A SAD do FC Porto obteve um lucro líquido de 6,5 milhões de euros no primeiro semestre de actividade, segundo informação transmitida pela sociedade à Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM), um valor que representa uma descida de 66% nos lucros em relação a período homólogo da temporada transata.
Os resultados consolidados do primeiro semestre da época de 2010/11 revelam um resultado "francamente positivo", segundo o comunicado ao mercado, "ainda que inferior aos 19,6 milhões do período homólogo do ano anterior".
Uma diferença à qual não é alheia a ausência da Liga dos Campeões, importante fonte de receitas e onde o FC Porto costuma ter presença frequente, pelo que os resultados operacionais, excluindo resultados com passes de jogadores (compras e vendas), diminuíram 9,1 milhões de euros.
Porém, o item relacionado com as transações de passes de jogadores manteve-se muito próximo dos resultados do período homólogo do ano anterior: 30,8 milhões face a 31,8 milhões, refletindo parte das receitas associadas às principais vendas do início da temporada, ou seja, Bruno Alves (ao Zenit de Moscovo) e Raul Meireles (Liverpool).
As receitas de bilheteira (6,3 milhões) aumentaram 0,4 milhões comparando o mesmo período, as de televisão (4,5) também, enquanto a publicidade cresceu de sete para oito milhões nestes primeiros seis meses.
No capítulo dos custos, a despesa com o pessoal é a rubrica que mais recursos consome à SAD, tendo no primeiro semestre atingido um total de 20,7 milhões, poupando quase um milhão (0,9) face a 2009/10.
Na informação prestada à CMVM, a SAD portista revela que os capitais próprios foram reforçados em 6,3 milhões, atingindo agora o valor global de 28,1 milhões de euros, ainda assim abaixo da metade do capital social.
Por outro lado, o ativo da SAD cresceu 9,7 milhões de euros, para um total de 190,3, ao passo que o passivo cresceu 900 mil euros, para um total de 161 milhões de euros.
A administração dos dragões destaca, porém, a redução de 14,9 milhões de euros no passivo corrente, o que significa uma menor pressão de tesouraria. Esta descida tem fundamentalmente a ver com a redução de 15,8 milhões de euros dos empréstimos bancários, que há um ano somavam 58,9 milhões de euros e agora totalizam 43,1 milhões.
Estes resultados estão em linha com o orçamento previsto e, caso se mantenham positivos, garantem o quinto ano de lucros consecutivos à SAD do FC Porto.
O FC Porto apresentou no início da época (do ano financeiro específico para as sociedades desportivas) um orçamento que antevê proveitos de 94,7 milhões de euros e um lucro líquido de 2,1 milhões para o atual exercício.
in "record.pt"
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