Ainda é domingo? Tello resolve em Braga e deixa FC Porto a um ponto do Benfica até ver
Sexta-feira e Tello ainda vai isolado.
O FC Porto repetiu a dose do Clássico e o espanhol torna-se referência singular no mais delicado período da época portista. Ajudou a decidir frente ao Boavista, decidiu frente ao Sporting, decidiu frente ao Sp. Braga. O FC Porto teve de suar muito, como se esperava, para vencer num dos campos mais duros da Liga. Mas conseguiu-o (0-1). E com toda a justiça.
A noite foi de Tello, como fora no domingo, mas lucra o FC Porto que continua na senda do título, agora com apenas um ponto a menos que o Benfica, que domingo joga em Arouca.
Antes do golo, muito parecido com os que agitaram o Dragão há poucos dias, o FC Porto esmagara à distância. Tomara conta do jogo, salvo um período de pouco mais de dez minutos ainda na primeira parte, encarara o rival e batera-o em todos os pontos. Menos um. O tal que fez a diferença só chegou ao minuto 72.
Mas já lá vamos. Convém sublinhar que Fabiano não fez qualquer defesa complicada no jogo, apesar de um erro seu numa saída ter ditado a única ocasião bracarense nesse período. E por ventura a mais flagrante. Zé Luís atirou para a baliza semi-deserta. Um desvio em Casemiro fez a bola rasar o poste.
Aconteceu ao minuto 6, dando início ao tal período de menor conforto portista no jogo. Curto, ainda assim. Quando Matheus evitou que um centro/remate de Tello levasse o caminho da baliza, já o FC Porto mandava outra vez. E ainda nem a meio da primeira metade estávamos.
Lesão de Jackson foi a nota negativa (mas nem correu mal depois...)
Nesse primeiro tempo, de resto, o período mais ousado do FC Porto foi mesmo a reta final. Antes mantivera o Sp. Braga, longe da sua baliza como tem feito com praticamente todas as equipas este ano, mas sentira também dificuldades evidentes para entrar. Jackson estava bem marcado, Brahimi só arrancou na segunda parte, Herrera alternava o bom e o mau.
Perto do descanso, em dois lances de Tello, veio o perigo. Um cruzamento tenso que ninguém desviou e um remate por cima, em boa posição. Pouco, ainda assim, para quem tivera 70 por cento de posse de bola, dizem as estatísticas.
O segundo tempo arrancou com o FC Porto de novo no comando das operações. Adivinhava-se que assim seria, dada a necessidade de voltar a casa com três pontos. Houve mais Brahimi, sem o brilho que já teve, e Tello também continuou interventivo.
Chegou, depois, um dos momentos definidores do jogo: a lesão de Jackson. O colombiano caiu sozinho, já com Quaresma em campo no lugar de Evandro (ainda não tínhamos dito, mas Lopetegui e Conceição repetiram os onzes da semana passada), agarrado à virilha. Não voltou e entrou Aboubakar.
Seria o camaronês a fazer o papel do titular na última meia hora. A quem temeu, Aboubakar respondeu com a assistência que deixou Tello na cara de Matheus. O espanhol, definitivamente de pontaria afinada, não falhou. O FC Porto marcava ao minuto 72. Só tinha de gerir.
Foi o que fez. É verdade que o Sp. Braga, já com Eder, Salvador Agra e Pardo, tentou responder mas a única coisa que conseguiu foi diminuir o conforto portista. Para incomodar, verdadeiramente, não deu. Também porque Lopetegui foi lesto a reequilibrar a equipa depois do golo. Tirou Brahimi, colocou Ruben Neves. O FC Porto estabilizou depois da cavalgada ofensiva que valeu a vantagem e, soube-se depois, a vitória.
O tempo passou e o FC Porto festejou, no final, uma justa vitória que o mantém na rota do título e passa a pressão para o Benfica.
Se chegou até este parágrafo em busca de algum comentário sobre o árbitro, aqui fica: nada a assinalar. O que é bom. Nem mesmo o lance em que Pardo cai na área em luta com Alex Sandro. Há quedas que muito parecidas com algodão: podem enganar, mas poucas vezes. Este foi um caso.
Uma nota final para assinalar a performance perfeita do FC Porto naquele ciclo que muitos acreditavam poder ser decisivo: V. Guimarães, Boavista, Sporting e Sp. Braga. Missão cumprida.
in "maisfutebol.iol.pt"
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