Henri Depireux, antigo treinador do Belenenses em 1986/87 e 1990/91, não tem dúvidas de que o FC Porto parte largamente como favorito para esta pré-eliminatória da Liga Europa com o Genk e explicou a O JOGO porquê: "Não me parece que vá haver necessidade de recorrer a qualquer photo finish no final desta eliminatória, porque o FC Porto mora no último andar do futebol europeu e vai defrontar um adversário com um peso incomparavelmente menor". Aliás, para o técnico que aproveitou para praticar algumas palavras de português, só há mesmo uma questão que pode equilibrar a eliminatória: "Estamos no início da temporada, numa altura em que as equipas procuram ainda encontrar o seu melhor ritmo competitivo e por vezes há jogos que não saem como seria de prever. Penso que só um jogo fraco do FC Porto poderia baralhar as cartas, mas não acredito nisso, porque a este nível uma equipa como a do FC Porto desenvolve um trabalho muito sério". Na sequência disso, Depireux sublinhou a ordem favorável dos jogos para os azuis e brancos. "Se houver um azar, coisa que me custa a acreditar, repito, o FC Porto ainda terá oportunidade de corrigir um eventual passo em falso em casa, por isso até nesse aspecto a equipa portuguesa foi feliz com o sorteio", frisou.
O Genk lidera actualmente a Liga belga, com três vitórias em outras tantas jornadas, nesta fase inicial e Depireux alertou para o efeito anímico que isso pode ter sobre os jogadores: "Esta espiral positiva é sempre muito importante e tratando-se do FC Porto, tenho a certeza de que os jogadores vão entrar em campo muito galvanizados para se mostrarem". De qualquer forma, é certo que os dragões vão defrontar uma equipa sólida: "Não têm a categoria de um Anderlecht ou de um Standard de Liège, mas podem contar com um Genk sério e concentrado a jogar".
"Ataque é ponto forte"
Os onze golos marcados nas três primeiras jornadas da Liga belga fazem do ataque do Genk o sector mais em foco e o mais dotado segundo Depireux. O israelita Barda, no eixo, Vossen, mais atrás, De Bruyne na esquerda e Buffel no flanco oposto, têm feito da equipa comandada pelo antigo internacional belga, Franky Vercauteren, a revelação deste início de temporada. "É preciso ter cuidado com o De Bruyne. É um jovem muito bom, que costuma desequilibrar muito pela esquerda. Mas são quatro jogadores muito aguerridos, que disputam cada lance até ao fim e que, sem dúvida, fazem do ataque o ponto forte desta equipa muito bem orientada pelo Vercauteren", comentou Depireux, que prometeu estar nas bancadas.
Belenenses ainda é o clube do coração
A última passagem de Henri Depireux pelo Belenenses remonta já a 1990/91, mas nem por isso o técnico esquece Portugal e o emblema do Restelo. "Já soube que atravessam um momento muito complicado e que desceram de divisão. É uma pena, porque Portugal é o meu segundo país e o Belenenses o meu clube", desabafou. A internet tem ajudado a fazer a ponte entre a Bélgica e Portugal. "Alguns adeptos do Belenenses encontraram-me através do Facebook, temos conversado e até já me pediram para regressar", comentou. De qualquer forma, Depireux aproveitou para, através de O JOGO, desejar a melhor sorte aos dirigentes do Belenenses: "Espero que devolvam o clube ao seu lugar no futebol português".
in "ojogo.pt"
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