Ex-guarda-redes confessa a sua ambição quando terminou a carreira e garante que a sua ligação aos dragões «será eterna». O futuro pode passar por um regresso, mas terá de se sentir útil.
Vítor Baía continua apaixonado pelo F.C. Porto, numa ligação que diz ser «eterna», mas não esconde alguma mágoa pela forma como terminou a sua carreira futebolística. O ex-guarda-redes, uma das principais figuras da história do clube, já tinha manifestado algum desconsolo por nunca ter tido um jogo de despedida e, esta quarta-feira, reiterou a mensagem, quando aludiu ao embate com o Barcelona, da Supertaça Europeia, precisamente as duas equipas que representou na carreira.
«A Supertaça Europeia vai ser um dia especial para mim. Aliás, no dia em que terminei a minha carreira, o meu maior desejo era organizar um jogo de despedida entre o F.C. Porto e o Barcelona», confessou Baía, à margem da celebração do 7º aniversário da sua Fundação, que decorreu no Estádio Municipal da Lavandeira, em Vila Nova de Gaia, e juntou cerca de 700 crianças.
O ex-jogador garantiu que continua a ser «um adepto atento», tendo vibrado com «esta época extraordinária». Ainda sobre o embate do Mónaco, no final de Agosto, Baía falou das comparações que começam a surgir entre André Villas-Boas e Pep Guardiola, dois treinadores que conhece: «É sempre difícil comparar dois treinadores, mas, acima de tudo, são dois homens que privilegiam o bom futebol.»
«Quero fazer a gestão diária de uma equipa»
Depois de pendurar as luvas, Vítor Baía assumiu o cargo de director das relações externas do F.C. Porto, mas a experiência já faz parte do passado. Neste momento, Baía não tem qualquer ligação ao futebol, um cenário que, no entanto, pode mudar.
«Estarei sempre ligado, de uma forma ou de outra, ao futebol. Têm surgido convites, mas ainda não aceitei nenhum, ou por não achar que é o momento certou ou por o projecto não ser o que anseio», explicou.
Ainda assim, não esconde que voltar ao F.C. Porto seria sempre especial. «A minha ligação ao Porto é eterna. Se for possível voltar, seria fantástico, mas todos temos de seguir o nosso caminho. O meu objectivo é claro: quero ser útil, num projecto ambicioso e fazer a gestão diária de uma equipa de futebol», assumiu.
A Fundação Vítor Baía assinalou o 7º aniversário no Dia Mundial da Criança e, ao longo deste período de actividade, já conseguiu apoios para dez mil crianças carenciadas, com contribuições superiores a 650 mil euros.
Baía: «Foi estranhíssimo ver Domingos de verde e branco»
Ex-guarda-rede deseja boa sorte ao amigo, «menos contra o F.C. Porto». Confessa, ainda, querer ajudar a Federação no futuro.
A amizade entre Vítor Baía e Domingos Paciência é sobejamente conhecida. Também por isso, o treinador do Sporting marcou presença no 7º aniversário da Fundação do amigo, de apoio a crianças carenciadas, mas optou por não falar aos jornalistas. Coube a Vítor Baía, assim, debruçar-se sobre o trajecto do antigo companheiro do F.C. Porto.
«Espero que o Domingos ganhe sempre, menos contra o F.C. Porto. É um treinador com uma grande capacidade e com um nível de competência igual aos melhores da Europa. Confesso que achei estranhíssimo vê-lo de verde e branco...», brincou.
Vítor Baía falou, também, da Federação Portuguesa de Futebol. O ex-jogador foi, no passado, apontado ao lugar de presidente do organismo e não esconde que gostava de poder ajudar.
«Continuo disponível e encaro essa hipótese como uma grande possibilidade para o meu futuro», assumiu.
Por fim, falou do momento actual da selecção nacional, que, este sábado, pode chegar ao primeiro lugar do grupo de apuramento para o Euro 2012, depois do início conturbado. «A selecção está a viver um momento decisivo, de definição, e sinto que o Paulo Bento mexeu com a selecção. Contra a Noruega temos uma oportunidade de ouro para passar a depender de nós mesmos», vincou.
in "maisfutebol.iol.pt"
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