez pouquíssimo (um único remate!) para justificar o 1-0 ao intervalo.

Aos 48 minutos, ocorreu uma das histórias mais caricatas de sempre da Champons League. O FC Porto empatou o encontro numa recarga de Casemiro a um cabeceamento de Maicon, após canto de Tello. Mais de um minuto depois, já os Dragões haviam comemorado e regressavam ao seu meio-campo, o golo foi anulado por pretenso fora de jogo posicional de Jackson e Marcano. Discutível a decisão, ridícula a demora, que pode dar origem a todas as especulações, num momento em que a equipa de cinco árbitros até pode comunicar via rádio.

Os azuis e brancos criaram depois mais duas oportunidades claras: primeiro foi Tello a permitir a defesa de Vaclík (58 minutos) e depois Jackson a tentar o chapéu, mas a atirar por cima. Em ambos os casos a assistência foi de Óliver, que estava a ser provavelmente o melhor em campo quando foi forçado a sair, devido a um problema num ombro. Também podia ser do frio, mas, apesar da vantagem, os adeptos do Basileia assistiam com preocupação a um cerco que tornava invisíveis os atacantes do Basileia.

A justiça demorou mas apareceu, vinda não da mão de Deus mas da mão de Walter Samuel, que cortou um passe destinado a Jackson, o que valeu um penálti mas não a expulsão que o defesa central parecia pedir desde o primeiro minuto. Aos 79 minutos, Danilo marcou de forma convicta o penálti e mostrou como os adeptos portistas estavam espalhados por várias zonas do estádio e seriam uns largos milhares. Até ao fim, o FC Porto controlou um encontro que poderia ter ganho, mas, para se perceber a dificuldade desta competição, diga-se que os azuis e brancos apenas venceram fora em eliminatórias da Champions na meia-final da Corunha (1-0), em 2004.


in "fcp.pt"

1 comentário:

Cadeira10 disse...

http://desculpeesselugaremeu.blogspot.pt/2015/02/esta-nas-nossas-maos.html