O FC Porto, de Vítor Pereira, tornou-se o terceiro campeão invicto da história do futebol português, e o segundo em três anos, ao terminar o campeonato com 24 vitórias e seis empates.
Dois anos após a época quase perfeita de André Villas-Boas à frente dos dragões, concluída com 27 triunfos e três empates, Vítor Pereira cedeu o dobro dos empates, mas também gravou o seu lugar na história do campeonato.
Antes destes dois técnicos lusos, apenas o inglês Jimmy Hagan havia ganho a principal prova do campeonato luso sem perder, quando, em 1972/73, conduziu o Benfica a 28 triunfos e apenas duas igualdades, ainda o melhor registo da competição.
Num conjunto em que pontificavam Eusébio (autor de 40 golos), Nené, Artur Jorge, Simões, Toni, Humberto Coelho, Artur Jorge ou Vítor Baptista, os encarnados venceram os primeiros 23 jogos, selando, desde logo, o triunfo na prova.
Nas Antas, à 24.ª ronda, o Benfica perdeu o pleno de triunfos, apesar de ter estado a vencer por 1-0 e 2-1. Um golo de Flávio, aos 86 minutos, acabou com o sonho de um trajeto 100 por cento vitorioso. Na penúltima ronda, os encarnados ainda empatariam a zero na Tapadinha, no que foi o seu único jogo em branco.
Depois desse feito, a formação da Luz voltou a terminar invicta um campeonato em 1977/78, mas, então, os nove empates cedidos apenas permitiram ao onze do inglês John Mortimore ser segundo, com os mesmos pontos do campeão FC Porto.
Foi, assim, preciso esperar até 2010/2011 por novo campeão invicto, o FC Porto, de André Villas-Boas, que esteve a um passo de igualar o registo de Jimmy Hagan.
Depois de empates em Guimarães (1-1, à sétima jornada) e em Alvalade (1-1, à 12ª) e de uma série de 16 triunfos consecutivos, os dragões cederam, no entanto, um terceiro empate, na 29ª, na receção ao Paços de Ferreira (3-3, após terem estado a vencer por 2-0 e 3-1 - Pizzi bisou a terminar).
Na edição 2012/2013, o FC Porto somou o dobro dos empates (seis), um em casa, com o Olhanense (1-1, à 18ª jornada) e cinco em reduto alheio, com Gil Vicente (0-0, à primeira), Rio Ave (2-2, à quinta), Benfica (2-2, à 14ª), Sporting (0-0, à 21ª) e Marítimo (1-1, à 23ª).
Entre estas meia dúzia de encontros, os dragões só estiveram verdadeiramente perto de perder em Vila do Conde, depois de Tarantini bisar, aos 79 e 86 minutos, em resposta ao tento inaugural de Miguel Lopes (agora no Sporting), aos 33.
Mas, em cima da hora, o colombiano Jackson Martinez restabeleceu a igualdade, ele que foi a grande figura dos dragões na prova, com 26 golos, a par do brasileiro Kelvin, este face ao golo decisivo ao Benfica, nos descontos (2-1).
in "ojogo.pt"
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