A Académica chega ao Dragão para a 9ª jornada da Liga, no domingo, depois de uma proeza europeia. Vítor Pereira acredita que a vitória sobre o At. Madrid, detentor da Liga Europa, dará moral à Briosa.
«A Académica já nos provou que é sempre uma equipa difícil de defrontar. Agora ainda mais difícil, porque vem de uma vitoria importante. Vai chegar bem organizada, a sair bem em transições», observou o treinador do FC Porto em conferência de imprensa.
«Eles ficam mais confortáveis contra equipas que têm mais posse de bola, mais iniciativa. Nessas circunstâncias é uma equipa muito perigosa.»
Percebe-se, pois, que Vítor Pereira aguarde um jogo de exigência máxima. Os estudantes, aliás, foram a última equipa a pontuar no Dragão em jogos do campeonato.
O registo não é valorizado pelo técnico, que considera haver «muitas diferenças» em ambas as equipas relativamente à última temporada.
«Estamos mais consistentes, mais ligados, por isso não vejo grandes semelhanças relativamente ao jogo da época anterior. Queremos somar mais três pontos e continuar na frente», resumiu o treinador do F.C. Porto.
Em cada palavra, de resto, é notório que Vítor Pereira prefere este F.C. Porto ao F.C. Porto da época passada.
«Sinto a minha equipa muito consciente da qualidade que tem e das dificuldades que as outras equipas nos podem colocar se não estivermos no máximo. É o caso da Académica. Sinto a minha equipa muito empenhada, sem deslumbramentos», concluiu.
Vítor Pereira: «Lucho é rapidíssimo... mentalmente»
Médio argentino merece todos os elogios, de acordo com o técnico
A estatística da UEFA demonstra que Lucho Gonzalez é o atleta que mais quilómetros fez em campo na última ronda da Liga dos Campeões.
O argentino atravessa um bom momento e, por isso, perguntou-se a Vítor Pereira se era injusto considerar nesta altura que El Comandante é um jogador lento.
O treinador respondeu de forma curiosa. «Lento, o Lucho? Depende do conceito. Do ponto de vista mental é dos jogadores mais rápidos que conheço. É um jogador rapidíssimo para o meu estilo jogo. Antecipa tudo a uma velocidade incrível», sugeriu Vítor Pereira.
Os elogios continuaram. «A tudo isso alia uma humildade enorme. Sacrifica-se e não procura o protagonismo individual. Por isso, esse registo da UEFA não me surpreende».
O treinador não gosta de se concentrar em feitos individuais, detesta destacar um ou outro atletas e é claramente apologista da teoria dos equilíbrios. Se determinado jogador brilha é porque há outro mais atrás a trabalhar na sombra.
«Os que aparecem nos jornais são os que fazem golos e jogadas bonitas, mas os que trabalham são muitas vezes esquecidos. Fico orgulhoso que se fale dos jogadores que se evidenciam, mas isso é possível só porque a equipa assim o permitiu», defendeu o técnico do F.C. Porto.
«Esses jogadores têm de estar agradecidos com trabalho, com o reconhecimento, aos outros colegas. É por aí que temos de ir».
Vítor Pereira: «Gosto de trabalhar com plantéis curtos»
O elevado número de lesionados não preocupa, antes motiva os que estão a aguardar por oportunidades
Alex Sandro vai continuar de fora, Fernando e Maicon também não podem jogar contra a Académica. Nada disto preocupa Vítor Pereira, satisfeitíssimo com a resposta dada por Abdoulaye Ba e Steven Defour em Kiev.
Ora, tendo isto em atenção, o técnico levou a conversa para outro lado. Elogiou o trabalho do departamento clínico e explicou que prefere orientar um plantel curto, nem que para isso tenha de recorrer regularmente à equipa B. Assim, toda a gente tem oportunidade de jogar.
«Gosto de trabalhar com plantéis curtos. O nosso departamento médico consegue fazer milagres, por vezes. Gosto de um plantel sempre motivado e que ofereça qualidade. É o nosso caso. O jogo de Kiev confirmou-me isso», defendeu Vítor Pereira.
A defesa, com Abdoulaye a jogar, tem uma média de idades muito baixa. Danilo (21 anos), Otamendi (24), Abdoulaye (21) e Mangala (21). Impressionante, de facto. O técnico prefere destacar a maturidade à juventude.
«Isso reflete a capacidade que o F.C. Porto tem em renovar-se continuamente. Estou satisfeito com a maturidade apresentada pelos nossos jovens. Acho, no entanto, que a defesa e o ataque não podem ser separados. Para ter uma boa defesa, o meio-campo e o ataque têm de trabalhar muito».
Vítor Pereira aproveitou a ocasião para dizer que Alex Sandro ainda não está recuperado e que os jogos das seleções, na próxima semana, são uma chatice.
«Estas quebras não são boas. Quando uma equipa está bem, quer jogar. Mas temos de estar preparados para isto e trabalhar com poucos jogadores. Gostaria que não fosse assim».
in "maisfutebol.iol.pt"
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