Qualquer um dos treinadores teria, de bom grado, dispensado a forma como o jogo se decidiu. Vítor Pereira, adjunto que substituiu André Villas-Boas, que ficou na bancada, castigado, passou ao lado da polémica relativa à arbitragem de Elmano Santos e concentrou-se no que o FC Porto fez de bom, no "espírito de equipa" que mantém a equipa líder e sem derrotas, a 90 minutos do último desafio do ano, apesar das dificuldades na segunda parte da vitória com o Setúbal.
A quebra, na ressaca de Viena, já era esperada, daí a urgência com que o FC Porto entrou à procura de golos. O que falhou foi o plural. "Foi uma primeira parte bem conseguida, em que podíamos ter feito outro resultado, em que os movimentos foram saindo com alguma qualidade. Conseguimos penetrar no último terço do adversário por diversas vezes, tivemos uns 15 remates, oportunidades para ir para o intervalo com outro resultado, a almofada de que a equipa precisava". Sem a tal vantagem confortável, o jogo ficou a favor da estratégia sadina. "Sabíamos que íamos acusar o esforço de Viena", lembrou Vítor Pereira, que assistiu, impotente, a esse efeito. "Os movimentos de construção começaram a não surgir, o jogo começou a ficar mais quebrado, também pela forma como o Setúbal se dispõe em campo", e o FC Porto entrou num "jogo de exposição", começou a "cometer erros", a "não saber gerir a posse de bola", até se ver salvo do empate pelo apito do árbitro, que Jaílson não ouviu no penálti que, à beira do fim, se viu forçado a repetir, sem o sucesso do primeiro remate. Para Vítor Pereira, a noite valeu pela resistência, pelo "espírito de sacrifício tremendo". "Os campeões fazem-se assim", referiu, no rescaldo da vitória que mantém os dragões invencíveis, a uma jornada do final de 2010. "Oito pontos de vantagem que vão retirando vantagem ao adversário, vão massacrando, é assim que temos de continuar. O FC Porto tem feito uma época excepcional. Os jogadores têm sido constantes, consistentes na qualidade do jogo, merecemos a época que estamos a fazer."
in "ojogo.pt"
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