Rui Gomes perspectivou esta sexta-feira o jogo com o SC Braga B, deixando o desejo de que a equipa repita "o espírito e a qualidade de jogo" demonstrada na última partida, frente ao Benfica B, de forma a poder vencer de "forma inequívoca". A 41.ª jornada da Segunda Liga disputa-se este domingo, às 16h no Estádio de Pedroso.
Que tipo de mensagem gostaria de transmitir quando faltam duas jornadas para o fim do campeonato?
Para a nossa equipa e fazendo-o num contexto de grupo, gostaria que ganhássemos estes dois jogos que faltam, que transportássemos o espírito e a qualidade de jogo que mostrámos na quarta-feira, numa partida com um elevado grau de complexidade. Não tenho dúvidas de que se repetirmos a atitude e a qualidade que tivemos no último encontro teremos grandes condições de vencer estes dois últimos jogos, de forma a terminarmos o campeonato com uma melhor classificação e um sabor melhor do que o actual. Quando jogamos com formações a quem reconhecemos qualidade, a nossa equipa geralmente tem uma resposta muito positiva, mas nem sempre isso tem acontecido quando do outro lado não conseguimos ver a ameaça, por mais avisos que se façam. Gostaria que nestes dois próximos jogos isso não acontecesse, isto é, que os ganhássemos de uma forma inequívoca.
Já percebeu as razões pelas quais o FC Porto B tem sentido, ao longo da época, mais dificuldades frente a equipas qualitativamente menos fortes?
Esse facto também pode estar relacionado com a estratégia dessas equipas menos qualificadas, porque jogam de forma mais especulativa, assumem e dividem menos o jogo e, se calhar, criam-nos mais dificuldades por causa disso, já que nos expõem num momento em que não conseguimos estar tão fortes, que é o momento da transição defensiva. Mas penso que há algo mais do que isso: quando do outro lado não há uma equipa assim tão forte, nem sempre conseguimos transportar para o jogo tudo aquilo que temos para dar. De facto, ao longo de 40 jornadas, só houve uma vez em que sentimos que estivemos longe de ganhar, à quinta jornada, quando perdemos 3-0 com a Oliveirense e ficámos a jogar com dez unidades logo aos quatro minutos. Em todas as outras 39 jornadas, ganhámos, perdemos e empatámos praticamente em idêntico número, mas em todas elas sentimos que poderíamos ter vencido. Num campeonato tão difícil e equilibrado, o facto de sentirmos isto é um sinal positivo. No entanto, por demasiadas vezes estivemos perto de obter melhores resultados e não conseguimos. Provavelmente falta-nos um pouco mais de maturidade para lidar com este tipo de adversários e um pouco mais de capacidade para encarar todos os jogos de idêntica forma, como se fosse a partida mais difícil do mundo.
in "fcp.pt"
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