Com aquela obra-prima de Roberto, o FC Porto, que entrou melhor, tinha tudo gerir o jogo e fazer a inédita festa no Estádio da Luz. Estava certo. A surpresa foi o Benfica arrancar um penálti logo de seguida (Otamendi cometeu mesmo falta sobre Jara?) e empatar o jogo. Menos mau. Teríamos uma reviravolta? Não, porque apesar de os encarnados subirem no terreno (e na qualidade ofensiva), os dragões responderam logo com o 2-1, golo de grande penalidade convertida por Hulk, depois de... Roberto, quem mais, fazer a típica falta (sobre Falcao) de um guarda-redes que vive fora de tempo. Antes do intervalo, Saviola teve uma boa oportunidade e o jogo virou para uns últimos 15 minutos de equilíbrio, onde apenas se viu Roberto defender (tremido) um remate de Guarín.
Na segunda parte, Jorge Jesus lançou César Peixoto (o início do fim de Aimar?) e Cardozo (estaria a ser poupado para a Liga Europa?), mas a intensidade baixou. Foi como se o resultado fosse imutável, parecia que ninguém acreditava ser possível a reviravolta. Os jogadores do FC Porto é que não a queriam, claro, e tiveram três bolas de golo, uma delas desperdiçada de forma inacreditável por Falcao, que foi isolado para a baliza como se não existisse defesa do Benfica. A noite voltaria a animar com a expulsão de Otamendi (dois amarelos espremidos, o do penálti e o da obstrução a Cardozo) e em superioridade numérica o Benfica teria ascendente. Cardozo e Coentrão tiveram o golo na cabeça, Salvio atirou ao poste, mas todos falharam.. Quem sabe, seria o empate caseiro mais saboroso da história do Benfica, mas afinal foi um dos títulos mais festejados do FC Porto, porque a última vez que tinha acontecido na casa do Benfica foi em 1939/40. É histórico, mas há mais. O FC Porto segue sem derrotas na Liga e apesar de ontem alguém ter desligado a iluminação do estádio da Luz, no momento da festa, mais uma vez passeou a superioridade às claras.
in "ionline.pt"
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