Um título oficioso que não pesa no grupo mas dá moral. Inácio estranha posição do F.C. Porto, Eduardo Luís pede calma a Vítor Pereira
«Terminar a primeira volta e não ver o F.C. Porto na frente é um bocado estranho». Quem o diz é Augusto Inácio, antigo jogador do clube, que abordou este final de primeira volta pela perspectiva histórica: há 26 anos que o F.C. Porto não consegue ser campeão depois de terminar a primeira parte da época abaixo do primeiro lugar.
De facto, a última vez que os dragões atingiram o título num ano em que deixaram fugir a concorrência no final da primeira volta foi em 1985/86. Na altura, o F.C. Porto terminou no 4º lugar, atrás de Benfica, Sporting e V. Guimarães. Seria campeão no final e, no ano seguinte, levantava a Taça dos Campeões Europeus em Viena.
«Era uma fase de transição, porque tínhamos perdido o líder, o senhor Pedroto. Artur Jorge tinha uma filosofia diferente e o arranque não foi tão bom. Mas sabíamos que tínhamos capacidade para mais. A confiança demonstrada em nós fez a diferença», explicou Inácio, em conversa com o Maisfutebol.
Um pouco como agora, então. O presidente portista, Pinto da Costa, tem reforçado publicamente a moral do grupo e do treinador. «Demonstra grande confiança no Vítor Pereira e nos jogadores. Isso costuma fazer a diferença», diz Inácio.
«Ser campeão de Inverno é ser campeão de nada»
Em relação ao título oficioso de campeão de Inverno a opinião de Inácio e também de Eduardo Luís, outro jogador do plantel de 85/86 ouvido pelo Maisfutebol, é semelhante.
«Não pesa no grupo. Ser campeão de Inverno é ser campeão de nada. Não se ganha nada. Mas como há uma viragem costuma fazer-se esse balanço», diz Eduardo Luís, ao nosso jornal.
Inácio frisa que é sempre melhor «acabar em primeiro» mas a margem de recuperação ainda é muito grande. «Falta muito campeonato. Dois pontos não significam nada, mesmo com esse peso histórico», diz o antigo lateral. Eduardo Luís partilha a opinião: «Há que ter calma e não fazer disto uma tragédia».
A verdade é que o F.C. Porto costuma fazer do bom arranque a base da época de sucesso. É o clube mais vezes campeão de Inverno nos últimos anos e tem conseguido dar continuidade quase sempre.
«Ir à frente dá moral, claro. A luta dos grandes clubes é estar sempre no 1º lugar. E se hoje se estranha que o F.C. Porto não esteja em primeiro é um excelente sinal. É porque não é um hábito», lembra Inácio.
Já Eduardo Luís lembra que até os adeptos se empolgam com a liderança: «Sentem-se melhores e unem-se mais. Mas a diferença é muito pequena este ano.»
«Vítor Pereira precisa descontrair»
Eduardo Luís desvaloriza, por isso, toda esta conversa em torno de «campeões de Inverno». Interessa é chegar ao fim na frente. E, por isso, aconselha calma a Vítor Pereira.
«Noto alguma ansiedade no treinador. Tem de ter um discurso mais descontraído, porque o F.C. Porto ganha quase sempre, ganha muito e até parece que vai perder tudo ou não vai ganhar nada. Se estivesse a oito ou dez pontos entendia algum mal-estar. Assim é preciso calma», aconselhou o antigo central dos dragões.
Nos últimos dez anos, o F.C. Porto terminou a primeira volta na frente em sete ocasiões, tantas quanto os títulos que conquistou. O Sporting foi campeão de Inverno em duas ocasiões mas só festejou o título em 2001/02. O Sp. Braga dominou a primeira volta de 2009/10, mas o Benfica festejou no fim.
Agora é a vez de os encarnados terminarem na frente, o que não faziam há 18 anos. A palavra está do lado do F.C. Porto.
«Quando não está em primeiro, o ambiente no clube é diferente. Mas continua-se a acreditar. Sabe-se a meta traçada e dá-se tudo. Depois também é preciso ter sorte», sintetiza Inácio.
De facto, a última vez que os dragões atingiram o título num ano em que deixaram fugir a concorrência no final da primeira volta foi em 1985/86. Na altura, o F.C. Porto terminou no 4º lugar, atrás de Benfica, Sporting e V. Guimarães. Seria campeão no final e, no ano seguinte, levantava a Taça dos Campeões Europeus em Viena.
«Era uma fase de transição, porque tínhamos perdido o líder, o senhor Pedroto. Artur Jorge tinha uma filosofia diferente e o arranque não foi tão bom. Mas sabíamos que tínhamos capacidade para mais. A confiança demonstrada em nós fez a diferença», explicou Inácio, em conversa com o Maisfutebol.
Um pouco como agora, então. O presidente portista, Pinto da Costa, tem reforçado publicamente a moral do grupo e do treinador. «Demonstra grande confiança no Vítor Pereira e nos jogadores. Isso costuma fazer a diferença», diz Inácio.
«Ser campeão de Inverno é ser campeão de nada»
Em relação ao título oficioso de campeão de Inverno a opinião de Inácio e também de Eduardo Luís, outro jogador do plantel de 85/86 ouvido pelo Maisfutebol, é semelhante.
«Não pesa no grupo. Ser campeão de Inverno é ser campeão de nada. Não se ganha nada. Mas como há uma viragem costuma fazer-se esse balanço», diz Eduardo Luís, ao nosso jornal.
Inácio frisa que é sempre melhor «acabar em primeiro» mas a margem de recuperação ainda é muito grande. «Falta muito campeonato. Dois pontos não significam nada, mesmo com esse peso histórico», diz o antigo lateral. Eduardo Luís partilha a opinião: «Há que ter calma e não fazer disto uma tragédia».
A verdade é que o F.C. Porto costuma fazer do bom arranque a base da época de sucesso. É o clube mais vezes campeão de Inverno nos últimos anos e tem conseguido dar continuidade quase sempre.
«Ir à frente dá moral, claro. A luta dos grandes clubes é estar sempre no 1º lugar. E se hoje se estranha que o F.C. Porto não esteja em primeiro é um excelente sinal. É porque não é um hábito», lembra Inácio.
Já Eduardo Luís lembra que até os adeptos se empolgam com a liderança: «Sentem-se melhores e unem-se mais. Mas a diferença é muito pequena este ano.»
«Vítor Pereira precisa descontrair»
Eduardo Luís desvaloriza, por isso, toda esta conversa em torno de «campeões de Inverno». Interessa é chegar ao fim na frente. E, por isso, aconselha calma a Vítor Pereira.
«Noto alguma ansiedade no treinador. Tem de ter um discurso mais descontraído, porque o F.C. Porto ganha quase sempre, ganha muito e até parece que vai perder tudo ou não vai ganhar nada. Se estivesse a oito ou dez pontos entendia algum mal-estar. Assim é preciso calma», aconselhou o antigo central dos dragões.
Nos últimos dez anos, o F.C. Porto terminou a primeira volta na frente em sete ocasiões, tantas quanto os títulos que conquistou. O Sporting foi campeão de Inverno em duas ocasiões mas só festejou o título em 2001/02. O Sp. Braga dominou a primeira volta de 2009/10, mas o Benfica festejou no fim.
Agora é a vez de os encarnados terminarem na frente, o que não faziam há 18 anos. A palavra está do lado do F.C. Porto.
«Quando não está em primeiro, o ambiente no clube é diferente. Mas continua-se a acreditar. Sabe-se a meta traçada e dá-se tudo. Depois também é preciso ter sorte», sintetiza Inácio.
in "maisfutebol.iol.pt"
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