O FC Porto passou a comandar o Nacional de andebol, após ter derrotado, no seu recinto, o ABC, com quem partilhava a liderança. O triunfo foi folgado, com números que não reflectem o que se passou em campo e não atestam a carga de trabalho que os homens de Obradovic tiveram pela frente.
Poder-se-á considerar brilnate a forma como o FC Porto deu a volta a um jogo em que chegou a estar a perder por cinco golos (7-12, aos 19 minutos), mas há que recordar que esses números reflectiam uma entrada bastante nervosa dos bicampeões nacionais em contraste com um ABC esclarecido e que tinha em Luís Bogas a mais-valia.
Os dragões fizeram mexidas, no campo defensivo. Com a entrada de Nuno Grilo e Pedro Spínola, Bogas passou a ter uma marcação quase individual e meio problema ficou resolvido. Na frente, Tiago Rocha passou a protagonizar a primeira solução com pés e cabeça e quatro golos seus, no final do primeiro tempo, colocaram o FC Porto pela primeira vez na frente - após os primeiros instantes - a segundos do intervalo.
Com o marcador equilibrado, os portistas desinibiram-se e se ainda sentiram algumas dificuldades no primeiro terço do segundo tempo, a partir daí foram ampliando a vantagem perante um ABC que não tinha tantas soluções, tanta força e tanto pulmão. O jogo terminou com Gilberto Duarte a brilhar e a marcar, ele que tinha sido dos mais instáveis no início.
Uma nota para os árbitros. Se a ideia era estragar o jogo e inclinar o campo para o lado do Minho, quase que o iam conseguindo.
DECLARAÇÕES
Ljubomir Obradovic Treinador do FC Porto
"Três tipos de defesas"
"Não podemos estar sempre bem e por isso a primeira parte foi fraca. O ABC mostrou que é uma equipa que sabe sempre o que fazer, não é por acaso que está onde está. Utilizámos três tipos de defesas para controlá-los e depois aproveitámos a nossa velocidade. Este resultado é dilatado em relação ao que se passou".
Jorge Rito treinador do ABC
"É difícil explicar"
"É dificil explicar a diferença entre a primeira e a segunda parte. É essa a resposta que temos de encontrar. Nos primeiros 40 minutos estivemos em jogo, mas tivemos grandes dificuldades nos últimos 20. Torna-se difícil segurar o FC Porto quando aplica a sua melhor arma, que é o contra-ataque. Foi isso que, então, aconteceu".
in "ojogo.pt"
Sem comentários:
Enviar um comentário