O jornal espanhol "El País" espreitou um treino do FC Porto, sublinhou a voz de barítono do técnico e depois convidou-o a desmontar a filosofia de jogo.
As portas do Olival costumam abrir-se por apenas quinze minutos para a Imprensa portuguesa, um período que normalmente coincide com o aquecimento da equipa, no qual a interferência de Lopetegui é limitada e até silenciosa. Mas depois, já longe de olhos e ouvidos indiscretos, o treinador espanhol dá uso ao que o "El País" garante ser uma voz de barítono no comando do treino - as ordens "projetam-se com claridade nas colinas" escreve o jornal espanhol, que publicou uma reportagem sobre essa parte de que pouco se sabe. Instruções soltas resumidas num título ambicioso: "A revolução de Lopetegui".
A repetição nos treinos é decisiva e esse foi um dos temas abordados pelo treinador. Repetir, repetir, repetir até à exaustão, defende. "O jogador aprende por repetição e pela descoberta espontânea", sublinha Lopetegui. "Quando surge num jogo uma situação ensaiada nos treinos, a resposta sai automaticamente".
Automatizar movimentos, torná-los mecanizados, é uma estratégia, mas com cautelas: "A linha é muito ténue e se a pisamos, mata-se a criatividade. O jogador deve ter ferramentas, mas sem deixar de ter identidade. Não é uma Playstation. Tomar decisões não é um direito, é uma exigência", aponta, numa entrevista que pode ler na íntegra na edição desta terça-feira do jornal O JOGO.
in "ojogo.pt"
Sem comentários:
Enviar um comentário