Até domingo estaríamos inclinados para pensar que Lucho González usaria o pé esquerdo para muitas coisas, como subir ao jipe Cadillac Escalade ou escadas, mas não para rematar a bola. O golo que marcou ao V. Setúbal, e que golo foi, obrigou a fazer outras contas, que confirmam a pouca apetência do argentino para entregar ao pé esquerdo outra função que não de apoio para que o direito faça passes, recuperações de bola e remates. Na Europa, desde 2005, período em que é mais fácil a compilação de dados, o médio que o FC Porto descobriu no River Plate apenas marcou seis golos com o pé esquerdo. O sexto foi o que no domingo entrou no ângulo superior esquerdo da baliza defendida pelo setubalense Matos e que selou da melhor forma o regresso de El Comandante ao Dragão.
É, claramente, o pé que ajuda a subir para o autocarro - expressão célebre no futebol -, sendo, por isso, menos requisitado do que o direito, esse sim, capaz de ajudar à construção de um currículo impressionante de títulos e rótulos. Números? Lucho González marcou 51 golos com o pé direito, divididos pelas épocas ao serviço de FC Porto e Marselha. A estes dados, acrescente-se um pormenor: mais três com a camisola da selecção da Argentina. De cabeça, o registo também é modesto: apenas quatro remates certeiros, todos no FC Porto.
in "ojogo.pt"
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