André Villas-Boas gostou da "vitória suada" do FC Porto diante de um Portimonense "com uma grande organização, a surpreender, a todos os níveis". Do que não gostou foi de antecipar o rótulo de relaxada à exibição portista. "Não é uma questão de guerra ao jornalismo", esclareceu, numa alusão ao editorial de António Tadeia n'O JOGO, a propósito da convicção com que reage nas conferências de Imprensa. Sem ironia, explicou, num tom pacífico: "É a minha opinião". "Dizer que o FC Porto relaxou é falso. Encontrou um adversário difícil. Nem sempre haverá brilhantismo, o que se passou aqui pode acontecer em Alvalade", afirmou, em defesa da equipa: "Seria sempre complicado e decisivo ganhar, hoje [ontem, n.d.r.]; vínhamos de uma excelente vitória com o Benfica, havia que consolidar a vantagem. Nem todos os jogos vão ser espectaculares, nem todos serão 5-0; a motivação dos outros aumenta, as dificuldades serão crescentes, pois o FC Porto é cada vez mais apetecível". O treinador admitiu que "foi um jogo difícil", mérito de um adversário que "queria fugir à linha de água", mas, esteve "sempre controlado": "Não inventem relaxamento, é a única coisa que vos posso pedir". Uma leitura diferente, sublinhou, o corre o risco de estar ferida de preconceito, o mesmo de que suspeitou quando lhe falaram em poupar jogadores, na Taça de Portugal, com o Moreirense, a pensar no Sporting: "Ao contrário do que dizem, o sorteio foi muito complicado. É fácil fazer uma leitura preconceituosa, por ser um clube da II Liga, mas, esperam-nos dificuldades, porque o FC Porto encontrará um estádio cheio e um adversário motivado, que pode transcender-se".
in "ojogo.pt"
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