terça-feira, 7 de dezembro de 2010

FC Porto: um a um

A ESTRELA: Hulk 6

Este jogo só contou para as estatísticas

Ensaiou aqueles arranques que se conhecem, sem sucesso; tentou puxar a bola para o seu pé esquerdo, sem efeitos práticos; envolveu-se em tabelinhas com Belluschi, João Moutinho e até Falcao, sem quebrar a monotonia do jogo; e sofreu faltas - algumas cirúrgicas - que serviram para evitar males maiores. No final, porém, acabou por marcar um golo. Pode-se sempre tentar desvalorizar a coisa por ter sido apontado de grande penalidade, mas até esses é preciso saber marcar. Aliás, este golo acabou por saber a três pontos e garantir uma vitória que deixa tudo como antes em termos classificativos, afastando de novo a sombra crescente do Benfica no retrovisor portista. Com isso, Hulk engrossa o pecúlio individual na lista dos melhores marcadores, aumentando para 12 os tentos apontados na liga portuguesa, e conta mais um jogo decidido à custa de um golo seu, o que o coloca a caminho de mais um prémio de Jogador do Mês... A continuar assim, o Incrível vai ter de comprar uma vitrina nova.

Helton 5
Podia ter sido ele a figura do jogo se defendesse a grande penalidade depois de não ter passado de mero espectador durante boa parte da partida. Jaílson, porém, atirou por cima. Até aí limitara-se a responder à altura das encomendas.

Fucile 6
Está ligado aos dois castigos máximos do jogo. No primeiro, faz o cruzamento para Falcao, que cai com Collin; no segundo, terá arriscado em demasia. Esteve concentrado a defender e muito empreendedor no ataque.

Rolando 6
Evitou o golo do empate do Setúbal com uma recuperação espectacular sobre Zeca (69') e resolveu sempre bem os lances na sua área de acção. Atravessa um grande momento de fora depois de uma boa exibição em Viena.

Otamendi 5
Esteve menos em jogo do que Rolando, mas sem dificuldades a assinalar, desfazendo os lances com classe. O cartão amarelo que viu na sequência do penálti... era para Fucile.

Rafa 4
Acabou por ser o pior elemento da defesa, desastrado a cruzar e sem sorte nas combinações com os extremos. O Setúbal sabia que era por ali que tinha de carregar, mas também não terá tirado daí dividendos.

Guarín 5
O Setúbal nunca foi uma equipa que pressionou, e ainda bem para ele. Alternou lances surpreendentes, como um corte na área (49'), com outros atabalhoados.

Belluschi 6
O FC Porto quase ia para intervalo em vantagem, mas a bola saiu-lhe à trave. No meio-campo, foi o que menos se ressentiu do desgaste de Viena ao envolver-se em vários lances de ataque.

João Moutinho 5
Acabou a primeira parte em grande, com muita dinâmica, procurando o jogo e fazendo jogar, até "desaparecer" no segundo tempo, pagando a factura de Viena.

Rodríguez 4
Foi um corpo estranho neste FC Porto, ensaiando jogadas sem muito nexo, perdendo-se entre os defesas. Evidenciou-se num remate colocado (53') que saiu ao lado, por pouco.

Falcao 5
Algo lento, por vezes desenquadrado, sem sorte nos ressaltos. Ontem não foi Tigre; foi mais um gatinho.

Rúben Micael 6
Entrou para resolver dois problemas: eliminar o corpo estranho da equipa (Rodríguez) e resolver o "desaparecimento" de Moutinho. Teve logo nos pés uma oportunidade (61'), mas a bola saiu ao lado.

Sapunaru 4
A entrada do romeno permitiu recompor a defesa (Fucile passou para a esquerda) numa altura em que o Setúbal estava a crescer e era preciso segurar a quantidade de avançados em campo.

Walter -
Com ele em campo, o FC Porto mudou tacticamente para segurar o Setúbal nos últimos minutos.

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