A figura: Jackson Martínez
O primeiro hat-trick com a camisola portista permitiu-lhe chegar aos 18 golos na Liga. Média superior a um por jogo. Deixa a concorrência para trás, leva o F.C. Porto para a frente. Já não há dúvidas de que a equipa acertou em cheio quando o decidiu resgatar do campeonato mexicano. Aliás a maior interrogação é como só aos 26 anos chegou à Europa! Entrada fulgurante no primeiro golo e muita calma no segundo. Com um avançado assim, as vitórias ficam mais perto.
O momento: uma réplica que tudo decidiu
Minuto 37. O F.C. Porto dominava e já vencia por 1-0. A vantagem era justa e Jackson Martínez tratou de a tornar, também, confortável. Num lance em tudo idêntico ao do golo de Mangala, Moutinho volta a cobrar um canto na direita do ataque e o colombiano aparece de rompante ao primeiro poste para um cabeceamento perfeito que começou a decidir o jogo. O soco foi duro e o Vitória já não se levantou.
A desilusão: V. Guimarães
O jogo não apaga o que de muito bem esta jovem equipa está a fazer na Liga. Mas não deixa de ser um jogo mau. Muito mau, aliás. Atenuantes? Muitas. O F.C. Porto entrou completamente elétrico e dominador. Tomou conta do jogo e nunca o entregou. O Vitória foi quase obrigado a contentar-se com o papel de ator secundário numa película toda ela em tons azuis e brancos. Depois, os erros próprios da juventude, ajudaram a galvanizar o comboio portista. E assim nasceu a goleada.
Mangala
De aço. O lance em que abre o marcador, com um cabeceamento a fazer lembrar Bruno Alves nos seus tempos áureos de dragão ao peito, é apenas a face mais visível de uma extraordinária exibição do francês. Passada larga, jogo aéreo exímio e um sentido posicional inatacável. Mangala torna-se, cada vez mais, uma referência no centro da defesa portista. E com Otamendi cada vez melhor no papel de líder, Maicon vai mesmo ter de esperar.
João Moutinho
Sempre em alta rotação. Recebe, vira, entrega. Corre, recupera, luta. Cobrou os cantos que deram os dois primeiros golos do F.C. Porto somando mais duas assistências à sua conta, virtude que tem vindo a aprimorar sobretudo desde que veste de azul e braço. Jogo exemplar, mais um. Se é verdade que esta pode ser a última época de Moutinho de dragão ao peito, o melhor que há a fazer é desfrutar.
Izmaylov
Pela primeira vez titular no F.C. Porto, o russo não fez um jogo exuberante mas esteve bem. A equipa perde largura com ele, porque foge para o centro. Mas ganha outra imaginação. Foi assim, por exemplo, que isolou Jackson duas vezes, na primeira parte. Na primeira o assistente anulou (mal) o lance por fora-de-jogo. Na segunda Martinez tentou o remate quando tinha Varela em melhor posição.
Liedson
Já veste de azul e branco. Estreia a quinze minutos do fim, rendendo...Moutinho. Pouco depois quase aproveitava uma sobra de Jackson para marcar. Uma espécie de prelúdio do que aí vem no resto da temporada.
in "maisfutebol.iol.pt"
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