quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

FC Porto-V. Setúbal, 1-0 (crónica)


Dragões chegam à meia-final da Taça da Liga com um plano B a render


Minuto 58. Rapidez na rotação, a encarar o adversário. Pé esquerdo na bola, pela meia direita. Toque para o lado, à procura de espaço para o remate forte. Um adversário, pelo caminho, dois. A bomba. Não era Hulk, mas sim Sebá. É o plano B do F.C. Porto a render.


Uma grande penalidade conquistada pelo jovem brasileiro, em cima do intervalo, bastou para o F.C. Porto carimbar a passagem à próxima fase da Taça da Liga. João Moutinho converteu exemplarmente e deixou o Vitória de Setúbal pelo caminho.



Vítor Pereira geriu a equipa com pinças, pensando no clássico do Estádio da Luz, e Sebá acabou por ser elemento de destaque na revolução. Tem o jeito de Hulk, embora esteja longe do que o internacional brasileiro é capaz de fazer. Há futuro por ali, ainda assim.



O triunfo e as indicações positivas de Sebá justificaram a presença de 12.808 adeptos no Dragão. Para além disso, estavam Marat Izmaylov e Mauro Caballero nas bancadas. Um confirmado, outro a horas de repetir o processo. Mais soluções ofensivas em perspetiva.



Defour e Kelvin sem profundidade



Para receber o V. Setúbal, Vítor Pereira mudou quase tudo. Maicon regressou à competição, num processo cuidadoso, alinhando apenas 45 minutos. Na frente, teste para Defour no flanco, a exemplo do que deverá acontecer no clássico. Não é um extremo, provou-se. Poderá ser útil noutras funções.



Defour num flanco, Sebá ao centro, Kelvin no outro. Para o jovem brasileiro, mais uma oportunidade perdida. Muita iniciativa de jogo e pouco rendimento. Demasiada ansiedade no último passe, encravando o processo dos dragões.



Perante um ataque sem processos assimilados, ia valendo o nível alto de João Moutinho, igual a si mesmo. O médio português ensaiou alguns remates, isolou Sebá para uma oportunidade soberana na primeira parte e assumiu a responsabilidade de converter o castigo máximo, ao minuto 44. Com distinção.



Sadinos sem capacidade de resposta



O V. Setúbal, também ele com alterações no onze mas esperançado numa passagem à próxima fase, discutiu taco a taco essa primeira metade. Um empate não bastaria. De qualquer forma, após o golo do F.C. Porto, os sadinos caíram de produção e aceitaram o desfecho final.



Maicon e Fernando saíram ao intervalo, entrando Alex Sandro e Lucho González. Mais tarde, Defour por Varela. Vítor Pereira geria o esforço dos habituais titulares, vendo o F.C. Porto mais perto do segundo golo e com o apuramento praticamente garantido.



Sebá, com produção em crescendo, fez por merecer os festejos na etapa complementar mas embateu no muro sadino. Está no Dragão por empréstimo do Cruzeiro, e cláusula de opção de cinco milhões de euros. Os adeptos gostaram.



1-0 como resultado final, garantido numa grande penalidade que levantou polémica. Aceita-se o critério do árbitro, em caso de dúvida. Bastou para o F.C. Porto.

in "maisfutebol.iol.pt"

FC Porto 1-0 V. Setubal por simaotvgolo12

1 comentário:

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Missão cumprida é o que me ocorre para classificar a vitória mais que justa do FC Porto, única equipa que apresentou argumentos válidos para vencer o jogo, no mal tratado relvado (continuam os problemas) e com um «apitador» de tendências insuspeitas (é vermelho até à raiz... ia dizer cabelos mas o homem até é careca!).

A mescla apresentada por VP tirou a natural agressividade e acerto colectivo que com a entrada, na segunda parte de Alex e Lucho, foram de alguma forma recuperados.

Gostei da atitude e de alguns desempenhos, como o do Fernando, Moutinho e do Sebá (na segunda parte). Faltou o golo ao promissor jovem brasileiro, que tanto procurou mas a superior exibição de Kieszek não permitiu.

Um abraço