Tratam-no por "Rei", mas este fim-de-semana foi "Comandante" de patins. Reinaldo Ventura, o número 66 do FC Porto Império Bonança, destroçou por completo o Benfica, anotando cinco golos na vitória por 6-5. Em exclusivo ao www.fcporto.pt, o internacional português explica o que sentiu na tarde perfeita de domingo e admite a homenagem ocasional a Lucho González na celebração do triunfo.
Marcar cinco golos num só jogo ao maior rival é obra. Qual a sensação?
Estaria a mentir se dissesse que não foi uma boa sensação. É lógico que me senti muito bem, senti-me muito contente, até porque aos meus golos juntámos a vitória. Somando os dois factores, há motivos para me sentir feliz e muito orgulhoso. Agora é continuar a trabalhar desta forma, porque sábado temos já um outro jogo muito importante com o Candelária e, se não ganharmos, de nada adianta ter vencido o Benfica.
Mas não foi só pelos cinco golos que o Reinaldo deu nas vistas esta jornada. O festejo do primeiro tento foi especial. E bem conhecido dos portistas...
Foi uma menção ao Lucho, sim. Sou amigo de uma pessoa que costuma vir cá fotografar todos os jogos e tinha-lhe dito que se se confirmasse o regresso do Lucho iria festejar assim. Sou fã dele, sem dúvida. O Lucho é um jogador distinto, que fez o seu percurso cá, saiu, e sempre quis voltar. Acho que de todos os estrangeiros que passaram pelo FC Porto foi o que mais se identificou com o clube e com a cidade. Foi um prazer saber que ele tinha assinado novamente e por isso prometi a esse meu amigo que, se marcasse ao Benfica, iria celebrar da mesma forma que “El Comandante”, para mostrar o quão satisfeito eu estava, e estou, com o regresso dele ao FC Porto.
Voltando ao rinque, a partida foi renhida até ao último minuto, mas no fim o adversário só se lembrou da equipa de arbitragem...
Acho que foi um jogo fantástico, uma excelente partida de hóquei. Só foi pena alguns comentários no final, a dizer que a arbitragem não esteve bem. Nós estamos num clube que tem quase a obrigatoriedade de vencer; resumir a nossa vitória a erros de arbitragem é injusto para quem ganha há tanto tempo. É injusto e ficamos chateados com isso, porque o Benfica teve uma boa prestação, mas nós fomos melhores e ganhámos. Admitir a derrota fica bem a toda a gente. Há que saber ganhar e há que saber perder; nós soubemos ganhar, acho que eles também deviam saber perder. Mas ainda bem que são eles que estão assim chateados e não nós!
Ter o Dragão Caixa repleto contribuiu para a vitória, como dizia o treinador na antevisão desta ronda?
O ambiente ajudou à vitória, claro. É algo de que nós falamos muitas vezes. Quando o pavilhão está cheio, é infernal para a equipa adversária e é uma grande ajuda para nós. Gostaríamos muito de ter este ambiente na maioria dos jogos, embora saibamos que o facto de ter este adversário a visitar-nos motiva sempre mais interesse dos adeptos. Seria excelente ter mais adeptos nos outros jogos para nos apoiar, independentemente do nome do adversário. Acho que, por todo o percurso que temos feito ao longo dos anos, já fizemos muito por merecer mais presenças no Dragão Caixa a cada jornada. Penso que seria justo, merecido, e mais uma grande motivação para nós.
A liderança é agora mais tranquila, com cinco pontos de diferença para o Benfica. A pressão na procura do 11.º título consecutivo fica de alguma forma atenuada graças a essa vantagem?
Esta diferença pontual é sintomática do que nós estamos a fazer. Como disse, não adianta festejar a vitória sobre o Benfica, se no próximo fim-de-semana não mantivermos o nível e perdermos com o Candelária. Não queremos perder esta vantagem, que é um pouco mais confortável, mas não nos deixa relaxar. A pressão aqui existe sempre e não podemos nunca ficar desatentos. Não nos consideramos os melhores do mundo só porque ganhamos este jogo e vamos continuar com a mesma garra e dedicação. Só assim conseguiremos atingir os nossos objectivos: sermos campeões nacionais, principalmente, e fazer uma boa campanha na Liga Europeia.
in "fcp.pt"
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