Se quisermos levar esta história para um campo mais divertido e sem maldade, bem se pode dizer que José Eduardo Bettencourt não percebe nada de maçãs. A 5 de Julho de 2010, o antigo presidente do Sporting comparou João Moutinho com uma maçã podre, justificando assim a abertura para a transferência do antigo capitão leonino para o FC Porto.
Má política. Moutinho apenas tratou da vida dele, disse que ia para os dragões porque queria «ganhar títulos» e, pronto, já começou a coleccioná-los.
O FC Porto está a pensar, no imediato, num submarino amarelo que é preciso afundar. E conta para isso com o inevitável Moutinho, a quem, curiosamente, o amarelo provoca agora alguma preocupação. O médio portista, que em Julho do ano passado se mudou para o FC Porto, numa verdadeira bomba anunciada em primeira mão por A BOLA, é só o jogador mais utilizado por André Villas Boas na Liga Europa, esteve em 14 jogos, actuou durante 1029 minutos, mas vive, neste momento, o espectro do tal amarelo, o cartão, porque está à bica. Se, por exemplo, tiver a contrariedade de ver mais um no jogo de quinta-feira com o Villarreal, já não jogará a segunda mão em Espanha. E, num cenário mais agradável para os dragões, se o FC Porto chegar a Dublin, Moutinho tem mesmo de ter muito cuidado para não falhar a final.
E ninguém pense em poupanças. Villas Boas é um perito na gestão dos múltiplos pormenores à volta do plantel, por muito que diga que não... De lesões e fadigas ao perigo de sanções disciplinares com implicações nos jogos imediatos, o treinador do FC Porto continua a dar lições à concorrência e o plantel permite-lhe isso.
Moutinho é um dos indispensáveis do treinador portista. Vejam como, numa época apenas e que ainda nem chegou ao fim, o antigo capitão do Sporting já é um candidato a capitão no FC Porto. Soube capitalizar muito bem a frase que um dia soltou Pinto da Costa, em jeito de lançar a rede para apanhar o peixe: «Moutinho é um jogador à Porto»... Bettencourt ainda nem estava no Sporting quando isto aconteceu. Também não se precaveu apesar da frase ser conhecida.
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