terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Villas-Boas tomou todas as decisões

CONTACTOU COM PEDRO EMANUEL VIA WALKIE-TALKIE


Uma das tiradas históricas de Jorge Jesus foi a referência às informações que recebe quando está no banco. “Estou sempre online”, dizia há uns anos. Villas-Boas, a cumprir castigo, também recorreu à tecnologia para intervir no jogo, colmatando o vazio da sua presença no banco, entregue à dupla Vítor Pereira e Pedro Emanuel.
“Escondido” na bancada, ao lado de Wil Coort, treinador dos guarda-redes, o portuense socorreu-se de um walkie-talkie para comunicar com Pedro Emanuel, munido de um auricular que lhe permitia interagir com o chefe de equipa. Um invento que fez furor na II Guerra Mundial e que ainda teve grande utilidade para mais uma batalha do FC Porto, cujo banco esteve sempre em bolandas e com Antero Henrique constantemente atento ao telemóvel, onde caíram várias mensagens que fez questão de partilhar.
Feitas as contas, Villas-Boas fez ou não falta junto ao relvado? Tem a resposta Vítor Pereira. “A presença do líder é sempre importante, não há dúvida nenhuma. Na 2.ª parte as coisas tornaram-se mais emocionais e os jogadores ouvem muito pouco, cometem erros e o jogo fica descontrolado. Se o André estivesse no banco, dificilmente seria ouvido”, comentou o adjunto, referindo-se à frase mais crítica do encontro.
Antes, a agitação tinha sido pontual. Pouco depois do quarto de hora, Vítor Pereira foi ao limite da área técnica para dar indicações, juntando-se-lhe de imediato Pedro Emanuel, que ditava as ordens superiores e fazia a ponte para a bancada. O antigo central teve sempre um bloco nas mãos, onde recolhia as impressões do técnico, que lia o jogo bem de cima. E de cima vieram as indicações das substituições, dos ajustes táticos a fazer após as substituições do V. Setúbal (viu-se o banco agitado depois dos primeiros arranques de Zeca) e dos comportamentos a pedir aos jogadores. Foi sofrer a bom sofrer.
in "record.pt"

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