Treinador do F.C. Porto cita Jorge Jesus, mas considera que o técnico encarnado usou mal o termo
A conferência de imprensa de Vítor Pereira foi dominada por temas relacionadas com a arbitragem. O treinador deu o mote mas acabou por ser igualmente confrontado com várias perguntas em torno do mesmo assunto.
Pelo meio, houve espaço para questionar Vítor Pereira sobre a presença do Benfica nas meias-finais da Liga Europa. Para o F.C. Porto, qual seria o resultado ideal? «Tenho de me concentrar no campeonato, não estamos na Liga Europa. Não faço ideia se o impacto de uma derrota do Benfica é positivo ou negativo. Não controlo os jogos do nosso adversário, queremos é ganhar os nossos jogos. E num contexto que seja limpinho, limpinho, como disse o meu homólogo do Benfica, mas não me parece que ele tenha usado o termo da melhor forma.»
Feita a ressalva, procurou-se tirar uma dúvida. Afinal, quem está melhor neste momento, Benfica ou F.C. Porto? «Comparar se estamos melhor ou pior é uma falsa questão. Há estilos de jogo, e normalmente gosta-se mais de quem está à frente. As equipas equiparam-se em termos de qualidade. Falei num tom exaltado na semana passada mas de quando em vez é preciso para nos ouvirem. Venho de um meio em que tive de lutar para aqui chegar. A mim ninguém me deu nada. As coisas na minha vida foram conquistadas e quando sinto que estão a faltar ao respeito à minha equipa, tenho de me defender.»
«Este fim-de-semana senti isso, uma falta de respeito para mim, para a equipa, para os adeptos. É neste momento que temos de ter um sentimento de revolta transformado em energia positiva, um sentimento de guerra, de luta. Não é no fim que quero ver esse sentimento nos adeptos, na comemoração dos adeptos. É agora», avisou o técnico.
Chegou a fase decisiva da temporada e Vítor Pereira tem consciência disso mesmo. «Não há muitas jornadas por disputar. Tanto na manutenção mas como no título, cada vitória tem de ser conquistada com suor, mas sem ansiedade. Temos de ser fundamentalmente uma equipa que mantenha os níveis de confiança fortes, transformar o sentimento de revolta em energia positiva, um sentimento de que as coisas têm tomado um caminho...não quero entrar por aí.»
Vítor Pereira: «O que vi no derby deixou-me preocupado»
Treinador do F.C. Porto critica atuação de João Capela no derby da Luz
Vítor Pereira ainda acredita na revalidação do título, mas lamenta que o Benfica tenha sido favorecido no derby com o Sporting. Aliás, o treinador lembra que João Capela foi o árbitro da final da Taça da Liga.
«Continuo a pensar que é possível a revalidação do título desde que o título continue a ser discutido nas quatro linhas. O que vi no derby deixou-me um pouco preocupado. Gostaria que me explicassem como é que um árbitro que é nomeado para a final da Taça da Liga e comete um erro grave, assinala uma grande penalidade que não existe e expulsa um jogador do F.C. Porto, portanto tem um peso largo na decisão da Taça da Liga, e logo no fim-de-semana seguinte é nomeado para um jogo que tem um peso forte na disputa do título», começou por destacar.
O técnico do F.C. Porto deixa um aviso para a próxima jornada da Liga, em que os dragões recebem o V. Setúbal e o Benfica visita o Marítimo.
«Se nós e o Sporting fomos infelizes, não tivemos sorte com a arbitragem, se no próximo fim-de-semana nós e o Marítimo formos bafejados com a má sorte na nomeação do árbitro para os Barreiros, isso torna tudo mais difícil», acrescentou.
O derby foi tema central na conversa com os jornalistas. «Pelo que vi do senhor João Capela é que alterou os seus critérios para a marcação de grandes penalidades. No jogo com o Braga em Coimbra num lance que não é grande penalidade conseguiu marcar um penalty inexistente. Passado uns dias consegue não ver três grandes penalidades existentes e todas em desfavor de uma equipa e em favor de outra. O que espero é que haja bom-senso, muita ponderação na nomeação dos árbitros para a decisão do título», destacou ainda.
«Nunca sou o tipo de pessoa que sacode as responsabilidades. O que eu quero é que as jornadas sejam decididas no jogo jogado. Nós portistas temos de estar atentos, unidos, nós nos podemos dispersar em questões individualizadas, do treinador, de A ou B. Temos de perceber o cenário negativo que pintam à volta do nosso clube e o cenário positivo que pintam à volta do outro. Quero a mobilização da nação portista em torno de um objetivo, que é um possível dentro de um contexto justo em termos de arbitragem», frisou Vítor Pereira.
«Se o adversário ganhar o título, que o ganhe com mérito, dentro das quatro linhas, não naquilo que rodeia o futebol», rematou o treinador do F.C. Porto.
«Andou-se toda a época a falar no Maicon»
Pelo meio, Vítor Pereira lembrou ainda que os adversários passaram largos meses a reclamar um golo em fora-de-jogo de Maicon no clássico no ano passado.
«Andou-se toda a época a falar disto: disse-se que o título do ano passado foi decidido pelo fora-de-jogo de Maicon, mas branqueou-se um lance nesse mesmo jogo em que o Cardozo toca duas vezes na bola com a mão, na área», disse.
Como tal, o técnico espera que seja dado o mesmo tratamento ao derby de Lisboa: «Espero que o que se passou neste fim-de-semana não seja esquecido. Se é um lance...mas três grandes penalidades claras, para além de um lance em que pode ser ou não ser.»
Vítor Pereira e o futuro: «Já conquistei algumas coisas»
«Desde que eu acredite no meu trabalho, o meu futuro não fica hipotecado. Com dois anos, chegando ao terceiro ano de F.C. Porto, já conquistei algumas coisas. Primeiro como adjunto, depois o campeonato como treinador principal, na primeira oportunidade, e duas Supertaças», fez questão de lembrar.
Curiosamente , o F.C. Porto tem mais pontos que no período homólogo da época passada. Mas não chega, nesta altura. «Todos os dados do ano passado foram melhorados. Pontos, golos, passar à próxima fase da Champions. Mas não é isso que me preocupa, nem isso nem o meu futuro», frisou.
Os dragões recebem o V. Setúbal no próximo sábado e Vítor Pereira espera um adversário determinado. «Vamos ter um Vitória a querer amealhar pontos para a sua luta, nós lutamos pelo titulos, eles lutam pela manutenção. É uma equipa solidária, que vai tentar explorar o contra-ataque no Estádio do Dragão.»
A última questão na conferência de imprensa foi sobre a reação de Kelvin à sua substituição no jogo entre F.C. Porto B e Leixões, no domingo.
«Desse jogo retenho três situações. O Kelvin é um jovem ainda, aprende-se com os erros e ele tem de o fazer. É um processo de crescimento, é algo que se resolve dentro do clube», começou por dizer, rematando: «Vi também a equipa B a jogar com qualidade mas também aí uma arbitragem infeliz. A nossa equipa B também não tem sido sorte. O vento sopra sempre para o mesmo lado. Quero enaltecer o trabalho de qualidade dos responsáveis da equipa B.»
Vítor Pereira e o futuro: «Já conquistei algumas coisas»
«Desde que eu acredite no meu trabalho, o meu futuro não fica hipotecado.»
Vítor Pereira aceitou falar, durante a conversa com os jornalistas, sobre o seu futuro. O treinador do F.C. Porto, em final de contrato com o clube azul e branco, garante não estar preocupado com o tema.
«Desde que eu acredite no meu trabalho, o meu futuro não fica hipotecado. Com dois anos, chegando ao terceiro ano de F.C. Porto, já conquistei algumas coisas. Primeiro como adjunto, depois o campeonato como treinador principal, na primeira oportunidade, e duas Supertaças», fez questão de lembrar.
Curiosamente , o F.C. Porto tem mais pontos que no período homólogo da época passada. Mas não chega, nesta altura. «Todos os dados do ano passado foram melhorados. Pontos, golos, passar à próxima fase da Champions. Mas não é isso que me preocupa, nem isso nem o meu futuro», frisou.
Os dragões recebem o V. Setúbal no próximo sábado e Vítor Pereira espera um adversário determinado. «Vamos ter um Vitória a querer amealhar pontos para a sua luta, nós lutamos pelo titulos, eles lutam pela manutenção. É uma equipa solidária, que vai tentar explorar o contra-ataque no Estádio do Dragão.»
A última questão na conferência de imprensa foi sobre a reação de Kelvin à sua substituição no jogo entre F.C. Porto B e Leixões, no domingo.
«Desse jogo retenho três situações. O Kelvin é um jovem ainda, aprende-se com os erros e ele tem de o fazer. É um processo de crescimento, é algo que se resolve dentro do clube», começou por dizer, rematando: «Vi também a equipa B a jogar com qualidade mas também aí uma arbitragem infeliz. A nossa equipa B também não tem sido sorte. O vento sopra sempre para o mesmo lado. Quero enaltecer o trabalho de qualidade dos responsáveis da equipa B.»
in "maisfutebol.iol.pt"
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