PREJUÍZOS FACE À CHAMPIONS SÃO TREMENDOS
Valorizar ativos, negociar direitos televisivos e conseguir boas receitas de bilheteira nos jogos no Dragão é o caminho para tapar o fosso resultante da ausência na Liga dos Campeões. Basta olhar para o acumulado atual para notar as diferenças: o FC Porto encaixou 1,6 milhões de euros no mesmo período em que o Sp. Braga superou os 13 milhões!
Na época em que apresentou o maior orçamento da história do futebol português, a SAD azul e branca olha mais para os títulos e menos para o dinheiro. A esse nível, a Liga Europa pode revelar-se compensadora, sustentam quatro agentes FIFA ouvidos pelo nosso jornal.
Falcão é o melhor marcador da prova e o seu hat-trick em Viena não passou despercebido, mas tanto o colombiano como Hulk, que fez uma exibição portentosa em Istambul, têm tudo a ganhar com novos avanços na prova em que o FC Porto se assume como candidato a vencer.
Aliás, o comportamento do Incrível denuncia bem a importância que atribui à visibilidade internacional, não tendo passado despercebido o seu enfado pelas substituições diante de Rapid Viena, CSKA Sofia e Besiktas.
Dublin
Chegar à final é a forma de contornar, através da fama, as quebras no proveito que resultam da ausência da Champions, a verdadeira prova dos milhões do panorama europeu. Com um percurso incólume até este ponto, resta avaliar que grau de competitividade exibirá o dragão na fase a eliminar, que vai apresentar adversários de outra nomeada, os ideais para promover jogadores e encher o estádio.
Aqui levantam-se também outras questões. É que Villas-Boas tem sido capaz de gerir o grupo com vista a várias frentes, usando recursos mais abrangentes na Europa, onde Ruben Micael e Rodríguez, por exemplo, têm gozado de oportunidades que escasseiam no campeonato. Varela, por outro lado, tem uma utilização residual na Europa, onde também Belluschi e Moutinho têm alternado no onze.
É muito cedo para antecipar a gestão que o técnico fará daqui a uns meses, mas parece evidente que o investimento portista passa pela conquista de títulos que, por um lado, garantam o regresso à Liga dos Campeões e, por outro, permitam que este grupo entre na história do clube e ganhe ainda maior projeção na montra internacional.
O próprio Villas-Boas, naturalmente, ambiciona dar um enorme empurrão à sua carreira. O destaque que tem merecido carece de títulos, como o próprio vem realçando.
in "record.pt"
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