A presença de James Rodríguez foi a grande novidade reservada por Vítor Pereira na apresentação da lista de convocados para o jogo desta tarde em Pêro Pinheiro. O prodígio colombiano, num momento de forma fantástico, não foi dispensado da viagem ao Sul, ainda que seja provável que nem venha a ser chamado a jogo. Com as poupanças obrigatórias há muito previstas, coube a James figurar na lista como arma contra qualquer surpresa negativa. No banco, será ele o jogador mais cotado e aquele que saltará imediatamente para dentro de campo no caso de as coisas estarem a correr mal. Hulk era outra possibilidade, mas acabou por ser preterido por opção.
Além do Incrível, fora da lista ficaram Helton, Álvaro Pereira, Otamendi, João Moutinho e Guarín, além do lesionado Kléber, num sinal claro da aposta que se pretende nos jogadores de segundo plano para este jogo; do grupo de habituais titulares, só Rolando e Fernando foram convocados. Mas ao contrário do colombiano, não havia como ficarem de fora: Vítor Pereira tinha obrigatoriamente de convocar um terceiro defesa-central e um quarto médio para sentar no banco. Otamendi era uma possibilidade, mas esteve fora mais tempo do que Rolando e com direito a viagens mais cansativas. Quanto ao Polvo, era o único não internacional à disposição. Treinou durante duas semanas e não fazia sentido preteri-lo em função de quem só ontem (Guarín) ou anteontem (Moutinho) chegou.
De resto, são três as estreias nos convocados: Alex Sandro, totalmente recuperado, e Iturbe não são surpresas; Kadú sim. O jovem de 16 anos tem estreia absoluta marcada num jogo oficial dos dragões, depois de alguns minutos na pré-época. À partida não sairá do banco - Bracali será o número um -, mas o momento não deixa de ser assinalável para o angolano, que, ao serviço do seu país, já participou, também como suplente, num jogo de apuramento para a Taça das Nações africanas.
Na lista figuram também Mangala, Defour, Cristian Rodríguez, Djalma e Varela, todos à procura de uma oportunidade para reservar lugar em batalhas de maior importância e grau de dificuldade mais elevado.
Do Atlético à maratona
CARLOS GOUVEIAO golo do brasileiro David, que agora anda pela segunda divisão do Chipre, no Estádio do Dragão, ditou o afastamento prematuro do FC Porto da edição de 2006/07 da Taça de Portugal e funcionou como um murro no estômago da equipa. O exemplo serviu como lição e a partir desse jogo disputado a 7 de Janeiro de 2007 - logo após as férias de Natal - os dragões nunca mais foram eliminados na prova rainha do calendário futebolístico. Registam apenas uma derrota, na final de 2007/08, contra o Sporting.
A maratona já vai em 27 jogos consecutivos e a ideia é prolongá-la, pelo menos, até aos 34. É o que é preciso para chegar de novo à decisão no Jamor e continuar a fazer história. Começando esta tarde, com o modesto Pêro Pinheiro. Aliás, iniciar a participação com um adversário da III Divisão tem sido a norma nos percursos do FC Porto na Taça: Chaves, Sertanense - este por duas vezes - e Limianos. Já sem falar no Atlético.
Vencer a Taça de Portugal é um objectivo já assumido por Vítor Pereira - não podia ser de outra forma - que poderá entrar para a história do clube e da própria competição. E porquê? Desde logo, porque o FC Porto nunca ganhou quatro vezes seguidas a Taça, aliás até Maio último nunca tinha ganho por três vezes. Depois, porque o "tetra" na Taça de Portugal é um feito assinado apenas pelo Benfica em toda a história, ainda que com um ano de interregno porque a prova não se disputou em 1949/50.
Jesualdo Ferreira começou mal na Taça de Portugal enquanto treinador do FC Porto, mas endireitou a equipa e chegou a três finais seguidas, perdendo a primeira para o Sporting, depois de ter atingido o Jamor sem sofrer qualquer golo. Depois, ganhou ao Paços de Ferreira e ao Chaves, acrescentando mais dois troféus ao currículo. Villas-Boas deu continuidade ao percurso imaculado, goleando o Guimarães em Maio, depois da remontada na Luz. Agora, é Vítor Pereira quem tem a responsabilidade de conduzir a equipa até Oeiras.
Iturbe encantado com Portugal
Em véspera da estreia pelo FC Porto, Iturbe partilhou com um jornal paraguaio a sua felicidade... pessoal. A companhia da noiva garante-lhe dias melhores em Portugal. "Estamos superbem. Partilhamos todo o tempo e saímos sempre para comer, pois não cozinhamos", desvendou ao "Diário Popular", ao qual desmentiu o fim do namoro, trazido à estampa por outro jornal. No fundo, o interesse em Iturbe prova o seu mediatismo, mesmo num país que não representa ao nível de selecções.
in "ojogo.pt"
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