As quatro rondas iniciais foram sempre com adversários de escalões inferiores, até que nas meias-finais chegou o Benfica, que venceu no Dragão por 2-0 na primeira mão. O Jamor parecia ter ficado muito longe, mas Beto explica o segredo do sucesso. "Foi memorável. Senti que a vontade de os jogadores vencerem começou logo no Porto quando entrámos para o autocarro. Estávamos todos imbuídos do mesmo espírito e com muita fé na reviravolta. A atitude foi esplêndida e ainda mais na segunda parte. As coisas aconteceram devido ao nosso trabalho e por termos acreditado até ao fim. Tipicamente à Porto", atirou. Depois, na final, um jogo louco com o Guimarães. "Foi muito aberta e cedo se percebeu que ia ser recheada de golos."
2009/10
Beto herói em 30 penáltis
Tudo começou com o Sertanense, em que Jesualdo Ferreira "ressuscitou" o 3x4x3 de Co Adriaanse e lançou Sérgio Oliveira, o mais jovem de sempre a ser titular no FC Porto, com 17 anos, quatro meses e 15 dias. "As selecções estavam a tirar-lhe espaço competitivo e ele tem valor. Mas para o professor o jogo marcante nessa época foi a recepção ao Sporting "em que conseguimos uma grande vitória [5-2], apostando nos menos utilizados", sublinhou. Rolando, Falcao (2), Varela e Mariano marcaram os golos. A caminhada registou ainda o jogo louco em Belém com a decisão em 30 penáltis. "Ficou marcado na minha carreira. Defendi cinco grandes penalidades, o que permitiu ao FC Porto continuar em frente", refere Beto.
2008/09
Foi uma correria até ao Jamor
Percurso marcado por dois momentos antagónicos e o mesmo protagonista: Hulk. Em Alvalade desatou a correr com a bola controlada e antes de fuzilar Rui Patrício ainda envergonhou Rochemback com a sua velocidade. "Jogada fantástica. Foi o lançamento dele no futebol português e internacional", considera Jesualdo Ferreira. Depois, na meia-final com o Estrela da Amadora sofreu uma entrada violenta de Ney Santos e foi obrigado a parar um mês. "A lesão afastou-o algumas semanas, mas não nos tirou o título. Ainda apareceu a tempo de jogar a final", recorda o treinador. Os dragões derrotaram o Paços de Ferreira na final, confirmando a primeira e única dobradinha da era Jesualdo.
2007/08
Como perder sem sofrer golos
O FC Porto teve um percurso imaculado até ao Jamor: cinco vitórias, 12 golos marcados e nenhum sofrido. Além disso, cruzou-se pela primeira vez com o Sertanense, confronto que seria um clássico nos anos seguintes. Na final, o Sporting levou a melhor, após prolongamento. "E também não sofremos golos nos 90 minutos", recordou Jesualdo Ferreira, que enumerou uma série de condicionantes que contribuíram para a derrota na primeira final. "Houve a expulsão do João Paulo [71'], dois golos de um jogador [Rodrigo Tiuí] que fez o jogo da sua vida e recordo-me ainda de um penálti não assinalado sobre o Lisandro que nos teria dado a vitória. Além disso, tive de fazer vários ajustamentos na equipa", explicou.
2006/07
Balde de água fria no Dragão
A nação portista ficou em estado de choque porque a equipa foi incapaz de dar a volta ao golo apontado por David, o herói da Tapadinha, que derrubou o "Golias" na sua própria casa. "Foi um momento negativo, que marcou a época porque não era previsível que perdêssemos", admitiu Jesualdo Ferreira. Porém, não mais se repetiu. O professor apresentou um onze muito diferente do habitual e a aposta custou-lhe a eliminação prematura na prova. "Tomei sempre as mesmas opções, apresentando equipas diferentes correndo os mesmos riscos. Entendo que deve ser assim porque no plantel de um grande todos devem estar em condições de jogar. Só não quero que pensem que havia jogadores para diferentes provas", frisou.
in "ojogo.pt"
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