Incrível continua no centro do ataque

A aposta em Hulk no centro do ataque é para manter, pelo menos na partida com o Braga, apesar de Vítor Pereira ter os dois pontas-de-lança do plantel, Kléber e Walter, disponíveis. Contudo, só o mais recente internacional brasileiro é que foi convocado para se sentar no banco, tal como sucedeu em Donetsk.

O Incrível estreou-se esta época como referência no centro do ataque e a aposta resultou em cheio pelo que o treinador não vê motivos para mudar, mesmo que Hulk não seja um "matador" e muito menos um cabeceador nato. Além disso, sente-se muito melhor a jogar descaído na direita, onde goza de mais liberdade de acção. Na prática, Vítor Pereira segue o exemplo dado por Villas-Boas no início de 2011, quando Hulk foi o eleito para render o lesionado Falcao, ficando Walter no banco de suplentes.

Djalma e James completam o tridente que assumirá as despesas do ataque à baliza de Quim. No meio-campo, tudo indica que Vítor Pereira não vai mexer nas peças, mas apenas na sua disposição, invertendo o triângulo usado na Ucrânia.

Meio ano depois de Dublin, a reedição da final da Liga Europa tem o Dragão como palco e, tal como na Irlanda, os portistas partem como favoritos. Desta vez, porém, não estão a culminar uma época absolutamente arrasadora. Pelo contrário. É preciso provar que o FC Porto sem atitude ou fio de jogo de Coimbra está mesmo morto, conforme foi prometido pelo grupo de trabalho a Pinto da Costa. O murro na mesa foi dado na Ucrânia, mas os adeptos continuam de pé atrás, preferindo esperar pelo segundo triunfo consecutivo, que manterá a equipa no topo do campeonato, para ir à missa de sétimo dia do tal Porto anunciado à boca grande como moribundo.

Mas este encontro tem mais um desafio/incentivo para os dragões: se não deixar os três pontos fugir para o Minho, o FC Porto atinge os 50 jogos consecutivos sem perder no campeonato nacional, ficando a apenas três de igualar o recorde do clube, alcançado na regência de Bobby Robson, entre 1994 e 96. Já agora, o melhor registo nacional pertence ao Benfica de John Mortimore: 56 jogos entre 1976 e 78.

Kléber fica no banco

Walter vai para a bancada

Walter voltou a ser riscado por Vítor Pereira para o jogo de hoje frente ao Braga. Depois de ter realizado alguns jogos a titular - cinco, para ser preciso -, o brasileiro ficou de fora na viagem a Donetsk por não se encontrar inscrito na Liga dos Campeões; no entanto, no regresso às competições nacionais, Walter foi novamente afastado da lista de convocados, desta vez por decisão técnica. Aliás, o avançado junta-se a Sapunaru na curta lista de jogadores que ficaram de fora da partida com o Braga por opção de Vítor Pereira, embora o caso do romeno até seja diferente, tendo em conta que o lateral encontra-se apenas agora a regressar de uma lesão. Esta escolha do treinador acaba por estar intimamente ligada à opção de manter Hulk no centro do ataque; desta forma, Vítor Pereira pretende contar apenas com um ponta-de-lança no banco, considerando que a opção por Kléber lhe oferece mais garantias na eventualidade de ser obrigado a tornar a equipa mais ofensiva durante o encontro - frente ao Shakhtar, por exemplo, não foi necessário recorrer à utilização de um avançado de área. Isto apesar do internacional brasileiro já não marcar há quase um mês, embora esse último golo até tenha surgido na condição de suplente utilizado: Kléber entrou aos 55 minutos do jogo com o Paços de Ferreira para assinar o segundo golo do FC Porto na partida

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