Treinador diz que marca só é importante se a equipa ganhar a Liga Europa
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André Villas-Boas não quer a equipa do F.C. Porto a pensar no empate frente ao Sevilha. O treinador pretende conseguir mais uma vitória na Liga Europa. Mas não a pensar no recorde, garante.
Se o F.C. Porto vencer, ultrapassa a marca de oito vitórias estabelecida pela equipa de José Mourinho em 2002/03, quando os «dragões» conquistaram a então Taça UEFA. Villas-Boas não valoriza esse dado: «Acho que tem pouco significado se não se passar à fase seguinte e não se conquistar o troféu, não tem valor absolutamente nenhum.»
«O Sevilha pôs-nos à prova, só um Porto extremamente competente é que vai levar de vencida esta eliminatória. Serve-nos uma vitória que foi boa, mas tudo pode acontecer amanhã no Dragão, é importante que os adeptos se unam à volta da equipa e que o Porto seja competente», antecipa de resto o treinador.
«Queremos evoluir de alguns erros que cometemos em Sevilha, principalmente na gestão da nossa posse. A qualidade destes jogadores permite-nos ter posse de bola boa, é importante que eles e sintam bem com bola amanhã. Quanto mais tempo tivermos nós a bola menos oportunidades terá o Sevilha. Temos de tentar chegar ao golo, não pensar que o empate nos serve, serve-nos uma vitória, é nisso que temos de pensar», insiste.
Villas-Boas: «Esta é a última oportunidade do Sevilha»
Técnico lamenta a hora do jogo, mas garante que não vai faltar empenho
O F.C. Porto está preparado para enfrentar um Sevilha sedento por uma conquista importante, numa temporada que tem sido para esquecer. A garantia foi dada por André Villas-Boas, durante a conferência de imprensa de antevisão do encontro, que decorreu esta terça-feira no Estádio do Dragão.
«Podemos encontrar dois tipos de Sevilha: uma equipa que quer chegar ao golo rápido e corre riscos ou uma equipa que mantém a serenidade e espreita as oportunidades. Esta mensagem de um Sevilha ultra-motivado não é nova. Fizeram o mesmo na eliminatória da Taça do Rei com o Real Madrid. Temos de estar atentos porque são jogadores que se querem transcender. Resta-lhes pouco, esta é, parece-me, a ultima oportunidade deles», afirmou André Villas-Boas.
Villas-Boas diz que os dragões têm de estar num «estado emocional lúcido», frente a uma equipa nos «píncaros da motivação» que quer «manter um objectivo para a época». Para isso, o técnico quer o apoio do público, apesar da hora pouco habitual do jogo: 17 horas, de um dia de trabalho.
«A hora é decidida pela UEFA. Condiciona, parece-me claro, não sei se vamos ter o estádio cheio e para nós é fundamental o apoio a cem por cento. As claques têm sido fundamentais e esperemos amanhã encontrar esse tipo de ambiente para nos ajudar a seguir em frente», referiu.
Villas-Boas: «Falcao tem grandes probabilidades de regressar»
Técnico justifica ausência de Walter e faz inveja a Helton...com o cabelo
O encontro desta quarta-feira, com o Sevilha, pode marcar, definitivamente, o regresso à competição do avançado colombiano Radamel Falcao. A deixa é dada por André Villas-Boas que se apoia nos números da convocatória (passou de 20 a 18 jogadores), para alicerçar a ideia que começa a ganhar força: Falcao deve mesmo jogar frente ao conjunto espanhol.
«Não é novidade para ninguém que o jogador está a treinar integrado com o grupo há algum tempo, mas a importância da lesão levava a alguns cuidados. Enquanto ele não se sentisse confiante, fomos respeitando a sua opinião. Foi uma lesão destas que agravou uma das grandes lesões da sua carreira, no outro joelho. A equipa teve um rendimento global espectacular durante este período e o Falcao é mais um jogador numa convocatória de 18 e tem grandes possibilidades de regressar», explicou o técnico, em conferência de imprensa.
Em sentido inverso, o brasileiro Walter voltou a ficar de fora de uma convocatória, facto que motivou mais um pedido de explicações. Afinal o que se passa? Está a treinar mal? «Não, fica de fora por opção, apenas. Compreendo o impacto que possa ter os jogadores que ficam de fora. As opções são estratégicas para o jogo, não têm nenhum peso de castigo. Só cabem 18, infelizmente, porque na minha opinião podiam caber todos. Já foi discutido em fóruns da UEFA a possibilidade de ter todos os jogadores disponíveis e penso que seria uma medida positiva», acrescentou.
Ainda numa ronda pelos jogadores do plantel, Villas-Boas voltou a lamentar a ausência de um «jogador querido» como Emídio Rafael e destacou o papel de Helton no grupo: «Tem estado a um nível altíssimo. Tem-nos transmitido confiança na organização defensiva. Tem encontrado uma grande motivação para esta época e isso satisfaz-nos.»
Questionado sobre o facto de ter menos tempo de treinador do que o guarda-redes como jogador e já ter um título europeu (ao serviço do F.C. Porto como adjunto de José Mourinho), Villas-Boas desvalorizou e brincou com o assunto.
«Sim, é verdade que ganhei um título europeu, mas sei bem o papel que tive. Nesse sentido ele já ganhou mais títulos que eu. Gostava de ter os títulos que ele tem, como ele gostava de ter tanto cabelo como eu...», atirou entre risos.
«Benfica a 5 pontos? Por pouco até da Liga Europa ficavam de fora»
Villas-Boas devolve provocação de Jorge Jesus
O derby entre Sporting e Benfica não passou ao lado da conferência de imprensa de André Villas-Boas. O técnico portista foi questionado sobre o jogo e destacou a justiça da vitória encarnada.
«Penso que foi um jogo conseguido e uma vitória clara e justa do Benfica», começou por dizer.
Confrontado com as declarações de Jorge Jesus que, no rescaldo do derby, disse que para o Benfica «só contavam cinco pontos de desvantagem para o F.C. Porto», Villas-Boas desvalorizou e devolveu a «bicada».
«Não é a primeira vez que declarações desse tipo acontecem. Nós vamos aguentando. Foi o mesmo treinador que disse que havia dois lugares para três equipas na Champions e a dele ficou de fora e por pouco não ficava também desta competição. As suas palavras pouco impacto têm para nós», garantiu.
in "maisfutebol.iol.pt"
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