segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O FC Porto um a um

A Estrela: Walter (7)
Estreias são para marcar golos

Walter joga poucas vezes, mas não deixa de ser decisivo. Na única vez em que tinha sido titular, na Taça de Portugal, marcou três golos. Ontem, na estreia a titular no campeonato, voltou a marcar; foi o primeiro golo na prova. Construiu a jogada com Rúben Micael, recebeu o passe do companheiro, enquadrou-se com a baliza e rematou mais em jeito do que em força ainda de fora da área. Um chapéu largo, com o pé direito, que também contou com a contribuição de Ventura, mas que não retirou brilho ao gesto. Um golo essencial e que durante largos minutos definiu o resultado. Walter é um ponta-de-lança diferente de Falcao: mais pesado, não deixa, contudo, de lutar longe da área e de construir jogo para a equipa, abrindo espaços na defesa adversária. Participou em quase todas as jogadas ofensivas do FC Porto e voltou a estar perto de marcar aos 57', com um cabeceamento forte, após um canto de Hulk, que encontrou Ricardo Pessoa no caminho. Saiu debaixo de palmas quando foi substituído aos 65' - e bem as mereceu.

Helton 6
Tirando um cruzamento que não segurou, passou uma primeira parte tranquila. Na segunda defendeu bem dois remates de Kadi e viu Ivanildo rematar à barra num livre.

Fucile 5
Ivanildo foi uma fonte de problemas que o uruguaio nem sempre soube resolver. No aspecto ofensivo, destaque para várias descidas ao ataque.

Rolando 6
Tirando uma ou outra desatenção na marcação a Kadi, conseguiu resolver as situações de perigo com um toque de classe.

Otamendi 6
Usou a capacidade de antecipação para impedir os ataques do adversário pela zona central. No regresso à titularidade, esteve perto de marcar outra vez, cabeceando após um canto marcado por Hulk e com Ricardo Pessoa a impedir que a bola ultrapassasse a linha de baliza.

Álvaro Pereira 5
Esteve melhor a atacar do que a defender. E, se calhar, o problema foi mesmo esse: com tantas descidas no relvado, deixou desprotegido o flanco.

Guarín 5
Alternou coisas boas com outras más. Por vezes perdeu o sentido de colocação e não conseguiu impedir a progressão do adversário. Nas coisas positivas, destaque para algumas recuperações efectuadas na zona alta do meio-campo.

Belluschi 7
Foi sem dúvida o jogador mais esclarecido da equipa. Sem Moutinho ao lado, o argentino desenhou as melhores jogadas, com bons passes de ruptura para os avançados, e deu um exemplo aos companheiros na forma como lutou em cada lance. Tentou mais uma vez o golo com um remate cheio de estilo, ao lado. Aos 51' fez um atraso perigoso para Rolando que Kadi quase aproveitou para marcar.

Rúben Micael 6
Mais uma assistência para golo, desta vez para Walter e decisiva para o desenrolar do jogo. Foi o ponto alto de uma exibição que também teve aspectos menos positivos, como alguns passes errados. Como a equipa estava a perder músculo no meio-campo, deu o lugar a Castro aos 75'.

Hulk 6
Esteve longe de outras exibições, principalmente se a comparação for com a que protagonizou no clássico, mas mesmo assim Hulk não deixou de criar perigo. Perdeu mais bolas do que o costume e não conseguiu furar a defesa, mas, em três cantos, o FC Porto esteve perto de marcar: valeram Ventura e Ricardo Pessoa. No fim iniciou a jogada que originou o penálti de Di Fábio sobre Rodríguez e encarregou-se de marcar o seu 11º golo no campeonato.

Varela 4
Exibição frouxa do extremo marcada pela lentidão e perdas de bola. Abandonou cedo o relvado devido a queixas musculares.

Rodríguez 5
Entrou cedo e poucas vezes conseguiu ser decisivo, com cruzamentos mal medidos. Conseguiu, porém, ganhar o penálti que definiu o resultado.

Ukra 5
Muita vontade e pouco mais.

Castro 5
Entrou para dar músculo ao meio-campo e conseguiu-o.



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